O Doc’s Kingdom é um seminário internacional de cinema documental. A edição deste ano chama-se Floresta dos Signos e arrancará já no próximo dia 1 de Setembro, em Arcos de Valdevez, tendo a duração de 6 dias.
A entrada é livre para quem quer assistir a sessões avulso. Será necessária inscrição para quem quer participar nos 6 dias e ter a experiência total. Cada dia terá 3 sessões de cinema (10h, 14h30 e 21h30).
Para além de uma mostra de filmes, o Doc’s Kingdom é um espaço de debate. As hierarquias são para esquecer. A própria organização do espaço tem esse objetivo - o de aproximar as pessoas.
Cartaz Doc's Kingdom 2019
Entre os cineastas presentes estão André Gil Mata, Hiroatsu Suzuki, Jodie Mack, Mohanad Yaqubi e Rossana Torres. Lula Pena também vai participar - está previsto um concerto mas a data não é revelada.
O Doc's Kingdom é um seminário sem programa para o público. “O programa é surpresa” diz-nos Nuno Lisboa (director e co-programador) “mas linear, isto é, não há sessões a acontecer ao mesmo tempo”. A ideia é tornar a experiência colectiva mais intensa e encorajar um compromisso com a semana inteira. Também se pretende que os participantes pensem sobre as experiências que acabaram de ter. “Só à saída de cada sessão é que estarão disponíveis folhas de sala sobre os filmes”, revela Nuno Lisboa.
O seminário é homónimo de um filme de Robert Kramer, “Doc’s Kigndom” (1988). Por ocasião do 20º aniversário da morte do cineasta, a abertura do seminário conta com a exibição do filme “Berlin 10/90”, pelas 19h. “Trata-se de um filme que foi filmado em Outubro de 1990 e é sobre a queda do muro de Berlim”, refere Nuno Lisboa. Está tudo relacionado: este ano a queda do muro de Berlim faz 30 anos.
A Cinemateca também vai prestar homenagem a Robert Kramer, apresentando o filme “Route One/USA” no dia 7 de Setembro.
A primeira edição do Doc’s Kingdom aconteceu em 2000, em Serpa. Desde então, o seminário tem sido repetido, sempre bem longe do marulhar das grandes cidades. O pendor ambientalista é incontornável.
Este é um evento para todos, não apenas para especialistas em cinema. Segundo Nuno Lisboa, alargar o público é uma das suas missões. Procura-se “uma experiência de cinema mas, acima de tudo, uma experiência Humana”.