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Exposição Arquitetura do comum

Um lugar em construção

A exposição propõe um olhar atento sobre o que nos liga e como coexistimos, a partir de diferentes pontos de vista como a identidade, a natureza, a memória ou a imaginação de futuros possíveis.

Seleciona a área curatorial que estás a visitar e clica no + para acederes a mais detalhes sobre as obras.

Memória

A memória surge como matéria viva e em constante reconstrução, atravessando o espaço íntimo e o coletivo e transformando recordações em imagens, objetos e gestos. Do desejo de guardar, ao de compreender o que o tempo apaga e o que resiste, a memória afirma-se como um ato criativo e político, de resistência ao esquecimento e de reinvenção do que permanece.

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Arte Digital

Constança Viegas Martins

http://www.muro265.pt

 

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Arte Digital

Estefania De Sousa Moreno e Iván Grajeda

Tropicalia

 

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Arte Têxtil

Francisco Lagoa

“Eh rapazim, és fi de quem?”

 

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Escultura

Cristiano Ramos

“Past present on the future”

 

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Escultura

Inês Vieira

Água Seca não conta segredos

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Escultura

Teresa Franco

Ferramentas de Trabalhar a Terra

ARTISTA

Artista intermédia, nasceu em Évora (2001). Licenciada em Artes Plásticas – Multimédia pela Faculdade de
Belas-Artes da Universidade do Porto, onde foi dirigente estudantil. O seu trabalho cruza comunicação,
espaço público, comunidade e reprodução, explorando práticas digitais e audiovisuais em diálogo com
questões sociais e políticas.

 

A OBRA

Registo visual do muro da Av. Rodrigues de Freitas, n.o 265, Porto, Portugal, construído através de imagens
pessoais, material de arquivo, google maps e publicações nas redes sociais. Este website é composto por um conjunto de imagens que testemunham as transformações, exclamações e momentos que marcam os dias de quem passa junto ao muro da faculdade de belas artes. Um espaço público de intervenção que tanto é íntimo como impessoal.

 

ARTISTAS

Estefânia, artista visual madeirense. Cresci em vários países da América Latina, onde expandi o meu olhar criativo. Regressei recentemente a Portugal com o meu marido e sócio para continuar o nosso percurso com o Caney Studio, dedicado à animação, ilustração e design. Iván Grajeda é um diretor e animador mexicano conhecido por criar narrativas visuais marcantes que unem ilustração, movimento e storytelling. Já colaborou com marcas como Adidas, Vans e Warner Music e criou videoclipes para artistas independentes. É especialista em animação 2D.

A OBRA

Tropicalia é um mundo totalmente animado, criado em 2D pelo Caney Studio — estúdio de animação,
ilustração e design fundado pela artista portuguesa Estefania (Fefa) de Sousa e pelo artista mexicano Iván
Grajeda. Inspirado em contos clássicos e filmes como A História Sem Fim e Little Nemo, o vídeo acompanha uma criança, de gênero não definido, em uma jornada mágica por um mundo de fantasia encantado.

 

ARTISTA

Francisco Lagoa nasceu em 1999, na ilha de São Miguel, Açores. É licenciado em Artes Plásticas, com especialização em Escultura, pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. No seu trabalho artístico, explora a sua identidade através de materiais das suas origens, bem como da escrita e da oralidade locais. No passado ano letivo de 2024/2025, foi professor de Artes Visuais e, atualmente, frequenta o Mestrado em Ensino de Artes Visuais na Universidade do Porto.

 

A OBRA

Eh corisque rapazim, foste pegá na saca da raçá das vacas do te pá, para fazé um mante igual ao senhó da pedra. Louvado seja Dés, até as tripas que a tua má usa pás morcelas ta alí e os bordades dos teus antepassades. Cada fio de linha, estás tu e teus irmás, marrique homem! Lembra-me quando eras pequenine e vinhas com flores na má pela rua abaixe. Ta tante riquim esse mante, logo se vé que és dessa terra, não haja dúvidas: “Eh rapazim, és fi de quem?”.

ARTISTA

Cristiano Spencer, 23 anos, é um artista emergente do Barreiro cuja prática cruza tecnologia, arqueologia consumismo e memória coletiva. Formou-se em Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Motivado pela cultura urbana, pelo hip-hop e pelo streetwear, utiliza consolas, telemóveis e outros dispositivos eletrónicos símbolos de uma evolução tecnológica adaptável e não essencial. Através da cerâmica por si só arqueológica, recria estes elementos de forma deteriorada.

A OBRA

A minha proposta pretende mostrar ao consumidor comum que o ato impulsivo de compra de aparelhos tecnológicos não é o mais assertivo. Podemos dar uma nova vida ao nosso dispositivo ou mesmo até ao fim da sua vida útil, diminuindo o impacto ambiental e o custo de dispositivos “topo de gama” e deixando de comprar diretamente das marcas que pouco fazem para reduzir esse problema. Mostra-se, assim, o poder do consumidor para as marcas, trazendo a utilização sustentável e responsável pelos consumidor.

ARTISTA

Desde 2024 é mestre em Artes Plásticas (Escultura) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Assim como o seu percurso académico, o trabalho artístico é maioritariamente escultórico, expandindo-se nos seus meios e materiais: pelo têxtil, a cerâmica ou o vídeo. O projeto artístico e de investigação que desenvolve desde 2021 baseia-se na palavra e a sua conexão com o outro, partindo da história, da memória e do seu imaginário do espaço rural.

A OBRA

Esta fonte não é mítica, é simbólica. Os rios nascem no cimo das grandes montanhas e, entre descidas e planícies, atravessam aldeias, cidades e países. Os rios são percursos, são canais de transmissão e de conexão entre pessoas: conduzem tanto o amor como o desentendimento. Chegam às fontes para que as pedras furadas mostrem a preciosidade da água. Esta fonte é seca; não deita água, mas jorra palavras — palavras que são símbolos de amor.

ARTISTA

Teresa Franco (Lisboa, 1998), artista multidisciplinar que utiliza a escultura para explorar a relação entre corpo e lugar, evocando uma arqueologia do contemporâneo, enquanto utiliza a pintura como transposição para novos universos. Desde 2018 tem participado em exposições coletivas em Portugal e no Brasil, destacando- se a MESCLA V na Livraria Verney (2025), os pequenos formatos na Galeria Monumental (2024), a Corrente de Ar vol.IV(2024) e a Mostra Museu, em São Paulo (2021).

 

A OBRA

Ferramentas de trabalhar a terra. Uma série de objetos criados num mundo distópico onde o real se cruza com o imaginado. Nascem da memória de um corpo que que ali esteve, que deixou uma marca na terra. Terra esta, matéria do qual as peças são feitas. Terra trabalhada e transformada. De um cruzamento entre a memória e o vestígio.

 

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Fotografia

André Filipe Pereira de Abreu

Memento Mori

 

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Fotografia

Sofia Só

SER

 

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Joalharia

Margarida Costa

Caramujo

 

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Joalharia

Marta Kutsir

Rosa de Sarajevo

 

 

ARTISTA

Nascido e criado em Guimarães, licenciado em Artes Visuais pela Universidade do Minho e atualmente a concluir o Mestrado em Cinema e
Fotografia – Especialização em Fotografia pela ESMAD. Começou a sua carreira artística com um enorme interesse primeiro pelo desenho, posteriormente a pintura e atualmente pela fotografia analógica. A sua prática artística desenvolve-se principalmente pela documentação fotográfica em película, usualmente de 35mm.

