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INQUIETAÇÕES DO EU

 

O que sente a nossa consciência quando abraça a consciência do mundo? Quando uma geração inteira convive permanentemente com o imediato e está omnipresente, confunde a sua existência com a realidade global.
A exposição dos criadores nas áreas de arte digital, arte têxtil, cruzamento disciplinar, escultura, fotografia, ilustração e pintura aborda as turbulências interiores e as suas relações com as pessoas, a materialidade e a abstração que os rodeia.
A mostra está dividida em quatro secções que espelham um caminho que parte de dentro, pensa o que é existir em comunidade, olha para o que nos é comum e, por fim, volta a questionar tudo.
A jornada inicia-se no Centro Municipal de Juventude e continua na Pousada de Juventude.

 

 

OLHAR PARA DENTRO

 

Num tempo em que a lucidez sobre os perigos mentais prevalece, não há como evitar um mergulho constante no nosso íntimo à procura de respostas, mas também de perguntas.
Este diálogo interior é o primeiro a ser feito, ainda ingénuo e não aprumado para os condicionamentos sociais. Aqui as obras reproduzem o processo de evasão do Eu, a forma de expor os argumentos e cismas dos autores, sem ponderar a relação com o outro.

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ARTE DIGITAL
AR·UMI
SIMULADOR DE VERÃO

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ESCULTURA
BÁRBARA ROSÁRIO
FLEXÃO

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ARTE TÊXTIL
CLARISSE SILVA
ABRIGO TEMPORÁRIO

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ESCULTURA
DAVID LEAL
THE NERVE

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FOTOGRAFIA
INÊS LOPES
IMERSÃO

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FOTOGRAFIA
JOANA DIONÍSIO
UM MUNDO QUE FALA AO TEU OUVIDO

A obra

E se pudéssemos reviver pedaços da nossa infância? Este é o objetivo do “Simulador de Verão”. Aqui podemos passear na memória e voltar a ser um miúdo nas intermináveis “férias grandes”. Para um bebé do final dos anos 90, voltar atrás compreende a mistura do que ainda é tátil e próprio da natureza, com a cultura visual da internet em crescendo. Inspirado na realidade virtual, o simulador foi idealizado como transporte que nos leva à criança que fomos, de maneira a melhorar o adulto que somos.

A artista

AR-UMI é o nome com que Ana Rita Pinto assina. Ela não tem algo de particularmente interessante a contar.
Não terminou o curso e andou à deriva durante anos, a pensar no que seria o seu caminho (newsflash: ainda
não o achou, mas está a trabalhar para isso). No meio de marés de indecisão, houve, no entanto, um
elemento que sempre se manteve: a pintura. A arte vista como segunda pele, como um diário ou como um
amigo a quem se conta os sentimentos mais íntimos. A AR-UMI tenta pintar sentimentos.

A obra

Flexão sobre o corpo de prova. Um corpo conceptualizado que é testado na sua resistência e deformação ao sofrer a investida de um agente externo/máquina. Um ciclo de sobrevivência que reflete sobre o espaço de fragilidade e falha do corpo que procura alternativa e superação. Essa procura acaba por resultar em representações de uma alternativa futura, mas também em representações das provações que o presente constitui – conduzindo a uma contemplação do esforço, resistência e superação.

A artista

Bárbara Rosário (Aveiro, 1995) é formada em Artes Plásticas – Escultura (Mestrado, 2019) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. O seu trabalho aborda conceitos como a mortalidade, o envelhecimento e o conceito de corpo-máquina – refletindo sobre identidade e sobrevivência. Atualmente partilha um espaço de trabalho em Aveiro com outros makers multidisciplinares que procuram explorar as ligações entre Arte, Ciência e Tecnologia.

A obra

Estamos destinados a seguir uma linha temporal pré-estabelecida, no entanto, surge uma nova noção de tempo, na qual os conceitos temporais são constantemente construídos e desconstruídos de raiz. E é através desta evocação ao passado, e introspeção de determinadas memórias, que surge a obra “Abrigo Temporário”. Esta pretende representar o que está ausente para que fique presente, remetendo-nos a espaços que já habitámos, em que corpo e mente se unem, e à efemeridade da vida e a certeza da morte.

A artista

Clarisse Silva é uma artista plástica, recentemente licenciada em Pintura, na Faculdade de Belas-Artes, Universidade de Lisboa, e com percurso pela Nuova Accademia di Belle Arti, Milano. O seu trabalho tem como base a experimentação material e a inevitável conexão que surge entre esta, o tempo e a memória. Ao transpor para a realidade material o que é da ordem do sensível, procura retratar o culminar de experiências e vivências pessoais, através de um fazer e desfazer quotidiano do corpo.

A obra

Uma incubadora ocupa o centro da situação, abrigando um nervo tridimensional que emana luz do seu interior. Em redor desta incubadora estão três Ophanims, anjos biblicamente ilustrados, que visitam este nervo. Figuras compostas de interiores de olhos, que nos convidam a pensar no que há de íntimo nas perspectivas de cada um, e na diferença.

O artista

David Leal trabalha entre Lisboa e Londres e, predominantemente, entre vídeo e escultura, refletindo sobre três temas principais: Visão, Religião e Sexualidade. As suas peças atuam como detetives, em busca de rótulos como alma ou desejo. Exposições anteriores incluem CONFESSIONS (2023) na Lismore Castle Arts, MELTDOWN (2022) na Ridley Road Project Space. É um dos vencedores da iniciativa queer Center.Stage e foi selecionado para o Bloomberg New Contemporaries 2021.

A obra

A composição fotográfica “Imersão” conta a história de uma adolescente consumida num vício. Retratando a droga, o desespero e a deterioração do mundo de hoje. A sua apresentação visual menos contrastada tem como intuito salientar a luta da inocência e fragilidade da juventude, com a decadência e a tentação. “Imersão” um projeto analógico em dupla exposição, com a intenção de representar o efeito visual de substâncias alucinógenas e retratar diferentes fases da vida de alguém imergido num vício.

A artista

Nascida e criada em Lisboa, Inês, desde muito nova, teve um olhar curioso e detalhado para o mundo que a rodeia e mostra isso através da fotografia. O seu percurso nunca se afastou das artes, começando em Artes Visuais, seguindo para uma licenciatura em Arte Multimedia na Faculdade de Belas Artes em Lisboa e um curso de fotografia na ETIC. O seu trabalho abrange uma grande variedade de estilos conseguindo retirar os momentos mais autênticos e emocionantes através da sua lente.

A obra

As superstições, as lendas e os mitos são uma parte inegável da nossa cultura comum e encontram-se geralmente enraizados nos meios de ruralidade onde as pessoas vivem em profunda conexão com o mundo natural. No concelho situado mais a norte de Portugal, entre o Minho e a serra, existe uma zona onde história e lendas se fundem. Melgaço é um espaço de forte identidade cultural e reconhecido pelo seu folclore. De voz em voz estas narrativas galgam séculos. Morrem os homens, mas elas permanecem.

A artista

Nasceu em 1993. Licenciada em TCAV pela ESMAD e em 2021 concluiu o Master em fotografia artística e documental no IPCI. Em 2022 foi selecionada pela GUP Magazine para o livro Fresh Eyes e em 2023 foi selecionada pela Bienal de Fotografia do Porto para fazer parte da plataforma Futures. Tempo, memória e mortalidade são a matriz do seu trabalho, onde procura explorar a forma como o ser humano lida com a sua condição de mortal.

