Tempo para informação, cultura e educação

Os estabelecimentos históricos e icónicos de uma cidade ficam muitas vezes esquecidos pelo seu uso quotidiano. Perdem, aos olhos de quem os frequenta diariamente, a beleza do pormenor, a riqueza que os fazem únicos.Um corpo atravessa-os, insufla-lhes vida. Lugares que se revelam em fragmentos de memória, despertam para compor a coreografia da vida. Através da dança, a bailarina Beatriz Lourenço percorre-os, integra-os e dilui-se neles, quebrando o filtro do dia-a-dia e restituindo-lhes a beleza aos olhos de quem, pelo hábito, deixou de olhar.. Esta instalação vídeo pode ser visitada durante todo o festival: nos dias 14 e 15 de março, das 10h às 20h, e no dia 16 de março, das 10h às 17h.

Guimarães tem uma relevante periferia industrial que foge, muitas vezes, a quem olha de fora. O setor industrial é uma parte fundamental da comunidade e da identidade da população e são muitos os casos em que várias pessoas de uma família trabalham na mesma fábrica. O fotógrafo Pedro Borges capta essas famílias e traz-nos algumas das suas múltiplas faces: a da família, do trabalho e da vida quotidiana. A exposição pode ser visitada durante todo o festival: nos dias 14 e 15 de março, das 10h às 20h, e no dia 16 de março, das 9h30 às 17h.

A fotografia da operação policial que em dezembro de 2024, no Martim Moniz, em Lisboa, encostou dezenas de pessoas migrantes à parede vem lembrar-nos do poder da imagem na criação de perceções. A fotografia foi o ponto de partida para um intenso debate público que deu origem à manifestação altamente participada “Não nos encostem à parede”. A exposição “101 ilustradores encostam o racismo à parede” resulta do processo de mobilização para essa mesma manifestação. Dezenas de criadores responderam ao apelo do ilustrador Nuno Saraiva e criaram cartazes inéditos que, além de apelarem à participação coletiva, foram um importante contributo para o debate. Estes desenhos foram realizados durante a semana anterior à manifestação e publicados um-a-um nas redes sociais do ilustrador e da Associação Renovar a Mouraria. A exposição pode ser visitada durante todo o festival: nos dias 14 e 15 de março, das 10h às 20h, e no dia 16 de março, das 9h30 às 17h.

De que forma pode a ilustração ser um veículo de combate às perceções enviesadas dominantes? Partindo do caso concreto da exposição «101 ilustradores encostam o racismo à parede», o programador da Bienal de Ilustração de Guimarães, António Gonçalves, e os ilustradores Cristina Viana e Nuno Saraiva refletem sobre o poder da ilustração enquanto instrumento de acesso a novas perspetivas.

A sessão que inaugura oficialmente a primeira edição do festival Uncover.

Gonçalo M. Tavares parte da representação de Jesus Cristo, a imagem mais reproduzida da história, para refletir sobre como, historicamente, as escolhas de imagem vêm carregadas de implicações culturais, históricas e filosóficas. Onde ficam as imagens concretas e metafóricas da religião no século das imagens infinitas?

Tiago Pereira, criador do projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria” (MPAGDP), coloca em diálogo, numa performance inédita, a Guimarães de há uma década com a Guimarães dos dias de hoje, enfatizando o poder da imagem e da música na construção da identidade de um território.

O virtual é cada vez mais um espaço. Como todos os outros, o espaço virtual pode ser um escape, um sítio que habitamos, uma dimensão que se assemelha a uma casa, a uma cidade, um local onde cresce uma comunidade. Laura Werup, gestora de projeto na Khora, estúdio de realidade expandida sediado em Copenhaga, e Silvia Rueda, arquiteta e especialista em media imersivos, refletem sobre o significado de ética, vida e perceção no contexto do metaverso.

Espaço informal onde podes explorar tópicos específicos do teu interesse com outros entusiastas e especialistas, partindo do tema “Imagem e saúde mental”. Há mais do que um grupo de interesse a acontecer em simultâneo, com temas distintos, e podes navegar livremente entre cada um.