A OBRA

Neste projeto fotográfico documenta-se a forma como o ser humano lê/pesquisa a notícia de quem faleceu. A captação de quem lê a notícia dá conta de como está: só, rodeado de outros, atento. Fica a dúvida se quem lê a notícia conhecia ou desconhecia o falecimento. A ausência do rosto na fotografia, oblitera a emoção, mas a solidão ou a partilha na leitura da notícia dão conta do quanto o falecimento é um acontecimento que se procura em público.

 

ARTISTA

Raquel Sofia Rodrigues, Lisboa, 2003. Desde pequena acompanhada pela sua câmera infantil, cultivou uma paixão pela fotografia. Em 2021 realizou voluntariado em Kamnik, Eslovénia, onde redescobrir o seu amor pela imagem. Realizou uma licenciatura em Fotografia e Cultura Visual no IADE, UE, Lisboa (2025). Durante este período da sua vida demonstrou um interesse pela fotografia de moda e encontrou um meio de expressão pessoal através da fotografia autoral e da imagem em movimento.

 

A OBRA

O projeto fotográfico “SER” é uma obra profundamente autobiográfica que reflete a minha experiência subjetiva e emocional através da fotografia, assumindo a forma de um livro concebido inteiramente por mim, desde o conceito até à materialização. Através deste projeto, procuro estabelecer uma conexão profunda entre o ser humano, a minha própria identidade e a natureza, explorando os sentimentos de dissociação e ansiedade.

 

ARTISTA

Margarida Costa é uma joalheira com sede em Lisboa, em início de carreira. Estudou na Escola Artística António Arroio, onde teve o primeiro contacto com joalharia e concluiu a licenciatura em Joalharia e Business na KEA (Copenhaga, Dinamarca). A sua prática centra-se na exploração da relação entre a natureza e a memória, traduzindo-as em texturas e narrativas. A partir de abordagens de carácter cru e orgânico, Margarida procura dar forma a emoções que dialogam com o corpo.

 

A OBRA

Caramujo nasce do desejo de guardar, tanto no corpo como na matéria, as memórias que partilho com a minha avó. Esta obra retrata o nosso tempo juntas, com texturas e emoções que marcaram a minha infância e que continuam a viver em mim. Caramujo não é apenas uma homenagem, é também uma reflexão sobre o que fica gravado em nós e em tudo o que criamos, a partir das impressões das pessoas que por nós passam e que de alguma forma nos transformam.

 

ARTISTA

Desde sempre me interessou o processo de fazer algo com as próprias mãos e desde então fui explorando a área do Saber Fazer. No meu trabalho artístico que combina diversas vertentes, descobri que gosto de dedicar o meu tempo aos detalhes. Sendo natural da Ucrânia, sinto-me profundamente conectada à minha cultura, por isso é-me natural procurar inspiração nas minhas origens. A joalharia permite-me expressar-me e encontrar um ponto de encontro entre aquilo que mais valorizo.

 

A OBRA

O colar Rosa de Sarajevo nasceu durante a minha experiência em Sarajevo, enquanto vivi lá, no âmbito do programa Erasmus. Este projeto é uma homenagem à resistência, à memória e à transformação da dor em algo belo. A peça reflete a luta pela paz e pela renovação, simbolizando como os ciclos de memória podem interromper a repetição da violência e abrir caminho para um futuro melhor.

 

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Joalharia

Sofia Brito

nas minhas mãos

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Pintura

Eva Resende

Unapologetic Nº 8

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Pintura

Sofia Flores

Aos presentes e aos ausentes

ARTISTA

Nasceu em 1999, Matosinhos, Porto, concluiu em 2023 a Licenciatura na Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto, (FBAUP), em Artes Plásticas – Escultura. Conclui o Curso Técnico Superior Profissional de Joalharia pela Escola Superior de Artes e Design, Matosinhos, continuando a sua exploração artistica que se concentra na relação do corpo com os pequenos objectos que cria que não são apenas para olhar, mas sim pequenas experiências para sentir.

A OBRA

“Nas minhas mãos” é uma coleção de joalharia que explora emoções através da matéria e do toque. As peças, vivas e mutáveis, guardam sentimentos como saudade, amor e medo, despertando memórias esquecidas. Não são apenas objetos decorativos, mas experiências sensoriais que convidam ao contacto e à reflexão sobre o tempo e a memória.

ARTISTA

Eva Resende (n.1995) é artista visual e docente. Colaborou no estúdio de Tacita Dean. Licenciada em Artes Plásticas FBAUP, e ABABO (Erasmus+). Expôs no Fórum de Arte e Cultura de Espinho; AL 859; Museu Santa Joana; Mira Fórum; nas Universidades da FBAUP, ABABO, Muxia, La Plata… Encontra-se em coleções como Banco BPI; Ana Marin e Jorge Gaspar; FACE…Primeira premiada na XII Bienal de Arte Jovem de Vila Verde e 7° Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Espinho, sendo júri na seguintes edições (2024 e 2025).

A OBRA

Unapologetic pratica a articulação visual e dinâmica da Imagem Palimpséstica com conceitos da Psicologia/Psiquiatria. Conceitos chave como suicídio, memória, superação, livre arbítrio, frustração, inveja do pénis, são aplicados na obra construindo uma interpretação terapêutica de factos biográficos. A técnica fotográfica cameraless, a escrita automática e a pintura triangulam-se numa prática palimpséstica. Assim, os fenómenos psicológicos e a construção pictórica entrelaçam-se numa reflexão mútua.

ARTISTA

Sofia Flores, natural do Porto, 2003, concluiu a licenciatura de Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes do Porto, no ramo de pintura. A sua prática artística ilustra uma analise fenomenológica do território, em abordagem singular, capaz de compreender a relação sensorial com o espaço físico. Através desta perspeetiva, o espaço é interpretado não apenas como uma abordagem objetiva, mas como um território carregado de significados e memórias que moldam as interpretações e experiências.

A OBRA

Um abordagem fenomenológica que privilegia a perceção subjetiva do espaço, reconhecendo que cada corpo vive e sente o território de forma singular. A obra proposta procura dar forma a essa consciência, não através de uma narração linear/mimética, mas através da junção e sobreposição de materiais, gestos e símbolos que marcam memórias vividas ou herdadas. A fisicalidade e materialidade da obra torna-se veículo de pensamento, e o espaço expositivo transforma-se num lugar de evocação e de diálogo.

Natureza

A natureza revela-se como território vivo de encontro, tensão e imaginação. Mais do que paisagem, é um espaço onde se cruzam gestos humanos e forças não humanas. Entre a evocação do mar e da montanha, jardins que dialogam com as cidades, mapas botânicos e instalações híbridas, reflete-se sobre a interdependência entre o natural e o construído, o ancestral e o contemporâneo.