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FOTOGRAFIA
JOÃO CARLOS CARPINTEIRO PINTO
DISSOCIAÇÃO

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ILUSTRAÇÃO
LEONOR VIOLETA
COMO SE DESENHA UM SONHO

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FOTOGRAFIA
MARTA PAIVA
NÃO QUERO TER MEDO DE CHORAR

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ARTE DIGITAL
RUBEN CONSTANTINO DA CRUZ CHANTRE
MEDIA OVERLOAD

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ESCULTURA
YLANA YAARI
RAIZ SUSPENSA

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ESCULTURA
RÚBEN PONTO, RITA CRUZ E CAROLINA TRIGO
PAPEL DE ARTISTA
PAPEL DE ARTISTA

A obra

“Dissociação” convida-o a contemplar a complexidade da mente humana por meio de uma abordagem visual única, desafiando as fronteiras entre realidade e ilusão. A coleção é composta por uma série de retratos desfragmentados que surgem mediante uma exploração artística de transtornos dissociativos como a despersonalização e desrealização.

O artista

João Carlos Pinto, de 24 anos, natural de Braga, Portugal, é recém-licenciado em Som e Imagem pela Escola Superior de Artes e Design, situada nas Caldas da Rainha. Impulsionado pela experimentação em várias vertentes do audiovisual e com um grande interesse pelo estudo da mente, a sua abordagem conceptual na fotografia assenta numa reflexão e questionamento sobre a perceção humana da realidade.

A obra

“Como se Desenha um Sonho” teve como base de pensamento o poema “Como se Desenha uma Casa”, de Manuel António Pina. A casa como alicerce, lugar onde se delineia e transforma o contorno do corpo. Lugar de sonhos e recordações: onde se fragmentam, acumulam, distanciam, reposicionam. O mural nasceu no âmbito da Feira do Livro do Porto 2023, na Concha Acústica, local onde, ao longo do evento, decorreram vários concertos e palestras.

A artista

Leonor Violeta (Oliveira de Azeméis, 1995) vive no Porto onde é ilustradora e designer. Desde que aprendeu a pegar no lápis nunca mais parou de desenhar, mas só recentemente se aventurou pelo mundo da ilustração freelancer. O seu trabalho divide-se maioritariamente entre a ilustração digital, recortes, e mais recentemente, murais. Tendo como ponto comum composições gráficas e coloridas, gosta de colaborar em diferentes projetos de forma a ser desafiada a explorar várias abordagens e suportes.

A obra

“Não quero ter medo de chorar” aborda a solidão e o sofrimento que nos sujeitamos a sentir, por termos medo de o mostrar aos outros. Na sua obra, a artista procura uma forma de tornar as lágrimas bonitas, para que deixem de ser uma coisa negativa e, desta forma, ter esperança de que outras pessoas também tenham essa capacidade e se juntem na partilha de emoções.

A artista

Marta Paiva (1994), natural de São Pedro do Sul, é licenciada em Design Gráfico pela ESAD CR. A artista explora sobretudo a fotografia de auto-retrato, contando com duas exposições coletivas (2021) e uma exposição individual(2023), resultado da residência artística que fez na Casa Varela. Conquistou o 1º lugar da 5ª edição do concurso de artes ATUAARTE na categoria de fotografia, o prémio de Melhor Retrato nos Prémios Insties Gerador 2023 e foi uma das 10 selecionadas para o Poster 2023.

A obra

A sobrecarga digital pode acontecer quer seja online, quer seja offline. A obra representa o que é pra mim a “media”: distorcida, psicadélica, interminável e tecnológica. Não fique imovel ao pé desta obra, sinta a dopamina a aumentar, interaja com as câmaras, fale, ouça e observe. Arte interativa e generativa, com captação de áudio e imagem, mostrando a sobrecarga do mundo digital em outros olhos.

O artista

Artista, designer de multimedia freelancer e modelo, dominando diversas áreas tecnológicas desde a multimédia à programação. Parte cabo-verdiano, parte português, com 23 anos, apresento-me como Rubens. No meu percurso académico carrego um curso profissional em técnico de multimédia, terminado em 2020, tal como cursos modulares em programação c++, JavaScript e design de novos media. Sempre tentando enriquecer o intelecto e explorar diferentes áreas de design, multimédia e informática.

A obra

Ylana Yaari (nascida em 1999) São Paulo, Brasil. Uma artista multidisciplinar que vive e trabalha em Lisboa. A relação de Ylana com suas obras (pinturas, esculturas e têxteis) flui intimamente em sua vida. É o movimento das formas que a guia, tornando-a capaz de condensar longos sentimentos. Longe de aludir explicitamente ao presente ou de procurar um discurso justificativo, surge de forma genuína e pessoal.

A artista

O que existe em nós antes de termos que ser algo no mundo? A ‘Raiz Suspensa’ surge com o intuito de representar um corpo raiz cíclico em transfiguração. Ancorada na enorme vontade de perpetuar e questionar as memórias culturais e o desejo de pertencimento.

A obra

Papel de Artista nasce de uma preocupação de três artistas com o mercado de trabalho nas artes. Nós, artistas, vemo-nos empurrados para situações de trabalho precárias. Apesar da formação académica e experiência profissional, somos obrigados a aceitar trabalhos paralelos em necessidade de sobrevivência. O sentimento de não ver futuro profissional por falta de oportunidades dá um olhar de inutilidade sobre todo o investimento feito. De que serve um Diploma? Face à situação, demos-lhe uso.

Os artistas

Rúben Ponto
Formou-se na ACE Escola de Artes em Cenografia, Figurinos e Adereços e licenciou-se na área de Cenografia na ESMAE. Já trabalhou dentro e fora de Portugal em diferentes áreas artísticas com materiais e meios multidisciplinares, como cenografia para teatro, óperas e décors; figurinos para teatro, curtas-metragens e desfiles; caracterização para teatro e câmeras; construção de adereços como chapéus, perucas, máscaras e marionetes; e participou em exposições com ilustrações e esculturas.
Rita Cruz
Frequentou a Escola Artística Soares dos Reis em produção artística, na área de realização plástica do espetáculo. Segue a formação na ESMAE, na licenciatura em Teatro na variante de Cenografia. Realizou vários projetos profissionais nas áreas de Cenografia, Adereços e Figurinos com companhias como NAPALM, Coletivo Lick Sick Dick, AM Live com Musicais no Gelo, Companhia Agon em coprodução com o Teatro Municipal do Porto, Filhos dos T, N.A.V.I.O e Momento-Artistas Independentes.
Carolina Trigo
Iniciou a formação artística na EAAA e especializou-se em RPE (Produção Artistica). Em 2020 iniciou o curso de Cenografia na ESMAE, terminando em 2023. Em 2022 realizou guarda roupa e figurinos para performance de DragQueen. Em 2023 concretizou direção de arte, decor, guarda roupa, design gráfico e caracterização para “Esquadrilha Pastilha”; assistência de cenografia no espetáculo “O fim” de Diogo Freitas e cenografia para o espetáculo “Overdrama” de Paulo Calatré.

SER ENTRE NÓS

 

O nosso mundo começa, e muitas vezes termina, à nossa volta. Quem nos rodeia ajuda a definir-nos, a construir quem somos. Saímos do íntimo do nosso corpo e das nossas sinapses e procuramos, com fragilidade, temor e, também, certezas inocentes, o nosso próprio entendimento através dos outros.
Nesta secção os artistas sublinham o papel da comunidade nas suas criações, dando o protagonismo ao Nós.

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PINTURA
BEATRIZ NARCISO
LIVRARIA 12

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
ISABEL MEDEIROS
EU CONTO-TE UMA HISTÓRIA DE UM VULCÃO QUE REBENTOU NUMA ILHA…E ESSA HISTÓRIA NÃO VAI SAIR MUITO CLARA.

