António Filipe Pimentel, diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) há quase nove anos, confirma ao jornal Público a sua decisão de abandonar o cargo em junho de 2019. Consigo vai o atual diretor-adjunto, o historiador de arte José Alberto Seabra Carvalho.
A reportagem de Lucinda Canelas apura que um dos principais motivos desta saída é a falta de condições que o diretor do MNAA tem vindo a reivindicar. José Alberto Ribeiro, o diretor do Palácio Nacional da Ajuda, diz ao Público na mesma reportagem que: “As queixas que o diretor do MNAA tem são comuns a outros directores de museus e palácios, e têm anos: falta de investimento; equipas reduzidíssimas e a trabalhar sempre em esforço; quadros de pessoal envelhecidos, sobretudo no que toca aos técnicos superiores sem os quais estas casas não cumprem as mais básicas das suas funções, as da salvaguarda e do estudo das suas colecções…”
A decisão de António Filipe Pimentel foi anunciada numa reunião convocada por Graça Fonseca, ministra da Cultura, no Palácio da Foz, em Lisboa, na qual estiveram presentes diretores de museus, palácios e outros monumentos da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), e ainda os diretores regionais de Cultura. O tema da reunião foi a proposta de decreto-lei para a autonomia dos convocados, que já tinha sido contestada por António Filipe Pimentel num artigo de opinião, também no jornal Público.
Ainda não se conhece um(a) possível sucessor(a) para António Filipe Pimentel e para José Alberto Seabra Carvalho.