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Arte Têxtil

Joana Cruz

Ver(de)mar

 

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Arte Têxtil

Margarida Oliveira Martins

Reconectar

 

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Arte Têxtil

Marta Rodrigues Tomé

CONSUMISMO EM IMAGEM

 

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Arte Têxtil

Rita Castanheira

Jardim Vertical

 

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Arte Têxtil

Sofia Perry

Mapa Verde

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Cruzamento Disciplinar

Ema Ferreira

As pedras são ouvintes ad aeternum?

ARTISTA

O meu nome é Joana Cruz, tenho 23 anos e sou alentejana. Sou licenciada em Artes Plásticas e Multimédia na Universidade de Artes de Évora e estou atualmente a terminar o mestrado em Design de Produto na Escola Superior de Artes e Design do Politécnico de Leiria.

A OBRA

O projeto Ver(de)mar representa o meio natural e as suas paisagens através do crochet como meio expressivo. Esta peça parte de uma abordagem abstrata do seu conteúdo (desenho) imersa nas suas formas orgânicas e fisicalidade. Este é um projeto têxtil versátil e usável no corpo com espaço para diversas interpretações devido à sua materialidade, escala e formato.

ARTISTA

Chamo-me Margarida, tenho 28 anos. E, tal como o meu nome, trago em mim a natureza e as flores que
sempre me inspiraram. Sou licenciada em Artes Visuais na Invicta, e mestrada em Design Têxtil no Minho. Nos têxteis e no bordado encontrei a forma de unir memória e emoção, transformando em fios e texturas a beleza simples da natureza e o reencontro com o essencial. Cada ponto é, para mim, um gesto meditativo, uma forma de dar corpo a memórias, afetos e paisagens que me habitam.

A OBRA

Reconectar é uma obra têxtil inspirada numa viagem às montanhas, nas Dolomitas. Através do bordado, cada ponto recria encostas verdejantes, flores delicadas e águas cristalinas, transformando memórias em textura. A montanha surge como metáfora de serenidade e força interior, recordando que a natureza tem o poder de nos Reconectar, devolvendo-nos assim o equilíbrio.

ARTISTA

O meu nome é Marta Rodrigues Tomé, tenho 20 anos e sou natural de Leiria. Estudo Design de Moda na Universidade da Beira Interior. Como aspirante de moda, trabalho diariamente com tecidos e diversos tipos de fios, muitas das vezes reutilizados. No entanto, como ex-aluna de artes visuais estimo um grande apreço pela escultura e desenho. Tenho como objetivo realizar trabalhos tanto na área têxtil como na área plástica que transmitam ideias fundamentais e não harmonias estéticas.

A OBRA

No âmbito do concurso, realizei uma peça cujo o nome define-se “CONSUMISMO EM IMAGEM”, da qual a temática é o consumismo na indústria da moda. Através do design, questiona-se a narrativa de imagem na sociedade, e como consequência de tal, uma das maiores causas do impacto ambiental e social. No decorrer do projeto usei a figura e silhueta de diversificados itens de moda, muitos com a mesma função, considerando a obra têxtil um desenho de um vestido e o corpo como um suporte prático e ornamental.

ARTISTA

Rita Castanheira (n.1996, Coimbra) é uma artista portuguesa que vive e trabalha atualmente no Porto. Em 2020, completou o mestrado em Fine Art na Chelsea College of Arts. Na sua prática explora a sua relação com a tecnologia através da imagem em movimento e variadas técnicas têxteis. Interessa-se pela forma como os dispositivos digitais e a cultura popular da internet estão a moldar a construção da identidade individual e coletiva. Tem vindo a expor o seu trabalho desde 2016.

A OBRA

“Jardim Vertical” é um tríptico composto por três painéis de tecido. Estes painéis retratam desenhos de plantas imaginadas pela artista, inspirados em jardins da cidade do Porto com uma forte componente de ligação à comunidade que os habita. Através dos contornos e da cor dos planos, esta obra convida o espectador a deambular entre a natureza, a parar e a observar as formas naturais que nos rodeiam. Neste contexto, o jardim apresenta-se como um espaço de comunhão, reflexão e criação.

ARTISTA

Sofia Perry (2000) é uma Artista Têxtil e Arquiteta formada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. A sua pesquisa, já divulgada em publicações científicas, tem como foco explorar e desenvolver conexões entre as práticas da arquitetura e do têxtil, promovendo uma abordagem transdisciplinar. O seu trabalho explora, principalmente, processos alternativos de mapear e representar o espaço, com foco no campo do afetivo e da memória.

A OBRA

Em “Mapa Verde” são reinterpretados os espaços verdes da cidade de Braga, questionando e desafiando as representações autoritárias dos Planos Diretores Municipais. Recorrendo a derivas e processos de tinturaria natural como forma de representar e pensar o espaço, este mapa é realizado em tecido tingido com técnicas de Impressão Botânica, utilizando plantas recolhidas em visitas realizadas entre Setembro e Outubro de 2024.

ARTISTA

Ema Ferreira é uma compositora, artista sonora e artista multimédia portuguesa, natural da Covilhã e a residir no Porto. O seu trabalho artístico tem-se focado em temas relacionados com as perceções inerentes à experiência humana. É licenciada e mestre em Composição pela ESMAE-IPP e mestre em Sistemas e Media Interativos pela ESMAD-IPP. Trabalha como produtora na Sekoia – Artes Performativas (2023) e colabora com a Digitópia – Casa da Música em projetos educativos e artísticos (2024).

A OBRA

Será possível compreendermos entidades não humanas sem cairmos em suposições enviesadas? “As pedras são ouvintes ad aeternum?” é uma instalação interativa que ouve o espaço presente e recorda o som de espaços passados, num feedback produzido por quem se dispõe em cima e à volta de um banco de madeira. Mas estes não são os seus ouvidos. Talvez se ouça uma interpretação da Casa Branca. Ou será uma memória? O feedback pode ser eterno e, como nos dizia o sr. Manuel, também os astros e as pedras.

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Cruzamento Disciplinar

Izzy Benigno

Terra (Re) Imaginada

 

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Cruzamento Disciplinar

Mariana Bonito

(NINHO) – Não sei para onde vou/ Indo logo descobrirei/ Nunca sou quem fui/ Há lugares/ Onde nunca serei

 

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Fotografia

Marco Nunes

Sago

 

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Fotografia

Patrícia Diana Machado Azevedo

Todos os Bichos Têm Coração

 

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Joalharia

Lia Nogueira

Flora

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Pintura

Tomás Toste

Era para ser um Jardim

ARTISTA

Izzy Benigno é artista multidisciplinar e diretora criativa amazônida, atuando entre Berlim e Portugal. A partir de diferentes linguagens visuais e tecnológicas, cria espaços híbridos por meio de mídias mistas, como instalações, esculturas e videomapping — ambientes que funcionam como portais metafísicos. Sua prática utiliza o conhecimento ancestral como uma tecnologia para escutar a sociedade e decodificar a paisagem urbana.

A OBRA

Terra (Re)imaginada é uma instalação híbrida que combina ambientes digitais e objetos matéricos, ao mesmo tempo que estabelece um diálogo entre narrativas de Belém do Pará e paisagens de Aveiro, oficialmente denominadas “cidades-irmãs”, incorporando a Cobra Grande e evidenciando a interdependência entre cidade e natureza.