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FOTOGRAFIA
JOANA DIONÍSIO
UM MUNDO QUE FALA AO TEU OUVIDO

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ILUSTRAÇÃO
JOANA SOUSA MACHADO
PROVÉRBIOS REINTERPRETADOS

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PINTURA
JOÃO PUIG
LUZILUZIR

A obra

Obra em acrílico sobre tela, com 185 cm x 125 cm, que retrata a montra de uma livraria, sob efeitos de luz, reflexos e profundidade, com uma figura humana algo esbatida. Procura refletir a passagem do tempo, a melancolia de um quotidiano em desaparecimento e a própria efemeridade do ato de leitura, convidando simultaneamente à procura de memórias pessoais, a abrandar o nosso ritmo citadino e, tão só, à contemplação.

A artista

Beatriz Narciso nasceu em Lisboa no ano 2001. Formou-se no curso especializado em Realização Plástica do Espetáculo, na Escola Artística António Arroio. Em 2022, licenciou-se em Artes Plásticas, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Atualmente, é artista residente no espaço/projeto Marvilla Art District (MAD). O seu trabalho tem consistido, sobretudo, na representação de quotidianos, propondo diversas leituras na perceção do mesmo.

A obra

A partir da alteração das memórias dos meus avós sobre o Vulcão dos Capelinhos (Ilha do Faial, 1957) proponho a ideia de esquecimento como um fungo. Submetendo uma fotografia impressa da paisagem do Vulcão, por mim tirada, ao fungo Rhizopus Stolonifer. O fungo vai gradualmente crescendo sobre a fotografia, deteriorando-a, da mesma forma que o tempo alterou a memória de quem viveu o evento histórico.

A artista

Isabel Medeiros (Ponta Delgada, 1998) é artista visual e realizadora. A sua prática é transmedia – englobando a performance, o vídeo, a escultura, a instalação e a fotografia. É mestre em Estética e Estudos Artísticos com especialização em Cinema e Fotografia pela NOVA FCSH, Lisboa (2023) e licenciada em Arte Multimédia na vertente de Instalação e Performance pela FBAUL, Lisboa (2019). Realizou estudos na Art Academy of Szczecin, na Polónia (2018/19). Atualmente vive e trabalha em Lisboa.

A obra

As superstições, as lendas e os mitos são uma parte inegável da nossa cultura comum e encontram-se geralmente enraizados nos meios de ruralidade onde as pessoas vivem em profunda conexão com o mundo natural. No concelho situado mais a norte de Portugal, entre o Minho e a serra, existe uma zona onde história e lendas se fundem. Melgaço é um espaço de forte identidade cultural e reconhecido pelo seu folclore. De voz em voz estas narrativas galgam séculos. Morrem os homens, mas elas permanecem.

A artista

Nasceu em 1993. Licenciada em TCAV pela ESMAD e em 2021 concluiu o Master em fotografia artística e documental no IPCI. Em 2022 foi selecionada pela GUP Magazine para o livro Fresh Eyes e em 2023 foi selecionada pela Bienal de Fotografia do Porto para fazer parte da plataforma Futures. Tempo, memória e mortalidade são a matriz do seu trabalho, onde procura explorar a forma como o ser humano lida com a sua condição de mortal.

A obra

O projeto “Provérbios reinterpretados” nasceu como uma forma de mostrar a visão do mundo e do que está a meu redor através da ilustração. O objetivo deste projeto é transmitir situações e imagens familiares que, utilizando a ironia como recurso, retratam a sociedade atual e questionam a realidade frágil apresentada pelos provérbios.

A artista

Joana Sousa Machado, 22 anos, apaixonada por ilustração e arte digital. Desde a minha infância, descobri o fascínio pelo desenho, e ao longo dos anos, essa paixão transformou-se numa jornada incrível de autodescoberta e expressão criativa. Crio ilustrações que contam histórias e evocam emoções. Cada obra representa uma oportunidade para transmitir uma parte da minha imaginação e a minha visão artística ao mundo.

A obra

Uma reunião onde se celebra sem receios, investimos harmoniosamente coordenados. Observamos à nossa volta e sentimos as individualidades e as suas formas de ser, apaixonamo-nos e sentimos genuinamente o presente sem ponderar o dia de amanhã. Neste ritual em que consagramos a liberdade, deixamos os estigmas para trás e tornamo-nos pragmáticos. Entre fragmentos de luz, é nos revelado mais, e continuamos, finalmente, emancipados de responsabilidades. Com esperança de tornar este momento eterno.

O artista

João Puig, pintor natural de Viana do Castelo residente no Porto. Mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes do Porto (2017). Bolseiro do programa Erasmus (Milão, Itália, 2017 e Leipzig, Alemanha, 2014). Residência artística nas Aldeias do Xisto (Março, 2015) e convidado para o Living Lab, Atelier Íris D’Arga (2013). Expõe desde 2013, entre Bienais e concursos nacionais.

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FOTOGRAFIA
JOÃO RAMILO DE FIGUEIREDO
DA PEDRA AO OSSO

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PINTURA
JULIANA JULIETA
PUPPY LOVE

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ILUSTRAÇÃO
MARTA CABRAL
TU, EU E TODOS AQUELES QUE VIERAM ANTES DE NÓS

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ESCULTURA
RÚBEN PONTO, RITA CRUZ E CAROLINA TRIGO
PAPEL DE ARTISTA

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ARTE DIGITAL
RUI MANUEL GONÇALVES MONTEIRO
A ILHA

A obra

Numa auto-observação influída às referências adquiridas ao longo do Mestrado de Fotografia, optei por trabalhar a matéria íntima, onde a intenção é oferecer um certo protagonismo à origem do topocídio na minha aldeia, Louriceira. A combinação entre os impulsos políticos e as transformações sociais tendem a germinar numa resignação do olhar o que, por sua vez, tem impacto sobre a sociedade, tanto numa perspetiva individual como comunitária, e na intervenção do cidadão com o meio que o envolve.

O artista

Nasceu na cidade do Porto a 6 de dezembro de 1999. Atualmente reside e trabalha entre Louriceira e Lisboa. Desde cedo se interessa pelas Artes Visuais, iniciando o seu trajeto em Artes no Ano 0 da Faculdade de Belas-Artes UL, no Curso de Arte e Multimedia. Atraído pela reflexão de questões sociais e com a ambição de se instruir acerca da fotografia como instrumento de investigação, licencia-se em Fotografia no IADE-E e mais tarde no Mestrado de Fotografia na Universidade Católica do Porto.

A obra

Nesta pintura a óleo, três figuras – dois humanos e o seu fiel companheiro canino – reúnem-se num ambiente caloroso e convidativo, numa cena que explora diversos parentescos, cuidados e comunidade (queer), ecoando perspectivas de bell hooks e Donna Haraway em “The Companion Species Manifesto”. Desafiam-se noções convencionais de amor romântico e monogâmico, bem como as estruturas familiares tradicionais, para apresentar uma visão diferente do amor, da família, dos laços e da vida doméstica.

A artista

Juliana Julieta, artista visual e cineasta que trabalha na área da Pintura e Cinema Experimental. No seu trabalho, em película ou pintura a óleo (meios artesanais), explora a fisicalidade sensível/orgânica dos materiais e processos, inquirindo sobre uma relação táctil, sensorial, cumulativa e fenomenológica de criar imagens. Membro do Laboratório da Torre e da Cave e cofundadora do coletivo No Room, espaços geridos por artistas que trabalham com filme analógico e fotografia, no Porto e Lisboa.

A obra

Partindo de uma busca interior através do autorretrato, surge a intenção de compreender o outro e como este nos pode afetar. Procura-se entender o contexto familiar e como as dinâmicas a este adjacentes nos caracterizam. Com certeza somos fruto do nosso contexto, mas seremos apenas um espelho do mesmo? Através da reunião de três gerações à mesa, nasce este debate. Os pratos certamente estão sobre a mesa, cabe-nos agora deixá-los limpos ou com os talheres abertos, com uma refeição por terminar.

