Catarina Munhá ainda não sabe bem quem é. Toca e inventa canções desde que se conhece. Está a acabar de gravar o seu primeiro álbum de originais. Hoje também é médica e investigadora. Ainda não sabe o que vai ser amanhã.
O Gerador perguntou-lhe quais as músicas portuguesas que mais a inspiram. Nesta rubrica só cabem 10, por isso ela teve que se esforçar muito, mas conseguiu :-) Aqui está o resultado:
Zeca Afonso - Os Índios da Meia Praia.
Começando do princípio. Em casa dos meus pais tinha o Zeca em pano de fundo e éramos 'índios' da praia da Caparica.
Sérgio Godinho - Coro das Velhas
Muito se ouviu lá em casa o 'cá se vai andando / C'o a cabeça entre as orelhas'. Ainda hoje respondo isso quando me perguntam como ando.
Jorge Palma - Na Terra dos Sonhos
'Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és / ninguém te leva a mal / Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual'. Em adolescente passei mais tempo na terra dos sonhos do Palma do que em Lisboa.
B Fachada - Tempo para Cantar
Do início da idade adulta. O difícil é escolher uma música do B Fachada. Houve uma fase em que sabia mais músicas em Fachadês do que em português.
Samuel Úria & Manuel Cruz - Lenço Enxuto
Ouvi seguramente mais de 100 vezes e mostrei a toda a gente que me deixou. Ainda hoje me faz pele de galinha.
Joana barra Vaz (com Selma Uamusse) - Tanto faz
É daquelas músicas que aquecem e me ajudam a chegar mais depressa ao bom tempo e aos mergulhos de mar.
Filipe Sambado - Tou Confuso OUVE AQUI
Outro vício. 'Já estamos habituados a viver com dores no peito / dizer o que já foi dito, fazer o que já foi feito'. Além da letra, inspira-me o 'ser quem sou sem pedir desculpas'.
PAUS - Deixa-me Ser
Desde que descobri que gosto de dançar, descobri que gosto de PAUS.
S. Pedro - Amores de Inverno
S. Pedro escreve, S. Pedro compõe, S. Pedro produz. Um ser com laivos de omnipotência que fez um dos álbuns que mais ouvi em 2017.
Bernardo Sassetti - Sonho dos Outros
Ouvi e toquei em repeat. Às escuras, sozinha, acompanhada. Da música que é terapêutica.