ARTISTA

Mariana Bonito é poetisa, artista multidisciplinar e médica. As suas criações apresentam a sensibilidade de quem pisa, diletante e teatral, estes mundos habitualmente afastados. Apaixonada pela emoção, tenta compreendê-la e expressá-la, em intensidade, abordando temas como a fragilidade humana e a consciência social e política. É uma mulher que se propõe a explorar não só o corpo humano, mas a transcendência do que é ser-se humano, preso num corpo.

A OBRA

(NINHO) é uma instalação imersiva, constituída por um espaço escultórico de abrigo, vulnerabilidade e poesia que nos serve de acalanto. Entre galhos, folhas, musgo, lã e memória, ergue-se uma ode ao natural que evoca a necessidade humana de criar lugares seguros em contraste com um mundo urbano que nem sempre nos acolhe. Convoca-nos a pensar que esforços e lutas travamos para criar os lugares onde nos permitimos ser frágeis e acolhe a dúvida: em quantos lugares já estivemos, mas não fomos?

ARTISTA

Com raízes entre o Algarve e a África do Sul, Marco Nunes é videógrafo e fotógrafo, de norte a sul de Portugal. Licenciado em Audiovisual e Multimédia pelo Politécnico de Lisboa, tem colaborado com equipas criativas em comunicação visual para marcas, empresas e instituições. A sua fotografia é movida pelas paisagens do planeta, pelas culturas que o habitam e pela ligação profunda que temos com a natureza.

A OBRA

Em 2025, Portugal sofreu um apagão histórico, lembrando-nos da fragilidade da modernidade. Numa aldeia remota da Papua Ocidental, sem eletricidade fiável, água canalizada ou comércio, o povo Matbat mantém hábitos e saberes ancestrais. Do mar para a floresta, esta série fotográfica acompanha uma família indígena ao encontro da palmeira Sago e revela-nos pistas sobre uma vida em harmonia com a natureza face à desconexão provocada pela globalização.

ARTISTA

Patrícia Azevedo, sob o pseudónimo Patrícia Verme, é licenciada em Arte e Design pelo Instituto Politécnico de Bragança e mestre em Comunicação Audiovisual pelo Instituto Politécnico do Porto, onde produziu uma curta-metragem documental “Onde Habita a Memória”. Fotógrafa e videógrafa freelancer, foca-se na fotografia analógica e no vídeo desde 2019, enquanto realiza projetos em ilustração e design gráfico, mantendo uma abordagem multidisciplinar.

A OBRA

“Todos os Bichos Têm Coração” trata-se de uma seleção de composições fotográficas onde é explorada a intersecção entre a beleza natural e o ciclo da morte, revelando a conexão entre a decadência e a regeneração. Entre imagens que oscilam entre o sombrio e o etéreo, o projeto desvenda a morte como um ritmo essencial. Um retrato íntimo da natureza na sua transição, onde o efémero encontra o eterno.

ARTISTA

Lia Nogueira estudou Ourivesaria na Escola Artística António Arroio, tendo-se licenciado em Mediação Artística e Cultural. Em simultâneo estagiou com Tatiana Marques Jewelry, no Museu do Tesouro Real e aprofundou os seus conhecimentos técnicos com o seu mestre André Canhão de Artefactum. Fundou recentemente a sua marca Ignis Jewellery.

A OBRA

Lia Nogueira, apaixonada pela natureza e pela joalharia, apresenta Flora, uma coleção de jóias que fundem o seu fascínio pela estética da joalharia tradicional portuguesa com a elegância contemporânea, procurando através da imaginação criar novas espécies e explorar a técnica da joalharia, acabando a celebrar a grande diversidade existente nas floras e faunas.

ARTISTA

Artista açoriano, 30 anos. Licenciado em Artes Plásticas e Multimédia (IPS), mestre em Design e Publicidade (IADE). Atualmente trabalha como Diretor de Arte e frequenta um segundo mestrado em Artes Plásticas (ESAD.CR), onde investiga a figura como instabilidade sensível, no tema A Fábula Figurativa. Tem participado em diversas exposições coletivas como na Bienal de Cerveira (2025), Coletivo Corrente de Ar IV e V (2024, 2025), São ou Não na Galeria São Mamede (2025), entre outras.

A OBRA

A obra configura-se como uma meditação sobre a natureza, o poder, e a domesticação em conflito consigo mesma. O cão que invade o arbusto não é apenas figura de destruição, mas também testemunho de uma luta interna entre civilização e instinto. O jardim, metáfora do espaço comum e da promessa democrática, mostra-se assim vulnerável àquilo que nele habita. Somos convocados a reconhecer a fragilidade intrínseca de qualquer ordem que pretenda vencer a natureza sem dela participar.

Identidade

Uma reflexão sobre o corpo enquanto espaço de afirmação, conflito e transformação. Entre o íntimo e o político, abordam-se questões de género, poder, representação e desejo, revelando identidades que se reinventam face às normas impostas. Da resistência feminina à criação de novos imaginários queer, das memórias pessoais às metáforas do corpo como paisagem, afirma-se o direito de existir de forma plural.

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Arte Digital

André Kosasih

Held Beneath Dying Eyes

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Arte Digital

Catarina Vilaça

Conto I

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Arte Digital

Maria Figas

Três

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Cruzamento Disciplinar

Francisco Sampaio

Salome (the Dance of the Seven Veils)

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Cruzamento Disciplinar

Violeta Padilha e Juca Schindler

Como dançar em silêncio

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Escultura

Ginger Porto

Medo, porra?

ARTISTA

Nasci em Inglaterra, com raízes em Portugal e na Indonésia, e é dessa mistura cultural que nasce a minha perspetiva criativa. Como designer gráfico e artista 3D, procuro dar vida a ideias através de visuais marcantes e de um trabalho digital inovador. Para além das artes visuais, abraço também a poesia, usando a linguagem como meio de explorar emoção, identidade e imaginação. Em constante procura de novos horizontes, uno herança, palavras e design para criar experiências artísticas envolventes.

A OBRA

Esta obra evoca a resistência perante a opressão. Num tempo que deveria anunciar a emancipação das mulheres, erguem-se sombras que nos arrastam para trás, numa nova vaga de sexismo masculino. A mentalidade “Incel” procura destruir o que as mulheres ergueram e o que continuam a sonhar para o futuro. Porém, no meio da tempestade, a sua resiliência refulge, firme, desafiante e luminosa, protegendo conquistas duramente alcançadas e avançando à verdadeira igualdade.

 

ARTISTA

Catarina Vilaça é licenciada em Artes Plásticas – Escultura pela FBAUP. Apresentou o seu trabalho em exposições como ARDUME (2024), Lovely Friday mit videokunst (2023) e Contextile (2021). Explora vídeo-performance, instalação e happening, criando narrativas com figuras geométricas e cores primárias. Usa o 3D e o têxtil para compor mundos artificiais, absurdos e emocionais.

