A reabertura da Casa Azul, em Torres Vedras, este mês, vai ser assinalada com a exposição "Oui Je veux mourir sur scène", com curadoria de David Revés, em parceria com a Plataforma285.
"Oui je veux mourir sur scène”, apropriando um verso da música Mourir sur scène da Dalida, desenha-se enquanto momento comemorativo dos dez anos de fundação e atividade contínua da companhia de teatro Plataforma285.
Resgatando a memória material deste período, 2011-2021, esta exposição recorta elementos das mais distintas origens e naturezas — gravações vídeo, composições musicais, cartazes, documentação de bastidores, objetos de comunicação e merchandising, figurinos, cenografias, textos-guiões dramatúrgicos... — circulando de forma horizontal e não hierárquica pelos 16 espetáculos desenvolvidos pela companhia.
Pretende-se que esta “viagem ao baú”, ou melhor, à garagem-armazém da Plataforma285, constitua não uma linha cronológica e elegíaca, mas sim um novo cenário para um espetáculo possível cujo tema sejam as linhas de força que norteiam o pensamento, sobre teatro e a vida, desta estrutura artística, a sua orgânica criativa, mas também as relações estéticas e políticas que procura desenvolver nos seus espetáculos e nas parcerias que estabelece com outros agentes culturais e artistas das mais variadas áreas da criação.
A obra "Oui Je veux mourir sur scène" estará patente na Casa Azul, durante o mês de fevereiro, entre as 15h00 e as 19h00, mediante marcação.
Esta exposição é uma remontagem da original que aconteceu em Lisboa na Appleton entre 2 e 6 novembro.
A Plataforma285 é um coletivo multidisciplinar de criação, fundado em 2011, com o intuito de criar espetáculos de teatro. Trabalhando em regime de colaboração criativa, a companhia desenvolveu quinze criações.