A partir do dia 18 de setembro, a Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II apresenta Antígona de Sófocles, através da encenação de Mónica Garnel e estará em cena até dia 6 de outubro.
Uma das mais antigas tragédias gregas da história, Antígona de Sófocles conta a história de uma mulher que confronta o poder, seja ele humano ou divino. Através da interpretação de André Simões, Carolina Passos-Sousa, Diana Lara, Isaías Viveiros, João Grosso, Joana Pialgata, Laura Aguilar, Lúcia Maria, Manuel Coelho, Mauro X, Paula Mora, Pedro Moldão e ainda Pedro Russo, a encenadora Mónica Garnel, concede uma nova visão da tragédia de Sófocles, na qual se questionam a importância dos direitos humanos, o conceito de justiça, mas também a capacidade humana de mudar o destino.
Quando me sentei no antigo lugar onde se observa o voo dos pássaros, ouvi um ruído de aves desconhecidos; gritavam com fúria agoirenta e sons bárbaros. Percebi que se dilaceravam e matavam umas ás outras com as garras; o barulho que faziam com as asas não era sem sentido.
A cidade está doente.
Estes pássaros que sobrevoam a cidade são os catalisadores do universo a explorar, pelo seu lado simbólico, não só de antevisão trágica mas também na relação com o lado mais instintivo do homem, aquele que é indomável e que muitas vezes se sobrepõe à razão.
Este é o ponto de partida para a criação de Antígona, de Sófocles. E, partindo de uma cidade que vai adoecendo propõe-se criar um espetáculo que procura a vertigem, à medida que o conflito entre a lei da determinada por Creonte se opõe ao descontentamento e desrespeito pelos direitos humanos e familiares de Antígona.
Local: Sala Garrett, Teatro Nacional D. Maria II
Data e hora: 18 de setembro a 8 de outubro, quartas e sábados às 19h, quintas e sextas às 21 e domingos às 16h
Preço: 6,75€ a 12€