 

A OBRA

A OBRA Conto I é uma vídeo performance experimental de animação 3D, criada através de técnicas de modelação e animação digital. A peça inspira-se no surrealismo e reflete o estado interior da artista através de uma narrativa minimalista. A animação explora formas geométricas e a sua interação no espaço, representando emoções e frustrações. As personagens não são humanas, mas entidades geométricas e imperfeitas que expressam pensamentos e sentimentos da artista.

ARTISTA

Maria Figueiredo (Maria Figas, 1999) nasceu no Porto e cresceu na Louriceira, Santarém. Licenciada em Design pelo IADE (2021), está em pausa no mestrado em Design Gráfico e Projetos Editoriais na FBAUP. Trabalha como freelancer em design gráfico, editorial, branding, motion e ilustração, colaborando com a Casa Independente e a Quinta da Falorca. Em 2023, estagiou na Stolen Books. Em 2025, recebeu menção da It’s Nice That pelo cartaz do filme Alto da Eira.

A OBRA

“Três” é um zine ilustrado sobre crescer como trigémea e ser a única rapariga entre dois irmãos. Partilhámos o quarto, os brinquedos, a escola e os silêncios. Mas havia coisas que eram só minhas, que me faziam sentir dentro e fora ao mesmo tempo. Através da imagem, revisito memórias e diferenças subtis, tentando entender como o género moldou a forma como nos víamos, nos ligava e nos afastava sem nunca deixarmos de ser três.

ARTISTA

Nascido em Lisboa em 1999, licenciou-se em Design de Cena ESTC. É mestre em Costume Design for Performance pela LCF, com uma bolsa de estudo pela Fundação Calouste Gulbenkian. Em Londres, encenou com o coreógrafo Alexander Whitley uma performance centrada no figurino que criou Salome para o London Fashion Week LCF Graduate Showcase 23. Em 2025, foi figurinista para Babel, estreado no Teatro Meridional, e para La Traviata, abrindo o Operafest 25. É atualmente professor convidado na ESTC.

A OBRA

Este figurino pretende trazer à vida Salome e a sua célebre dança dos sete véus. Inspirado no texto de Oscar Wilde, pretendi trabalhar o conceito de StripTease dentro de um universo abstrato e decadente. Partindo de uma figura coberta e protegida, Salome utiliza os véus que a cobrem como arma, ao desnudar. O que primeiro evoca uma flor, uma orquídea, revela no final o seu corpo proibido, coberto de sangue, pois foi o ato de desejar que levou à morte da protagonista.

 

ARTISTAS

Violeta Padilha, artista multimédia pernambucana a viver em Lisboa, cria performances, instalações e videoarte através de programação criativa. Integra as comunidades Algorave Brasil e Not Binary Code, investigando colonialismo digital e perspectivas transgênero na tecnocultura.
Juca Schindler, residente em Lisboa, articula uma prática multidisciplinar, investigando as relações entre fanzines, processos de representação e negociação de identidades políticas associadas a grupos sociais dissidentes. Integra o coletivo terreno baldio.

A OBRA

Instalação interativa que utiliza um sensor Kinect e software Processing para transformar o movimento do público em uma projeção dinâmica de arquivos visuais. O trabalho exibe fragmentos de zines criadas
coletivamente durante as últimas festas do Planeta Manas, espaço recentemente fechado. A projeção
silenciosa e coreografada pelos corpos dos visitantes evoca criticamente o desaparecimento destes locais
essenciais de revolução, coletividade e acolhimento para a comunidade queer.

 

ARTISTA

Ginger Porto (Romeu Porto) nasceu no ano de 2002. Cresceu em Caminha, Viana do Castelo, onde concluiu o curso de Artes Visuais em 2020. Licenciou-se na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em Artes Plásticas – Escultura. No articular da escultura e da escrita, a sua prática artística explora a relação entre o corpo e o espaço, ao questionar normas de regulação dos corpos no espaço público.

 

A OBRA

“Medo, porra?” transforma um objeto descartado num espaço de resistência. O aquecedor recuperado alberga seios em gesso moldados com preservativos, enquanto frases de Rita Lee denunciam opressão e proclamam insubmissão. A obra explora como corpos marginalizados podem ocupar, subverter e afirmar presença, afirmando visibilidade na esfera pública.

 

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Escultura

Maria Inês Gomes

Mamã, dá licença?

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Escultura

Mariana Espadaneira

As mulheres do meu jardim

 

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Fotografia

Eva Caseiro

Membrana

 

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Fotografia

Margarida Leal

An Essay on Ecdysis

 

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Fotografia

Victória Costa Sousa

Derrocada: Um corpo feminino mutilado

 

ARTISTA

Maria Inês Gomes (Tondela, 2000) é uma artista plástica que reside e trabalha atualmente no Porto. É Mestre em Artes Plásticas – Desenho pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde também se licenciou no ramo de Pintura. O seu trabalho é multidisciplinar cruzando as artes plásticas e as artes performativas, explorando ligações entre o feminino, a iconografia, a religião, o misticismo e as marionetas. Expõe regularmente o seu trabalho em galerias, museus e espaços culturais.

 

A OBRA

“Mamã, dá licença?” é uma fusão de elementos e gestos simbólicos. Um objeto que combina o sagrado e o profano, explora o elemento da casa aproximando-a a um altar de culto. Será ela um confessionário, uma capela, um sarcófago, um relicário ou uma casa de bonecas? Somos convidados a ajoelhar-nos, como num gesto de reverência, num ato de voyeurismo e curiosidade. Confrontados com um olhar que nos retorna o gesto, este assume-se como um observador ativo que se encontra de vigia.

 

ARTISTA

Mariana Espadaneira nasceu em Mora, no Alentejo, e reside em Lisboa. Licenciou-se em Pintura na FBAUL em 2021 e de momento frequenta o mestrado em Desenho. Já participou em exposições em Lisboa e no Alentejo. Em 2021 venceu o prémio Interpelação no concurso “Lisboa Capital Verde”, e desde esse ano, o seu foco está na cerâmica, onde se especializou dando aulas e desenvolvendo os seus projetos individuais. Para além da cerâmica, o desenho e a escrita aparecem também na sua prática artística.

 

A OBRA

A figura feminina, que se vai repetindo, é fruto da importância das mulheres que me rodearam desde sempre. Mulheres que – tal como tantas outras, cada uma da sua forma – mudaram o mundo que as rodeia e cuidaram dos mais pequenos detalhes. Cuidar está presente no momento de levar o cântaro à fonte, de tratar com mestria a natureza que a rodeia e de mostrar o céu a quem aprende a sonhar. O cuidar ensinando a importância de nos adaptarmos e moldarmos, tal como a natureza.

 

ARTISTA

Eva Caseiro (2001), fotógrafa alentejana, trabalha sobretudo em analógico explorando corpo, resistência e feminino, com foco em mulheres, migrantes e comunidade LGBTQ+. Formada no Ar.Co, recebeu em 2024 a bolsa do Clube de Criatividade e o 2.o prémio da CGTP. Colaborou com o FITA e o Museu Regional de Beja, mantendo prática autoral que reivindica a fotografia como transformação social.

A OBRA

“Membrana” é uma reflexão visual sobre o útero, o nascimento e os corpos que gestam. O véu surge como elemento simbólico do saco amniótico, protegendo e envolvendo, enfatizando o seu papel como um espaço de refúgio e força. A água representa a origem, a resistência e a cura. Num tempo que insiste em restringir direitos, este projeto é um grito íntimo e político pela autonomia e pela memória desses corpos.