A artista

Natural de Aveiro, Marta Cabral frequenta de momento o quarto ano da licenciatura de Design de Comunicação da Faculdade de Belas Artes do Porto, pertencendo ainda ao grupo autónomo da revista [UP]arte e ao Conselho de Representantes da FBAUP. Com especial interesse pela área do desenho e do design editorial, desde cedo revelou uma atração pelas artes. Seja rodeada de folhas de papel, seja imersa no ecrã do seu computador, é inegável que é na criação que Marta encontra o seu espaço de conforto.

Os artistas

Rúben Ponto
Formou-se na ACE Escola de Artes em Cenografia, Figurinos e Adereços e licenciou-se na área de Cenografia na ESMAE. Já trabalhou dentro e fora de Portugal em diferentes áreas artísticas com materiais e meios multidisciplinares, como cenografia para teatro, óperas e décors; figurinos para teatro, curtas-metragens e desfiles; caracterização para teatro e câmeras; construção de adereços como chapéus, perucas, máscaras e marionetes; e participou em exposições com ilustrações e esculturas.
Rita Cruz
Frequentou a Escola Artística Soares dos Reis em produção artística, na área de realização plástica do espetáculo. Segue a formação na ESMAE, na licenciatura em Teatro na variante de Cenografia. Realizou vários projetos profissionais nas áreas de Cenografia, Adereços e Figurinos com companhias como NAPALM, Coletivo Lick Sick Dick, AM Live com Musicais no Gelo, Companhia Agon em coprodução com o Teatro Municipal do Porto, Filhos dos T, N.A.V.I.O e Momento-Artistas Independentes.
Carolina Trigo
Iniciou a formação artística na EAAA e especializou-se em RPE (Produção Artistica). Em 2020 iniciou o curso de Cenografia na ESMAE, terminando em 2023. Em 2022 realizou guarda roupa e figurinos para performance de DragQueen. Em 2023 concretizou direção de arte, decor, guarda roupa, design gráfico e caracterização para “Esquadrilha Pastilha”; assistência de cenografia no espetáculo “O fim” de Diogo Freitas e cenografia para o espetáculo “Overdrama” de Paulo Calatré.

A obra

Rui Monteiro (1996), terminou a licenciatura em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Traça agora um novo caminho no Mestrado em Ilustração e Animação do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, onde explora a fundo novos campos da ilustração, como a modelação 3D, a animação e a cerâmica. Vê na ilustração um meio excelente de explorar as suas habilidades, os seus interesses e a sua imaginação, procurando satisfazer o seu desejo pela criação e pela diversão.

O Artista

É representado um mundo onírico e infantil povoado por seres bem dispostos. É como se abríssemos um livro infantil e, das páginas, fugisse uma ilha flutuante, levitando em direção aos céus. Na ilha, a alegria e o descanso dos gatos azuis de duas pernas são como umas férias de verão eternas. Dorme-se, dança-se, absorve-se a paisagem e brinca-se com caranguejos e borboletas. A organização das imagens foi estruturada de modo a aproximar-se da silhueta da ilha.

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ARTE TÊXTIL
SARA BOIA
ENTRELAÇAR OU AMARRAR?

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PINTURA
SARAH PRIPAS
SERÁ QUE, COMO ELA, A VIDA SE REFRACTA EM CORES?

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FOTOGRAFIA
VERA TORDO
IS THE WAR OVER?

A obra

Cada fio cuidadosamente entrelaçado num tear, leva à integridade da tapeçaria. A aldeia mineira do Lousal existe como um todo devido ao esforço de cada pessoa que dedicou a sua vida para a mina. Entrelaçar ou amarrar?, conjunto de duas tapeçarias, questiona a falta de valorização destas pessoas, desperta consciência para cada indivíduo enquanto elemento fulcral na existência da aldeia. Será a ligação entre estas pessoas e o Lousal entrelaçada como a tapeçaria, ou amarrada pelo sofrimento?

A artista

Sara Boia (n. 1999), natural da Figueira da Foz, Licenciada em Design pela FAUL e em Escultura pela FBAUL, onde atualmente se encontra no Mestrado na mesma área. Artista plástica que aborda a sua arte com o olhar rigoroso do design. Procura constantemente adquirir novas aptidões, dentro da arte e do artesanato. Para além do fascínio pelo figurativo na escultura, tem interesse pela arte têxtil e curiosidade na união entre técnicas da tapeçaria, com os materiais e tridimensionalidade da escultura.

A obra

A obra “Será que, como ela, a vida se refracta em cores?” é a exploração do íntimo, e da beleza que há na relação do interior com exterior. As pinturas de experiências únicas são tão pessoais que se tornam quase compartilhadas, fazem parte do imaginário do desejo sobre a vida. Assim, através das minhas próprias experiências, sentimentos, sensações, memórias, é possível construir uma união do meu “eu” com o “outro”.

A artista

Sarah Pripas (2002) é uma jovem artista brasileira, atualmente cursando sua Licenciatura em Pintura, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Desenvolve a expressão por meio de uma grande variedade de técnicas, suportes e materiais, como pintura, instalação, fotografia, vídeo e performance. Assim, fazendo uso das linguagens figurativas, abstratas e o encontro entre as duas, a fim de trabalhar temas relacionados ao íntimo, o dualismo e a memória.

A obra

“Is The War Over?” é um projeto fotográfico inspirado em histórias verídicas dos tempos de guerra. É composto por 4 imagens graficamente simples, mas com um sentido complexo por detrás de cada fotografia. O principal objetivo é reapresentar o olhar desesperado daqueles soldados que viram os companheiros ficarem para trás na luta e a quem tudo o que restou foram os traumas e a esperança de, um dia, a guerra acabar e poderem voltar a casa.

A artista

Vera Tordo é uma estudante universitária de 20 anos, atualmente no último ano da Licenciatura em Som e Imagem na Escola Superior de Artes e Design nas Caldas da Rainha. Desde muito nova que se interessa pelo mundo das artes nos seus mais diversos ramos desenvolvendo, recentemente, um carinho muito especial pela fotografia. Explora nesta área o quão poética uma imagem pode ser e, sobretudo, o que esta representa por de trás do seu conteúdo gráfico.

CONSTRUIR O COMUM

 

Ao contrário de muito outros animais, a nossa espécie tem o privilégio de saber cooperar, mesmo envolvendo pessoas que nunca se conheceram, que não falam a mesma língua e que vivem em quadrantes geográficos afastados.
O pensamento global sobre os valores humanos, sobre a natureza e o ambiente, sobre a atração pela guerra e pela destruição, ocupa a mente dos criadores nos seus processos criativos. Ser mais do que Nós significa ser Todos.

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ARTE TÊXTIL
ANASTÁCIA KAZMINA MARQUES
UTOPIA

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ILUSTRAÇÃO
BEATRIZ MACHADO
VER SONS, DESENHAR MIGRAÇÕES

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ARTE TÊXTIL
BIA CARNEIRO RYON
WHEN SHE TALKS I HEAR THE REVOLUTION

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ARTE TÊXTIL
BRUNA ANDREIA DE CARVALHO
SORO BOVINO FETAL

A obra

A peça Utopia é uma instalação têxtil que busca responder a questões sobre o Refazer a Cidade. Depois de concluir que uma cidade sustentável não cabe nas noções e formas atuais de cidade, devido a questões políticas, económicas e sociais, nasce assim uma Utopia, ou seja, uma construção imaginária de uma sociedade equilibrada. Uma sociedade sustentável que não se limita a ideais verdes e ecológicos, mas deve sim insistir numa contribuição diversificada de práticas e saberes.

