Inspirada no conto de José Saramago, a peça “A Ilha Desconhecida” regressa aos palcos esta semana como parte das comemorações do centenário do escritor. A produção da companhia teatral Trigo Limpo da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) está em cartaz no Teatrão, em Coimbra, entre os dias 19 e 21 de maio.
O espetáculo, musicado por Luís Pedro Madeira, terá quatro sessões já esgotadas para o público escolar e uma reservada para o público geral, no fim da tarde de sábado (21 de maio). Numa parceria com a Fundação José Saramago, a peça facilita a discussão da obra que integra o Plano Nacional de Leitura do oitavo ano e inclui também versos de outros trabalhos do Nobel Português.
José Rui Martins assina a adaptação e encenação, abraçando o desafio de “parabolizar teatral e musicalmente uma narrativa que, sendo complexa, não se pode desligar da singeleza do pensamento que a originou”, escreve em nota da companhia.
Presidenta da Fundação, Pilar del Río diz, no mesmo comunicado, que embarcar na aventura de procurar a ilha desconhecida é a única forma de descobrir que “cada um de nós é o maior achado” e cessar as “perguntas inquietantes” que nos cercam. O desafio foi aceite pela intérprete Catarina Moura, que divide o palco com Luís Pedro Madeira. Ambos os músicos convidados a representar foram à procura do desconhecido. “Entramos num sonho e acho que chegamos a bom porto”, afirma Catarina ao Gerador.
Este ano, “A Ilha Desconhecida” já passou por Santa Maria da Feira e Nelas. Depois de Coimbra, Setúbal é a próxima paragem, no dia 10 de julho. A peça estreou oficialmente em 2016 e é a segunda coprodução entre a companhia Trigo Limpo e a Fundação José Saramago, seguindo a criação do teatro de rua “A Viagem do Elefante”, em 2013.