ARTISTA

Margarida Leal (Lisboa, 2002) é uma artista visual que habita a fotografia e a imagem em movimento em película. O seu corpo de trabalho centra-se na materialidade da película e nos processos experimentais que lhe estão associados, explorando as possibilidades e fragilidades do suporte. A sua prática desenvolve-se numa abordagem teórico-prática que une experimentação laboratorial e criação artística, procurando instaurar um diálogo sensível entre processo, materialidade e imagem.

 

A OBRA

Filmada em Super 8 e manipulada do início ao fim, esta obra nasce do desejo de explorar a materialidade da imagem, a fisicalidade do cinema e a tensão entre corpo e meio. Uma mulher remove sua última pele num gesto de desapego e transformação, enquanto a projeção feita com um projetor de slides que nunca entra totalmente em foco torna a visualização quase orgânica, onde a imagem oscila, pulsa e respira, propondo um questionamento sobre o que é visível, palpável, projetável.

 

ARTISTA

Victória Sousa (2003) é uma artista portuguesa recentemente licenciada pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto, no ramo de Artes Plásticas — Multimédia. O seu trabalho procura materializar meios de conceptualização que derivam do seu interesse pela investigação teórica e empírica. Partindo das suas vivências como mulher, encontra na exploração da imagem um colo que suporta a reflexão táctil das tumultuosas relações tecidas no pensamento.

A OBRA

Derrocada nasce da carência de um imaginário capaz de repensar a relação passiva da mulher na criação da sua imagem. Surge como uma contradição direta e fantasiosa ao regime de representação ditado pelo pensamento por opostos. Propõe-se como imagem esperançosa de um corpo feminino ativo na sua criação. Simultaneamente, a sua fisionomia estende-se até ao solo, tal e qual uma ruína anómala.

 

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Joalharia

Beatriz Figueiredo

Autorretrato

 

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Joalharia

Joana Margarida

Sem título

 

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Pintura

Maria Luísa Figueiredo

Feeling (w)hole

 

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Pintura

Rafaela Silva

Paisagem de Passagem

 

ARTISTA

Beatriz Figueiredo é uma artista de joalharia contemporânea de Almada. Estuda no Ar.Co e tem formação em Design de Moda. O seu trabalho cruza têxteis, técnicas manuais, materiais reutilizados e metais não preciosos, abordando temas ambientais, emocionais e nostálgicos. Participou na exposição Mercado de Arte (Padaria do Povo, 2024).

 

A OBRA

Objeto escultórico feito para ser colocado na boca, com estrutura em latão e lábios cinzelados e pintados com verniz vermelho, cor usada frequentemente durante o processo. Os dentes, feitos em croché e colados com Sugru, introduzem contraste entre materiais. A peça é um prolongamento do corpo, sendo o seu propósito criar um desconforto pessoal e visual.

 

ARTISTA

Joana Margarida é estudante de joalharia e encontra-se atualmente numa fase de intensa experimentação e exploração de materiais, técnicas e conceitos. O seu trabalho é movido pela curiosidade e pelo desejo de criar peças que reflitam um pensamento pessoal e sensível. Encarando a joalharia como um campo de descoberta e expressão, está empenhada em desenvolver uma prática autêntica e comprometida com a criação.

 

A OBRA

Peça integrada numa série em desenvolvimento, não existe isoladamente. Trata-se de um colar cujo conteúdo é sensível e convoca o corpo e o olhar para uma experiência desconfortável, mas sedutora. Há nos ganchos uma violência explícita, mas também uma sensualidade perversa. O toque do gancho é invasivo, impiedoso, mas é também um convite ao olhar: “olha para aquilo que não deverias ver”.

 

ARTISTA

Nascida em Lisboa (2000), Luísa Figueiredo é uma artista plástica baseada em Roma. Fez uma licenciatura em Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, onde também realizou um Minor em Ilustração. Frequentou igualmente a Bauhaus Universität Weimar, onde estudou Artes Plásticas. Realizou ainda um Mestrado em Pintura, na Universidade de Belas Artes de Roma. Atualmente, Luísa dedica-se à criação de um universo alternativo e artístico através de pintura a óleo e instalação.

 

A OBRA

A pintura “Feeling (w)hole” convida o espectador a um jogo sensorial e introspectivo. Com cores intensas e uma textura aveludada, a obra mistura ilusões óticas, desafiando a percepção entre o real e o refletido. Dois portais centrais, dispostos como espelhos ou janelas, ampliam o espaço, criando uma sensação de infinito. O título sugere ambiguidade: a imagem é completa ou fragmentada? A resposta depende da experiência única de cada observador.

 

ARTISTA

Rafaela Silva (Lisboa, 2000) frequentou a Escola Artística António Arroio (2018) e completou a licenciatura em Artes Plásticas na ESAD.CR (2021). O seu trajeto artístico começou pelo desenho, desenvolvendo-se até á pintura, fotografia, instalação e performance. Explora essencialmente a temática da natureza, onde mistura três dimensões paralelas: a realidade, o imaginário e o digital, transfiguradas através de pintura e manipulação digital em paisagens fictícias/imaginárias.

 

A OBRA

Se me cortassem em dois, que paisagem emergiria de dentro de mim? “Paisagem de Passagem” revela-nos algumas das paisagens internas da artista, que há muito esperam a sua vez de ver a luz do dia. Partindo de um desejo quase autobiográfico, a artista aborda a pintura como um espaço metafísico para confessar, sonhar e questionar, aproximando-se de uma realidade poética. Uma instalação que provoca um confronto harmonioso, entre o mundo interior, e o exterior, convidando-nos a re-imaginar paisagens.

 

Futuros possíveis

Um olhar para o futuro não como destino, mas como hipótese. Entre o tecnológico e o artesanal, o real e o virtual, o político e o íntimo, exploram-se as tensões que definem o nosso tempo: fronteiras, crise ambiental, saturação digital, desigualdade e desejo de transformação. Cada obra propõe um exercício de imaginação crítica, tentando compreender o presente à luz do que ainda não existe.

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Arte Digital

Bruno Mesquita

(A)TENSION

 

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Arte Digital

Guilherme Gama e Bruno Mascarenhas

Beyond The Board

 

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Arte Digital

verde

à beira de um ataque de nervos

 

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Arte Têxtil

Beatriz Félix

Gaza

 

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Arte Têxtil

Luísa Leão

Venerar o mistério

 

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Cruzamento Disciplinar

Margarida Couceiro

Pixels Are Soft to Touch

 

ARTISTA

Bruno Mesquita, media artist e investigador, licenciou-se em Artes Digitais e Multimédia (2020) na Escola
Superior de Artes e Design de Matosinhos e concluiu o mestrado em Media Arts (2024) na Universidade do Minho. Atualmente é doutorando em Artes Plásticas na FBAUP. A sua prática cruza arte, teoria crítica e ativismo, explorando fronteiras, migrações e memória coletiva em contextos pós-digitais através de instalações, imagem em movimento e formatos participativos.