A artista

Anastácia Kazmina Marques nasceu em Sintra, em 2001. Iniciou o seu percurso na Escola Artística António Arroio, onde frequentou o curso de Produção Artística – especialização em Têxteis, 2018, com uma bolsa de mérito. Recém licenciada em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design, Caldas da Rainha. Recebeu em 2023 o Prémio de Arte Jovem Fundação Millenium. É fundadora da Coletiva Soma, que participa na vida cultural das Caldas da Rainha. Participou em diversas exposições coletivas.

A obra

O projeto Yousound surgiu em resposta à crise de refugiados na Europa, focando na inclusão musical de crianças refugiadas na Suécia e Grécia. Usando o desenho etnográfico, foram exploradas as interações e experiências, destacando a arte e música como ferramentas de inclusão social. É uma viagem e exploração artística em direção a uma consciência mais vasta, pensamento crítico mais aguçado e uma reflexão mais profunda e sensível sobre a questão urgente da migração forçada e da inclusão social.

A artista

Beatriz Machado estudou cerâmica e escultura. Destacou-se na exposição Jovens Criadores 2018, representando Portugal na IX Bienal de Jovens Criadores da CPLP em 2019. Também participou na XIV Internacional Bienal de Cerâmica 2019 e em várias exposições coletivas desde 2016. Com formação em Ilustração e Produção Gráfica, recebeu uma Bolsa de Investigação em 2022 e realizou a exposição “Seeing Sounds, Drawing Migrations.” É inspirada pela literatura e poesia, tanto na cerâmica como na ilustração.

A obra

Onde é que está o punk nos têxteis? Mais precisamente, onde é que estão as riot grrrl nos têxteis? Criei uma relação entre os sentidos que representa não só uma crítica à arte, como também da sociedade. Uma boca, um objeto têxtil tridimensional que conta uma história, uma nova onda, o meu manifesto feminista, onde aqui, tal como as riot grrrl, não é permitido qualquer tipo de discriminação, homofobia e racismo.

A artista

Bia, 17 anos, Lisboa, Portugal. Acabei o meu último ano na Escola Artística António Arroio, onde me especializei em produção artística, mais precisamente têxteis, e onde aprendi as técnicas de tapeçaria, tecelagem, estamparia têxtil e tinturaria. Um dos meus maiores sonhos é explorar o mundo da moda.

A obra

Como vivem os animais de gado? Quanto tempo de vida tem um animal de gado? Quando se voluntariaram os animais às nossas escolhas de vida? Uma analogia entre a exploração do mundo animal e a evolução tecnológica levantando questões sobre o direito à vida e o livre-arbítrio. Vivemos numa sociedade que possui o dever de repensar as suas escolhas com base no impacto que estas têm no ecossistema como um todo. A prática de normalizar o antinatural tem repercussões?

A artista

Bruta é uma designer e artista plástica angolana. As suas raízes artísticas tomam lugar através do uso de formas minimalistas num jogo de positivo e negativo onde cores vibrantes ditam o caminho das formas. Em contexto artístico utiliza os animais como tema central e como forma de criar consciencialização sobre o lugar que estes ocupam em sociedade, criando uma analogia entre estes e os humanos e levantando questões sobre o direito à vida com a intervenção humana.

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
CATARINA BRAGA
GROWTH ROOM

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ILUSTRAÇÃO
CATARINA CRISTO
ÁRVORE CIRCULAR

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ILUSTRAÇÃO
DANIELA MATA
GLACIALIS

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ESCULTURA
DIOGO MIGUEL MARTINS NUNES
PELA DIFUSÃO DA SUBVERSÃO

A obra

A instalação ‘Growth Room’ é provocada por um controlo de tecnologias onde é possível experimentar um clima idealizado. Propício à aceleração do crescimento de plantas, o clima da instalação replica o de uma estufa artificial de plantas, utilizando luzes de crescimento, calor, humidade e isolamento do ambiente exterior. A sala é construída segundo as várias condições necessárias para o crescimento dos corpos vegetais, mas aqui o medium torna-se o corpo humano onde é manifestada a experiência.

A artista

Catarina Braga (Guimarães,1994) é uma artista interdisciplinar, mestre em Artes Plásticas-Intermedia (2022) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Na sua prática artística, investiga como a mediação tecnológica molda a nossa relação com a natureza, abordando processos de cultivo de plantas e processos de produção de imagem explorando o papel que as imagens desempenham nas interações que estabelecemos entre o mundo cultural e o mundo natural. Expõe a nível internacional desde 2016.

A obra

Inspirada pela flora do parque urbano da Rinchoa (Sintra) e criada com recurso a materiais não convencionais, a Árvore Circular é uma ilustração que explora a manipulação da natureza, através de uma representação em grande escala que oferece uma reconexão com o mundo natural. Ilustra uma árvore que se fecha sobre si própria e que contraria a sua ordem natural de crescimento, num ciclo contínuo e infinito.

A Artista

Catarina Cristo (1999) é uma artista visual e ilustradora portuguesa. As suas ilustrações são inspiradas maioritariamente pela natureza, explorando diferentes ideias e formas de expressão na área da ilustração e ilustração científica. Mestre em desenho pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, o seu trabalho foi exposto na fundação PLMJ e integrou a promoção à Drawing Room Lisboa.

A obra

“Glacialis” é um albúm ilustrado para miúdos e graúdos com o intuito de relembrar que qualquer ação que tomemos, não interessa o quão pequena, terá sempre um impacto. As alterações climáticas são um tema atual e são muitas as voltas dadas para tentar encontrar uma solução. Por vezes, a mudança é mais simples do que aparenta – e começa em nós.

A artista

Ilustradora, autora e designer gráfica em constante procura por novos desafios e com vontade de deixar no mundo um impacto positivo através do meu trabalho. Mantenho-me fiel aos meus valores, quer a nível pessoal, quer profissional, procurando oportunidades que me permitam advogar causas em que acredito através de projetos profissionais.

A obra

Pela Difusão da Subversão foi uma escultura realizada para a exposição “Aristides de Sousa Mendes: Razões da Humanidade”, inaugurada na Presidência do Conselho de Ministros em Lisboa. O objetivo desta exposição foi expor o que aconteceu e superar, por meio da experiência de Aristides, uma morte que cai no esquecimento. Essa memória, que carrega o valor da subversão na sua mais nobre manifestação. Em 1939, Oliveira Salazar redigiu ordens na Circular 14. Esta, invocando a neutralidade de Portugal na Grande Guerra, ordenava que não se deixasse entrar em território português os refugiados que fugiam ao avanço Alemão do Sudeste de França. Contrariando as ordens diretas do Ditador, Aristides de Sousa Mendes passou vistos que salvaram mais de 30.000 pessoas perseguidas por Hitler. Pensando na forma como Aristides subverteu o seu lugar de poder através da desobediência às ordens desumanas que lhe foram impostas, esta escultura não só enaltecesse os feitos de um herói, mas materializa também um desejo de dar continuidade ao legado de Aristides, que no fundo foi um homem comum que soube aproveitar o momento certo para elevar a condição humana à sua expressão máxima. Neste sentido, esta escultura tem em conta o significado simbólico da posição de estar sentado com um lugar de poder. A manipulação de uma cadeira comum encontrada na rua, de design português, pretende precisamente subverter esta ideia espelhando as ações do antigo cônsul de Bordéus. Para além disto, ao transformar o seu assento num apoio para as costas, esta procura dotar-se de potencialidades interativas, convidando o espectador a interagir com ela, projetando-se, assim, na realidade para a Difusão da Subversão.