Espaço informal onde podes explorar tópicos específicos do teu interesse com outros entusiastas e especialistas, partindo do tema “IA e criação artística”. Há mais do que um grupo de interesse a acontecer em simultâneo, com temas distintos, e podes navegar livremente entre cada um.

O smartphone é cada vez mais uma ferramenta útil e acessível que nos permite contar histórias e, também, realizar filmes sem grandes meios e recursos. Neste workshop prático, vamos, em conjunto, explorar as capacidades deste equipamento e aprender a recorrer à imaginação para criação de vídeos e conteúdos digitais. O workshop tem como objetivos: pensar criticamente utilizando o telemóvel; passar da ideia à concretização de um filme; aprender a utilizar as ferramentas e equipamentos disponíveis no smartphone para captação vídeo (filmagens); realizar um mini filme de forma rápida, intuitiva e cativante. Este workshop tem a duração de 2 horas.

Descobre como criar e explorar mundos virtuais no Metaverso. Neste workshop prático, abordamos os princípios essenciais da construção digital, desde a conceção dos espaços até à interação com os utilizadores. Uma oportunidade para experimentar novas possibilidades criativas e compreender o impacto destes ambientes imersivos. Para tornar a sessão o mais consequente e participativa possível, pedimos que tragas o teu computador e descarregues antecipadamente a aplicação Twinmotion (versão gratuita, a partir deste site). Podes ver aqui os requisitos necessários para suportar a aplicação. Este workshop tem a duração de 2 horas.

Nkem Agunwa é ativista e gestora de projeto para África na WITNESS, uma organização que utiliza o vídeo como ferramenta para defesa dos direitos humanos. Nesta masterclass, a ativista reflete sobre o papel da tecnologia na criação de contra narrativas e na promoção de valores humanitários. Entre os temas a explorar está também o impacto das fake news e da desinformação visual e a importância de trazer para o debate global perspetivas não eurocêntricas sobre a força da imagem.

Depois da masterclass, Nkem Agunwa convida o público a continuar a discussão neste espaço informal que incentiva a troca de ideias, reflexões e networking entre os participantes. O Foyer divide-se entre dois temas:

• • IA, Criatividade & Direitos Humanos: Inovação vs. Manipulação

  • A ética dos media generativos

Qual o papel da arte na transformação social? Nesta entrevista, o artista norte-americano Dread Scott discute como a sua obra desafia o nacionalismo, o racismo e a liberdade de expressão num momento crítico nos EUA, com impacto global. Abordamos a relação entre arte e política, o ativismo na era digital e o poder da arte na contestação de narrativas históricas e na reconfiguração do pensamento crítico.

Como pode a arte ser um motor de mudança e contestação? Helena Machado explora a interseção entre conhecimento científico, digital e sociologia, analisando a arte como plataforma de alerta e transformação. Mário Macilau, fotógrafo, partilha a sua visão sobre a escolha das imagens e o peso das mensagens que carregam. Juntos, refletem sobre o papel da arte no ativismo e na reconfiguração do olhar social. Despertador é um encontro informal com dois especialistas para acordar os sentidos. Começa com uma apresentação e abre espaço para uma conversa não moderada entre convidados e participantes.

Nesta masterclass, o ilusionista Luis de Matos conduz-nos por uma exploração fascinante da relação entre imagem, perceção e ilusão, revelando como o nosso cérebro constrói a realidade e como essa construção pode ser manipulada. A sua visão única, enraizada na arte da ilusão, desafia-nos a questionar o que vemos e a compreender os mecanismos que moldam a nossa perceção do mundo.

Gisela Mabel é pianista, compositora, produtora e artista luso-angolana, baseada em Lisboa. O seu universo musical move-se entre o clássico, o neoclássico, o jazz e o contemporâneo, incorporando também os ritmos culturais afro-brasileiros. A sua sonoridade distingue-se pelo contraste entre melodias delicadas e harmonias densas, criando uma atmosfera cinematográfica e sensorial. Para o Uncover, apresenta um espetáculo onde imagens de objetos se transformam em pauta musical, ganhando nova vida através do piano.

Depois de um dia intenso de partilhas estimulantes, convidamos-te a relaxar no UnBar, a iniciativa onde, de copo na mão, trocas impressões e dúvidas existenciais com todas as pessoas que adicionaste à tua lista de contactos.