A OBRA

As fronteiras têm sido um tema central na História, presentes em debates políticos, sociais e económicos.
Para além da sua espacialidade, exercem influência sobre identidade e poder, moldando e sendo moldadas
pelas dinâmicas das relações humanas. (A)TENSION explora a linha como elemento essencial e o som como elemento transformador, refletindo sobre as dinâmicas sociais e as lutas pela sua renovação, convidando o público a questionar narrativas estabelecidas e a imaginar futuros alternativos.

ARTISTA

Guilherme Gama é apaixonado pela interseção entre arte e tecnologia. Licenciado em Engenharia Informática e mestre em Multimédia, mergulhou cedo no mundo dos jogos e da arte digital em projetos freelance. É professor no IPMAIA, onde leciona Produção de Jogos.
Bruno Mascarenhas é licenciado em Produção e Tecnologias da Música (ESMAE) e mestre em Multimédia (FEUP). Desenvolveu interesse em áudio e música generativa e interativa e no seu trabalho explora a fusão entre música, áudio e tecnologia.

A OBRA

Beyond The Board – uma aventura minimalista num universo de xadrez em colapso. Assume o papel de uma Torre e explora este universo críptico onde as peças que o habitam desafiam qualquer lógica pré-concebida. Nesta narrativa visual contada por duas fações terás de fazer uma escolha: venerar a ordem, ou abraçar o caos. Na dúvida, o silêncio tomará partido.

ARTISTA

verde (ou Tiago, para os mais aborrecidos) é ilustrador e designer gráfico. Desde pequeno que acredita que crescer é opcional. Por isso, procura sempre esbater a linha entre o que é “para crianças” e o que não é. Quando não está a desenhar, provavelmente está a stressar por não estar a desenhar… ou a procrastinar a ver séries de animação, que são uma grande fonte de inspiração para o seu trabalho.

A OBRA

À beira de um ataque de nervos é uma sequência narrativa em três partes que retrata a ansiedade como um
apocalipse iminente. Recorrendo à estrutura da banda desenhada, a obra acompanha o percurso da ansiedade desde o momento da sua criação até culminar no isolamento da personagem.
A obra nasce da vontade de explorar a banda desenhada e as possibilidades que a sua estrutura — ou a
quebra dela — pode oferecer.

ARTISTA

Beatriz Félix (1999, Tâmega e Sousa) é licenciade em Artes Plásticas pela FBAUP. Em 2025 recebeu o apoio Criatório, da Ágora, para a co-edição de uma antologia de poesia palestiniana bilingue. Frequenta o mestrado em Estudos Literários, Culturais e Interartes na FLUP. Integra o cineclube Lastro do ILCMLM e programou o ciclo “Resistência Palestina” em 2024. Os seus interesses de investigação são os disability studies, a escrita de vida, estudos de memória, estudos palestinianos e teoria queer.

A OBRA

A citação é do livro de Mahmoud Darwish, Na Presença da Ausência (2006). O poeta regressa a Gaza na
velhice, após uma vida no exílio, experiência que Edward Said descrevera como um “”estado descontínuo de
ser”” (2000). Este bordado utiliza as palavras do poeta demonstrando que, passados quase 20 anos, o
genocídio do povo palestiniano continua a ser silenciado globalmente. O tatreez é uma das heranças culturais
que simboliza a sua resistência, sendo nosso dever contribuir para a sua preservação.

ARTISTA

Luísa Leão (Brasília, 1998) é artista e investigadora com foco na materialidade têxtil. É residente na Galeria GamaRama, no Algarve. Sua prática nasce dos gestos de costura e colagem que explorou na infância, expandindo-se em obras que entrelaçam influências ancestrais e contemporâneas. Iniciou sua jornada artística com ilustração bordada, expandindo posteriormente sua prática para abranger uma ampla gama de processos têxteis. Desde 2022 participa de exposições e residências.

A OBRA

Venerar o mistério investiga a presença que emerge do intangível. A obra combina feltragem em lã merino, fiação, bordado, crochê, queima de tecido e LED para criar uma escultura suspensa entre matéria e éter. O lençol herdado evoca ancestralidade, enquanto a lã, moldada por ar, água e tempo, fala de impermanência. Equilibrando identidade e intuição, a peça convida a perceber a respiração e o tempo cíclico como lugares de conexão.

ARTISTA

Margarida Couceiro (Leiria, 2003) apresenta-se como uma designer multidisciplinar. O seu trabalho caracteriza-se pela exploração de formas orgânicas, fluidez e materialidade, expressando-se em suportes diversos como a fotografia, a ilustração, o design editorial e até experimentações com vidro. Sente-se visualmente atraída pela combinação de cores verde e rosa, gosta de cozinhar sobremesas e desenha cartazes para concertos. À noite, adormece a pensar no que vai vestir no dia seguinte.

A OBRA

Pixels are Soft to Touch reflete sobre a omnipresença do digital e a perda do contacto humano. Num quotidiano dominado por ecrãs frios e planos, o tato torna-se meramente funcional, desprovido de contexto. Através da imagem, é explorada a desmaterialização do corpo no espaço digital, onde o toque se dilui em informação visual mediada por pixels e algoritmos. O livro propõe um gesto de partilha a dois, valorizando o potencial expressivo das técnicas manuais, o inusitado e a imperfeição.

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Cruzamento Disciplinar

Mariana Limões

Tyranny of Shoulds

 

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Cruzamento Disciplinar

Sofia Matos

Turning clicks into pages

 

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Escultura

Maria Arsénio

“SOPRO”

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Escultura

Mayra Deberg

Caos Enclausurado

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Fotografia

Sofia Chitas Gouveia

“Da minha casa nunca ouviram falar”

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Joalharia

Catarina Lima

Swallow Your Pain

ARTISTA

De dia designer corporativa, à noite desenvolve projetos que cruzam design gráfico, arte e cultura visual. Mariana é designer de comunicação, formada no Porto e Barcelona, especializada em Design de Interação, Web e Jogos, com mestrado em Direção de Arte e Design Gráfico. Anteriormente, co-organizou o capítulo do Porto do Ladies, Wine & Design, encontro mensal dedicado a apoiar mulheres no setor criativo.

A OBRA

Quantas vezes fazemos coisas só porque achamos que devemos? Inspirado pela teoria de Karen Horney, Tyranny of Shoulds expõe a tirania invisível das exigências internas num livro-objeto que reúne dez mandamentos de uma tirania fictícia, ilustrados em fotografias surrealistas, que ironizam as pressões que nos moldam e limitam. Inserido num welcome pack deste regime imaginário, o projeto incluí ainda um cartão de identidade, um contrato, postais, porta-chaves e um sabonete.

ARTISTA

Sofia Matos é uma designer multidisciplinar portuense que investiga o cruzamento entre os meios tradicionais e digitais. Com uma abordagem reflexiva e experimental, o seu principal foco criativo centra-se no design gráfico e editorial, onde explora criticamente a sociedade de consumo contemporânea e a forma como esta vive e se relaciona com a era da manipulação tecnológica.