O artista

1998, Lisboa. Licenciado em Escultura nas Belas Artes de Lisboa (2020), e mestre em Escultura pelas Belas Artes de Lisboa. Para além de ter vindo a participar nalgumas exposições coletivas, inaugurou em Novembro de 2022 a escultura pública Do Rigor o Devir, realizada com armas destruídas pela PSP que se encontra em permanência na Parada do Comandante Ferreira do Amaral no Chiado, em Lisboa e está, neste momento, envolvido em dois projetos participativos de escultura pública.

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
ISADORA ALVES
ARCHIVES OF THE EARTH (VISION 2) – FAGRADALSFJALL

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PINTURA
JOSÉ OLIVEIRA
É A TUA MÃE?

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ARTE TÊXTIL
LAURA SOUSA
ALMA DAS FLORES

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
MARIA CAETANO VILALOBOS
MULHER, POSSO E MANDO

A obra

A cada erupção, um vulcão acrescenta novo material às camadas da terra e sela paisagens sob a rocha vulcânica, criando um arquivo natural hermético. Como é que capturamos a essência de paisagens que estão sempre a mudar? Archives of the Earth é uma performance site-specific, através de screenprint e escrita de texto simultâneas. Projecto multiforme que culmina numa exposição, repensa as possibilidades e intenções do arquivo da paisagem contemporânea, presenciando locais de atividade vulcânica.

A artista

Isadora Alves (1996). Licenciada em teatro pela ESTC e escultura pela USP. Criou “Mas Onde Está a Espada?”(PT), “FlashBox (vision 1)”(PL), “Archives of the Earth (vision 2)”(ISK), Screens Scream Sex(CH). As suas criações são composições site-specific, onde a luz é o material privilegiado de estudo em diálogo com a paisagem e o tempo. Trabalha também como actriz em teatro e cinema e tem sido professora convidada em universidades na Áustria, Islândia, Suécia e Itália. Co-fundadora de Sympoietic Society.

A obra

De génese digital, partindo de um frame de um vídeo, a pintura pretende questionar o que é digno de ser representado. Enquanto ferramenta premeditada, laboriosa, romantiza o clique rápido e acidental, conservando um instante efémero, algo que, talvez, só deveria pertencer a um álbum de “Apagados Recentemente”. Resulta num retrato não idealizado de uma pessoa próxima, existente no mundo contemporâneo, antes físico e tornado virtual, cristalizado num formato reminiscente de tempos passados.

O artista

José Oliveira é natural de Braga, licenciado em Design de Produto pela Universidade do Minho. Embora o desenho e a pintura tenham acompanhado o seu crescimento, foi na licenciatura que realmente começou a pensar na atividade como ferramenta antropológica. Interessado na representação do meio envolvente, o trabalho torna-se numa forma de socialização e de conexão entre o artista e o objeto de estudo.

A obra

A obra consiste numa suspensão de um têxtil modular tubular criado a partir de módulos desenhados vectorialmente e cortados a laser. Interiormente tem uma estrutura de arame para manter a sua forma e dois pontos de luz. Os materiais da obra são provenientes de deadstock.

A artista

Laura Sousa é licenciada na FAUL em Design de Moda, sendo que o último ano de estudos foi em programa de intercâmbio na Kingston School of Arts em Londres. No seu percurso académico explorou os têxteis modulares, encaixes e upcycling. Gosta de aliar a criatividade com lógica e é uma curiosa no que toca a todo o tipo de artesanato. Encontra inspiração em técnicas artesanais que procura reinterpretar de forma contemporânea, seja a partir de módulos, recorte a laser ou outras técnicas experimentais

A obra

Mulher, Posso e Mando é um projeto artístico multidisciplinar de Spoken Word combinada com poesia, teatro, vídeo, música e luta pela igualdade de género. Inspirado no conceito de Slam Poetry, pretende questionar o modelo de competição imposto às mulheres e desconstruir esse mesmo modelo recorrendo à junção de diferentes elementos artísticos. É uma manifestação impactante, integrando os direitos das mulheres e a igualdade de género nos planos político e emocional, de uma forma criativa.

A artista

Criadora licenciada em Teatro pela UÉvora e ESAD, e Mestre em Direção Artística pela ESMAE. Foi atriz de diversos projetos e encenou “!REGRA GERAL”, “Nu Geral” e “I’m a Woman” com o qual foi finalista de Martelive Europe. Integrou o Festival de Poesia De Lisboa e quatro antologias poéticas. Foi bicampeã Slam Amadora e Trafaria e finalista nacional desde 2021. Professora de teatro, curadora de “A Arte de Nos Virmos” e parte do duo Mbuki-Mvuki, que participou em Maluco Beleza.

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ARTE DIGITAL
MARIANA MONTEIRO FERNANDES
EXCESSO

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FOTOGRAFIA
PATRÍCIA NUNES
PHOENIX: MASCULINIDADE TÓXICA, DA OPRESSÃO À LIBERTAÇÃO

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PINTURA
PAULO DA ROCHA NUNES
ESTUDO DE RETRATO I E ESTUDO DE RETRATO II

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PINTURA
VASCO MAIA E MOURA
DROWNING MEN

A obra

A poluição dos oceanos e as suas consequências no mundo aumentam a cada dia que passa. Este projeto centra-se em alertar para a poluição presente nos oceanos e para as alterações climáticas, demonstrando vários fatores-chave que prejudicam cada vez mais o planeta. Sensibilizar, refletir e fazer a diferença.

A artista

Mariana Monteiro Fernandes tem 23 anos, nasceu na Guarda e vive em Seia. Licenciada em Artes Plásticas e Multimédia pela Escola Superior de Educação de Viseu e encontra-se atualmente em Estágio Profissional.

A obra

“Phoenix: Masculinidade Tóxica, da opressão à libertação” é um projecto de fotografia conceptual que visa contar a história da opressão e libertação masculina com o objetivo principal de consciencializar e convidar à discussão sobre a masculinidade tóxica, bem como alertar para todos os problemas inerentemente ligados à mesma, como as elevadas taxas de suicídio masculino, machismo, misoginia, violência e violência de género, bullying, homofobia, bifobia e transfobia.

A artista

Patrícia Nunes nasceu em Lisboa onde reside até à actualidade. Com uma licenciatura em Cenografia, foi na fotografia que encontrou a sua verdadeira forma de expressão. Em 2015, por falta de oportunidades no mercado, decidiu arriscar numa carreira independente. Hoje é fotógrafa de retrato e de fotografia conceptual sendo esta última a forma que encontrou de unir a sua arte e visão ao activismo social, levando o seu trabalho além do aspecto comercial.

A obra

Estas duas obras surgem do estudo e exploração dos diferentes elementos estilísticos que constituem a linguagem de geradores de imagens que usam inteligência artificial. A nossa paisagem pictórica está a mudar devido a estas inovações tecnológicas. Artistas e outros profissionais estão a repensar o seu lugar neste novo paradigma. Estas pinturas procuram nutrir uma relação de retroalimentação entre estes sistemas e a produção artística, explorando novas formas de abordar a criação plástica.

A artista

Paulo Nunes é um artista visual do Porto, com foco em pintura e desenho. Formou-se em vários ateliers e academias de Portugal e Espanha, como o Atelier Madrid e a Barcelona Academy of Art. Recentemente, tem vindo a trabalhar intensamente o tema da Inteligência Artificial e as paisagens pictóricas da internet. A sua obra tem quase sempre um cariz surrealista, delimitando mundos imaginários que de alguma forma se conectam com temas da atualidade.

A obra

Inspirada num exercício de treino aquático dos SEALs da marinha norte americana, “Drowning men” surge num lugar inóspito onde as personagens (sobre)vivem no limiar, confinados eternamente a uma escolha: repetir um ciclo. O exercício que praticam consiste em deixar-se ir ao fundo para ganharem impulso e para conseguir recolher o ar que está à superfície. Esta partitura em cena entoa uma melodia incessante, repetitiva, onde não há fuga, apenas espera – um intervalo gritante entre a vida e a morte.