Como é que as imagens moldam a nossa perceção de saúde mental? Nesta conversa, reflete-se sobre a responsabilidade inerente à divulgação de imagens nas redes sociais e como podem ser evitadas narrativas exploratórias ou distorcidas. Analisamos o papel dos media na construção destas representações e de que forma as imagens podem reforçar estigmas ou, pelo contrário, ser poderosas ferramentas de aceitação, auto-estima e inclusão.

Conhece de viva voz o RTP Lab, o projeto da RTP que estimula a criatividade e inovação, apresentando-se como um laboratório experimental para novas formas de produção de conteúdos, pensadas numa lógica multiplataformas.

Um espaço onde podes apresentar, de forma breve, o teu projeto ou as ideias que tens na gaveta, e ficar a conhecer os de outros. O objetivo é promover o espírito de colaboração e a partilha de feedback construtivo.

Organizações culturais e criativas de Guimarães abrem as portas, facilitando a troca de experiências. Escolhe um destes percursos:

• Passeio fotográfico e visita ao Atelier Pitágoras com o arquiteto e instagrammer Alexandre Coelho Lima

• Visita à Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho

• Visita ao Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura

• Visita ao Bairro C com Ana Bragança, da estrutura artística Onda Amarela

A antena que tem na cabeça é capaz de transformar cores em sons e fez de Neil Harbisson o primeiro humano reconhecido oficialmente como ciborgue. Como é que a tecnologia pode expandir os sentidos humanos e transformar a nossa perceção do mundo? Nesta masterclass, o autor partilha a sua visão sobre realidade aumentada e a ampliação das capacidades humanas. Explora-se a interseção entre arte e tecnologia, a evolução dos sentidos e como a conjugação entre arte e ciência pode abrir novas formas de expressão e experiência.

Depois da masterclass, Neil Harbisson convida o público a continuar a discussão neste espaço informal que incentiva a troca de ideias, reflexões e networking entre os participantes. O Foyer divide-se entre dois temas:

• • A arte e tecnologia como interface para novas realidades

  • Perceção programada: a influência da tecnologia na perceção do mundo

Como é que a fotografia influencia a forma como nos vemos e como somos vistos? Nesta entrevista, a artista reflete sobre o poder da fotografia na construção de identidade, questionando padrões de beleza e ideias tradicionais. Discutimos, ainda, como as redes sociais amplificam ou distorcem a perceção do “eu” e dos outros, e analisamos o retrato enquanto ferramenta para captar emoções e revelar a personalidade para além da imagem.

Como moldamos o espaço e de que modo isso influencia a perceção que temos de nós próprios e da sociedade? Neste Despertador, refletimos sobre a “cartografia da perceção” e sobre como o planeamento de cidades, edifícios e casas traduz escolhas que podem aproximar ou afastar, integrar ou segregar, incluir ou excluir. Despertador é um encontro informal com dois especialistas para acordar os sentidos. Começa com uma apresentação e abre espaço para uma conversa não moderada entre convidados e participantes.

O designer Manuel Lima convida-nos para uma viagem visual pelo tempo, explorando como mapas, diagramas e árvores têm moldado a forma como organizamos e partilhamos conhecimento. Numa era de crescente complexidade, como podemos transformar sistemas abstratos em imagens claras e intuitivas? E de que forma a inteligência artificial e as novas tecnologias irão redefinir a comunicação visual no futuro?

Nuno Gervásio mergulha no património de Guimarães para distorcer, reimaginar e reinterpretar os seus símbolos icónicos, criando uma nova narrativa visual. Este universo desconstruído acompanha a performance imersiva de Acid Acid, fundindo história e som numa experiência contemporânea que desafia perceções.

Vivemos num mundo onde a imagem dita a forma como percebemos a realidade. Ver tornou-se sinónimo de compreender, e a mediação tecnológica reforça essa ilusão. Mas o que acontece quando manipulamos a imagem ao vivo, em tempo real? O coletivo VJs Anonymous trazem à festa de encerramento do Uncover uma performance visual, criada no momento, onde corpo, media e realidade se dissolvem. A música fica a cargo do DJ Zorotraste, que promete brindar-nos com sonoridades envolventes, do disco ao indierock.