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FEST: quatro realizadores, quatro visões do (novo) cinema português

O FEST, Festival de Novos Realizadores e Novo Cinema, apresentou quinze curtas-metragens na Competição Nacional….

Texto de Gerador

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O FEST, Festival de Novos Realizadores e Novo Cinema, apresentou quinze curtas-metragens na Competição Nacional. Uma selecção que demonstra a diversidade - e a versatilidade - dos novos talentos do cinema português, das novas vozes que (potencialmente) ecoarão nas telas da posteridade. Desta selecção, quatro filmes, quatro realizadores destacaram-se.

Edgar Morais - “Insolação”
Depois da estreia na Competição Nacional do Indie Lisboa deste ano, “Insolação”, realizado por Edgar Morais, mantém-se na rota dos festivais de cinema portugueses. Tal não acontece por acaso: “Insolação”, uma curta-metragem experimental, não-linear e, acima de tudo, sensorial, prende o espectador pelo olhar sobre três personagens cujo passado desconhecemos e cujo presente - de ligação a uma memória que não sabemos a quem pertence, que não sabemos se é real ou fantasiosa - observamos. Mas não observamos sozinhos: Edgar questiona visualmente as barreiras da observação, jogando com as expectativas do público, colocando-nos perante (o aparente paradoxo d)a quebra da quarta parede. Um mundo sem sentido, perdido, mas que se enche pela emoção captada pelo olhar de Edgar Morais.

Leonor Bettencourt Loureiro  - “Intra, Intersubjectivo”
Natural de Espinho, Leonor Bettencourt Loureiro estreou-se este ano no FEST, com “Intra, Intersubjectivo”. Uma curta-metragem de homenagem a Carl Sagan, que nos permite observar um mundo de camadas de subjectividade invisíveis, improváveis. Um olhar que se liga ao belo do comum, um road movie que conta com uma bicicleta, uma rapariga, e uma mente - e uma câmara - que vagueia, sem limites, pelas (im)possibilidades do universo (ir)real.

Bruno Carnide - “Equinox”
Bruno Carnide é uma presença frequente no FEST. Este ano, apresentou a sua primeira exploração no mundo da animação: “Equinox”. Uma ilustração de como um breve olhar, um curto episódio tem a possibilidade de nos transportar para além dos limites temporais e espaciais de um filme: uma curta-metragem que vai para além de Tokyo, que vai para além da discussão de um casal (que nunca vemos, mas que sempre ouvimos), que vai para além de si própria.

Rúben Sevivas - “Direito à Memória”
“Direito à Memória” foi o segundo filme de Rúben Sevivas a estar presente no FEST. Nesta curta-metragem, temos acesso ao interior - sombrio, em ruínas -  do Cine-Parque de Chaves. As paredes, as cadeiras, as bilheteiras, os detalhes de um passado perdido no presente são preenchidas pela voz do General Humberto Delgado. Uma voz que ecoa um passado de (quase) glória social, política e deste espaço. Um filme que reaviva um espaço morto pelo tempo, que reactiva o discurso evitado com um discurso (sempre tão essencial) do passado (bem vivo) da história portuguesa.

Texto de Teresa Vieira
Imagem de "Heatstroke" (2019), de Edgar Morais

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