O artista

Vasco Maia e Moura (2001), nasceu em Lisboa, licenciou-se em Pintura na FBAUL. A sua prática de trabalho abrange médiuns como pintura, desenho, gravura e instalação. Entre as suas exposições coletivas está ARTIS – Seia 2022; Exposição Pátio no2 – Marvila 2022, Nocturna no Módulo – Centro Difusor de Arte – Lx 2023; Exposição Prémio D. Fernando II – Sintra 2023 e “Os lugares e Dordio Gomes e as bifurcações da pintura” Exposição Itinerante – Lisboa, Arraiolos, Porto, Paris, Granada, Bologna 2023.

QUESTIONAR O SENTIDO

 

Ser Eu é um constante questionamento que não pode ser definido apenas através do meu íntimo, de quem me rodeia e do meu papel no mundo. Precisamos de encontrar novas formas de sermos nós, quebrar convenções, rasgar compromissos, provocar e pôr em causa.
Todos os dias inventamos novas formas de ser, descobrimos modos de nos sentirmos representados e assumimos uma invulgar tranquilidade com a nossa singularidade. Como ser Eu?

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ILUSTRAÇÃO
BEATRIZ BAGULHO
PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO, INVERNO

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ARTE DIGITAL
CAMILA NOGUEIRA
FUNKY BEACH

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
CARLA SOFIA DE OLIVEIRA AFONSO
CORPO INVISÍVEL

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ARTE TÊXTIL
CAROLINA CONDEÇA
CERNE

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ESCULTURA
CATARINA BACH
ERUPTIO

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FOTOGRAFIA
DULCE CATARINA RIBEIRO
METAMORFOSE

A obra

“Primavera, Verão, Outono, Inverno” são reflexões ilustradas que capturam a essência única de cada estação. Dentro de cada ilustração delicada, o cenário do país transforma-se, revelando uma perspectiva singular dos espaços, personagens e hábitos que florescem nesse momento do ano. Assim, ganham vida quatro quadros oníricos e fantasiosos, nos quais a magia intrínseca de cada estação é desvendada em todo o seu esplendor, desencadeando novas ideias e momentos maravilhosos.

A artista

Beatriz Bagulho é ilustradora, animadora e realizadora. Comunica através do desenho, transformando conceitos e histórias em universos visuais. No seu percurso profissional, tem vindo a colaborar com a Fábrica das Artes do CCB, o Teatro Nacional de São Carlos, Imprensa Nacional, produtora Ocidental Filmes, Laranja Azul, e projetos multidisciplinares com o Teatro do Silêncio, Teatro do Mar e Zonzo Compagnie, entre outros.

A obra

Esta obra está inserida numa coleção de peças digitais animadas: DreamCatcher series. A coleção começou em 2021 com o propósito de levar o espectador numa viagem ao meu pequeno paraíso. Cada uma das peças é acompanhada de um poema, que contextualiza a energia que pretende transmitir em cada uma delas. No caso da Funky Beach, o poema é:
Hot balloons,
Magic shrooms,
Pink skies
And rollercoaster rides :)

A artista

Camila Nogueira é uma artista digital nascida e criada na cidade do Porto. Desde 2015 tem vindo a desenvolver diversos projetos de ilustração, colaborando com grandes marcas internacionais e dedicando tempo ao seu trabalho pessoal. De momento, concentra o seu trabalho na reinterpretação da realidade com uma vibe mágica, criando mundos cativantes e surreais nos quais gostaria de viver. A vida é um mistério incrível, mas também tem muitos momentos difíceis.

A obra

Os corpos envolvidos, diluídos na experiência que se desenrola entre algo visível e invisível, a unificação através do movimento permite constatar que embora o som e o silêncio sejam aceites enquanto opostos, na verdade não o são, assim como não são contraditórios o visível e o invisível, um não existe sem o outro.

A artista

Coa, licenciada em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, (2014) desenvolve o seu trabalho evocando a tridimensionalidade citadina e as suas sonoridades, evidenciando o paradoxo visível/invisível. Desde 2018 expôs trabalhos em diferentes cidades:“Singular-Pace”, Zet Gallery, Braga; LandArt Narciso do Mondego, Viseu (2019); “RUA”, Silos, Caldas da Rainha (2019). “Revitalização Sustentavel” coletivo KABO, Caldas da Rainha (2023).

A obra

O que há em ti já existe em mim, e por isso o reconheço. Esta tapeçaria parte de uma reflexão sobre o modo como nos relacionamos com o outro. “Cerne” entrelaça introspecção, envolvimento físico e uma ligação profunda com o inconsciente e surgiu através de um olhar sobre as relações que criamos com quem nos rodeia. Utilizar o outro como ferramenta para melhor nos conhecermos.

A artista

Nasceu em Faro e atualmente vive e trabalha no Porto. Licenciada em Artes Plásticas pela Universidade de Évora, e atualmente frequenta o mestrado em Artes Plásticas – Intermédia, na faculdade de Belas-artes do Porto. As áreas de intervenção são maioritariamente tapeçaria e escultura, tendo como principal interesse o estudo da ligação entre o corpo e a mente. Participação na exposição, “Conceber e Tecer, Tecer e Conceber”, no museu da tapeçaria em Portalegre, e na exposição “Trovisco”, no CITA

A obra

Simboliza uma ação viva suspendida no tempo e no espaço de um processo poético de erupção do metal, que se deixou fluir pelo vidro, fundindo-se num único objeto. É uma peça de vidro soprado que foi trabalhada sobre o calor até à exaustão do latão, levando-o a expandir-se, criando sublimes manchas de tinta em tons sépia. As bolhas de ar demonstram a luta deste material antes de ceder à temperatura do vidro. Um corpo efémero que representa uma resistência que se renunciou a si mesma.

A artista

Natural do Porto, onde atualmente vive e trabalha. Concluiu a licenciatura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, no curso de Artes Plásticas em 2020. No ano 2022 termina os estudos com o mestrado em Artes Plásticas, na mesma instituição. No primeiro semestre do ano letivo 2019/2020, em contexto de mobilidade internacional, teve ainda a oportunidade de estudar na Accademia di Belle Arti di Brera, em Milão. Atualmente, dá continuidade ao seu trabalho enquanto artista independente.

A obra

Este projeto esforça-se em investigar os temas profundos da mutação e da metamorfose expressos por meio do movimento. Estes temas são abordados no âmbito da espiritualidade, alinhando-se com a perspectiva filosófica frequentemente articulada na obra de Hiroshi Sugimoto. O principal motivo conceptual estudado em “Metamorfose” gira em torno da noção da transcendência da alma após a existência mortal.

A artista

A Catarina descreve-se como uma ambiciosa diretora de fotografia, com valências multidisciplinares na área do cinema e do audiovisual. Licenciada em Tecnologias da Comunicação Audiovisual pela Escola Superior de Media Artes e Design em 2019, tendo concretizado a sua especialização em direção de fotografia no projeto final de curso, Loop, o qual lhe valeu um prémio de melhor filme estudante da Academia Portuguesa de Cinema.