A OBRA

Entrelaçando uma perspetiva analítica e experimental, “Turning Clicks into Pages” explora a relação entre os meios analógico e digital no contexto capitalista contemporâneo. Através de uma abordagem híbrida e editorial, desconstroem-se as práticas de navegação do Twitter em matéria tangível, numa procura por evidenciar um aspeto particular da cultura de massas atual: a poluição de dados digital — em especial, no que diz respeito às redes sociais.

ARTISTA

Maria Arsénio, natural da Lourinhã, é designer com trabalho especializado em cerâmica, atualmente a frequentar o mestrado em Design de Produto na ESAD nas Caldas da Rainha. O seu percurso académico e artístico tem-se concentrado na interseção entre os objetos e a memória, com um interesse particular pelas potencialidades expressivas dos objetos e pela componente emocional que se inscrevem. A sua prática combina uma abordagem experimental e poética.

A OBRA

A peça ‘’Sopro’’ estabelece um exercício de investigação formal e material, resultante num diálogo entre a matéria, forma e processo. Através da técnica tradicional do sopro de vidro – com forte enraizamento na prática artesanal portuguesa – a obra explora a utilização de moldes em madeira de carácter modular, os quais, pela sua configuração variável, possibilitam a criação de múltiplas composições espaciais e expressivas.

ARTISTA

Mayra Deberg é designer multidisciplinar residente no Porto, licenciada em Arquitetura e Urbanismo e mestre em Design de Produto pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Atualmente desenvolve investigação de doutoramento e uma prática pessoal dedicada ao upcycling de resíduos da construção e subprodutos industriais. Em paralelo, explora o vidro soprado, com interesse em texturas e aspetos táteis dos materiais.

A OBRA

“Caos Enclausurado” reflete a tensão entre contenção e liberdade, onde o vidro flui e se solidifica de forma imprevisível dentro de uma estrutura de arame. As diferentes malhas moldam e restringem, mas também permitem que o material se expanda organicamente, criando contrastes visuais e táteis entre ordem e caos. As cores vermelha e azul intensificam esse diálogo, evocando a luta entre controlo e espontaneidade.

ARTISTA

Sofia Chitas Gouveia (Lisboa, 2001) é uma artista visual interdisciplinar, formada em Artes Plásticas na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. O seu trabalho desenvolve-se sobretudo nas áreas do vídeo, fotografia e técnicas de impressão, com um interesse particular por narrativas documentais e práticas de registo ligadas ao quotidiano e ao envolvimento comunitário.

A OBRA

A obra explora a crise da habitação e a crescente mercantilização do espaço urbano. Uma régua de metro traça o perímetro de um quarto — medida simbólica de um direito que se tornou especulação. Através de registos fotográficos, o corpo interage com essa planta, vestindo-a, carregando o peso de um espaço que já não serve para habitar, mas para lucrar. Metro de madeira: pinho, 2mm, 7m

ARTISTA

Catarina Lima estuda joalharia contemporânea em Lisboa e desenvolve um trabalho baseado numa prática artística e conceptual. Através das suas peças, procura traduzir pensamentos, emoções e desejos em formas materiais, explorando o corpo como espaço de comunicação e expressão.

A OBRA

BruXismo é uma peça que faz parte de uma série de três obras para a boca, mostrando a tensão emocional. Com picos projetados em direção aos olhos e pescoço, materializa o sufoco psíquico, refletindo o embate entre despersonalização, insegurança e dor silenciosa de existir.

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Joalharia

Maria Clara Ribeiro

Amor, Sexo e Morte

 

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Pintura

Gonçalo Ribeiro

45´05´´

 

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Pintura

Inês Louro

Cansaço

 

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Pintura

Raquel Amorim

Liminal Space I, II, III, IV

ARTISTA

Maria Clara Ribeiro nasceu, em 2005, em Lisboa. Começou o seu percurso na Escola Artística António Arroio, Lisboa, no curso de Produção Artística, em Ourivesaria, e, posteriormente, em 2025, obteve o “Bachelor of Fine Arts, major in Contemporary Jewellery and Jewellery Design” na Alchimia, em Florença, Itália. Tem participado com o seu trabalho em diversas exposições internacionais.

A OBRA

O conjunto de jóias apresentado propõe uma reflexão através do contraste entre o industrial e o artesanal e manual, apresentando-se como uma crítica a um estereótipo de beleza e à ideia de atracção e poder tradicionalmente associada à “jóia” – o perigo das aparências potenciado pelo capital. A obra representa uma linha ténue e crua entre o privilégio da vida e a certeza da morte, é uma metáfora a uma sociedade de guerra glorificada.

ARTISTA

Gonçalo Ribeiro (2003, Coimbra) frequenta a licenciatura em Artes Plásticas – Pintura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Expõe regularmente, desde 2021, destacando: XIV Bienal de Pintura do Eixo Atlântico, Lugo, 2023; Moeda ao ar, Fisga Space, Porto, 2025; Próxima Estação, Convento San Payo, Vila Nova de Cerveira, 2025. Recebeu Prémio Jovens Talentos – Bienal Eixo Atlântico, 2023; Menção Honrosa nas Residências Artísticas do Cortiçada Art Fest, Proença-a-Nova, 2024.

A OBRA

45 ́05 ́ ́ concretiza um conflito entre as características visuais e operativas da pintura e a captação, reprodução e consumo de imagens em movimento. Apresentam-se três fotogramas de um segundo de uma peça cinematográfica que tem pouquíssimo de real e muitíssimo de dissimulado. Ante um objeto desta natureza, somos confrontados com um local de suspensão, como se de um limbo visual se tratasse, e impulsionados para uma corrente reflexiva que coloca em questão a própria condição humana.

ARTISTA

Sou uma artista visual baseada nas Caldas da Rainha. O meu trabalho procura tornar a arte acessível a todos. Acredito que só ao reconhecer normas podemos imaginar um mundo visual mais inclusivo. Inspiro-me no folclore, tradição, feminilidade e quotidiano, fundo o passado e presente, unindo técnicas tradicionais e contemporâneas, navego na indústria criativa acelerada sem perder o lado humano da arte, um espaço de conexão, emoção e expressão genuína.

A OBRA

“Cansaço” é uma série de guaches onde o corpo se confunde com um pano gasto. Entre lavar, estender e passar, a rotina do cansaço ecoa a da roupa: sempre a preparar-se para o dia seguinte. Uma metáfora crítica à hustle culture e à pressão de estar sempre polido, fresco e pronto para a sociedade.

ARTISTA

Raquel Amorim (Lisboa, 2005) é artista visual e estudante do 3º ano da Licenciatura em Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. O seu trabalho desenvolve-se entre a pintura expandida, a construção de maquetas e a exploração de materiais industriais como PVC e acrílicos. Interessa-se pela geometria, pela luz e pela perceção espacial, criando obras que investigam os limites entre interior e exterior, presença e ausência, real e ilusório.

A OBRA

LIMINAR – Liminal Space I–IV investiga a transição entre pintura e objeto através do uso de PVC branco e acrílicos transparentes coloridos. Estas obras exploram a luz, a geometria e a sombra como elementos ativos, criando “entre-espaços” que não são totalmente interiores nem exteriores. O espectador é convidado a habitar o espaço pictórico, numa experiência de instabilidade e transformação que redefine a perceção da pintura contemporânea como território expandido.
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