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ILUSTRAÇÃO
FRANCISCO MANUEL MEDEIRA GARVÃO
LIVING LAB LISBOA – AR_CHTY_PE

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ARTE DIGITAL
GONSSALO
BAMBO

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ARTE DIGITAL
HELIONEIVA MASCENA
HOWIFITWERESPRING

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
INÊS CARNEIRO (N!CHO), SARA NEVES (N!CHO), CAROLINA VIANA (REDOMA), JOANA RODRIGUES (REDOMA), MARIANA VASCONCELOS
GESTO

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ESCULTURA
MARIA MÁXIMO
PLACENTA CONDICIONADA

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
MARIA OLAS, DYLAN SILVA, LUÍS CEPA
UR●DIR

A obra

O LIVING LAB LISBOA transforma-se num portal para novas narrativas. Através do desenho, mergulhamos profundamente em diferentes épocas, revelando os segredos mais bem guardados das cidades. Lisboa ergue-se como um palco exploratório, onde a missão consiste em derrubar as barreiras impostas, ultrapassar limites e expandir horizontes. O traço transcende as fronteiras do papel, desafiando convenções ao abraçar o desconhecido e desencadeando uma revolução silenciosa entre a arte e a arquitetura.

O artista

Francisco Garvão, 24 anos, jovem arquiteto, de momento a acabar a sua tese de Mestrado. Muito associado ao meu trabalho, o desenho sempre esteve presente no meu percurso de vida. Desde criança que tenho o prazer em explorar os limites da folha branca de papel. Descobri uma nova paixão durante o percurso académico, o Urban Sketching, que acabou por ter um forte impacto na forma como vejo o papel do arquiteto nos dias de hoje. Nasce assim o AR_CHTY_PE (a minha versão sobre o mundo).

A obra

“Um momento de descomprometimento com a tensão que nos sustenta o corpo”. Instalação audiovisual com dois vídeos 4K verticais em loop e som grave envolvente.

O artista

gonssalo, nascido em cascais, viveu na Madeira antes de vir para Lisboa estudar em Belas-Artes. Licenciou- se em Arte Multimédia em 2018 e encontra-se agora no 2º ano do Mestrado em Arte Multimédia na mesma faculdade. Já expôs em Portugal, Alemanha, onde realizou Erasmus, e Holanda. Trabalha numa joalharia em Oeiras. Como artista performativo explora a natureza da linguagem, o meio artístico e o processo de criação.

A obra

“HowIfItWereSpring” é uma peça de arte que captura a essência da primavera de uma maneira única e provocativa. Através de uma combinação de elementos visuais e emocionais, esta peça transporta o espectador para um mundo onde a natureza desperta da sua letargia invernal e renova-se com vigor.

A artista

Helioneiva Mascena — Helimasc, artista multidisciplinar. Através do seu trabalho, Helimasc explora sistemas centrais modernos, a construção de imagens abstratas e a fusão de arte e tecnologia, originando-se numa combinação hipnótica de textura e cor, muitas vezes caracterizada por núcleos vibrantes e composições de texturas dinâmicas. O trabalho de Helimasc foi exibido em galerias de destaque, incluindo a ‘ArtLab Gallery’, as exposições ’22’s Art Week’ e ‘Art and Woman’ e projetos de design.

A obra

O ciclo que se repete.
A derradeira conexão.
O derradeiro diálogo.
Sobre forças e a procura do seu equilíbrio.
Gesto inter-respira a vontade de sobreviver entre dois corpos, traduzida pela visão de cinco Mulheres.

As artistas

Inês Carneiro (n!cho)
Atriz, bailarina e artista plástica multidisciplinar, nascida no Porto em 1999. Com formação em ballet clássico e dança contemporânea, frequentou o Conservatório de Dança do Vale do Sousa e a PERA – School Of Performing Arts no Chipre. Concluiu os seus estudos em Teatro na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. É membro integrante do projeto “Azevedo” da PELE, participou no programa OLE Lab Experience em Alés e estreou o seu solo “SOLO FÉRTIL” no programa Palcos Instáveis em 2022.
Sara Neves (n!cho)
Sara Neves, 1992, Lisboa. Intérprete, cujo foco de trabalho varia entre texto e a relação corpo/voz. Após iniciar a sua formação no Espaço EVOÉ, Lisboa, em 2014, prosseguiu com uma Licenciatura em Teatro na ESMAE, Porto. Estreou-se profissionalmente em 2018 com o monólogo “Charlotte”, adaptação do conto “Papel de Parede Amarelo”. Desde 2019, tem vindo a colaborar com companhias como a Momento Artistas Independentes, Teatro do Frio, Colectivo Grua, Comédias do Minho e Assédio Teatro.
Carolina Viana (redoma) e Joana Rodrigues (redoma)
redoma é uma dupla do Porto, assinada por Carolina Viana (cantora e rapper) e por Joana Rodrigues (produtora). Seguindo ambas os seus percursos académicos na música, conhecem-se durante a licenciatura, em 2017, na ESMAE. Ao longo de 2020 e 2021, encontraram na criação do EP “parte” (2022) uma forma única de comunicarem entre si no espaço que habitam. Um manifesto existencialista caracterizado pela sonoridade rap de ritmo desconstruído e poético.
Mariana Vasconcelos
Mariana Vasconcelos, 28 anos, filmmaker portuguesa, cujo trabalho procura transparecer um sentido de identidade visual a cada tema abordado. Começou pelo mundo da fotografia, enquanto estudante de Tecnologia da Comunicação Audiovisual na ESMAD. Rapidamente a atração pelo movimento entre a luz e a lente levou a que se assumisse como filmmaker, explorando diversas áreas, mas com especial enfoque nas temáticas culturais e documentais, sem nunca perder uma abordagem sensível à narrativa.

A obra

“Placenta Condicionada” contém um lado visceral que convida o espectador a ativar um lado de investigador e de predador, inspecionando tudo o que a constitui. Espero que seja recebido com uma sensação de familiaridade pelos objetos, que rapidamente é substituída pelo estranhamento e pela desorientação. A introdução do “objet trouvé” neste trabalho permitiu que houvesse uma perda de objetos, para que estes pudessem ser achados – criados, recriados, criando uma reação de anti-forma.

A artista

Maria Máximo (2001) vive e trabalha em Lisboa. É licenciada em Pintura pela FBAUL, realizou o programa Erasmus na ENSAPC e frequenta atualmente o mestrado de Pintura na FBAUL. Maria foi distinguida com: (2021) alunos da fbaul na Ermida – prémio de pintura, 2ª edição na Travessa da Ermida, Lisboa, Portugal. Nas exposições coletivas destaca: (2021) Trauma Response, na Duplex, Lisboa; (2022) Depois do Banquete, no Teatro Thalia, Lisboa, e (2023) O jardim dos caminhos que se bifurcam, no Buraco, Lisboa.
UR●DIR é um projecto multidisciplinar que nasce com o espectáculo do mesmo nome. É uma criação do colectivo GRAVITY FORMS. Carimbamos agora no mundo palavras ordenadas numa espécie de poema filosófico, na busca por um tempo comum, resultando num livro, dividido entre o pensamento e a imagem: do texto de Maria Olas à aguarela de Dylan Silva e com design de Luís Cepa. As pinturas podem ainda ser experienciadas ao vivo, numa exposição com 16 obras.

Os artistas

Maria Olas
Licenciada em Interpretação pela ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo é também dramaturga dos textos Matrioscana, O que vem primeiro e UR●DIR. Actualmente dirige a associação GRAVITY FORMS juntamente com Vitor Alves Silva e Jordann Santos, cujo principal objectivo artístico é pensar o lugar do ser contemporâneo, cruzando linguagens como o Teatro, a Poesia, a Dança e as Artes Visuais e Performativas.
Dylan Silva
Estudou Multimedia na FBAUP. É co-fundador da “Senhora Presidenta”, galeria dedicada à pintura, ilustração, cerâmica, fotografia, publicação, livros. etc. As suas obras inspiram-se no corpo humano, nascidas da sua memória. Por vezes variam na sua essência entre contornos familiares ou evocações de pessoas anónimas. Como memórias do passado, as suas imagens revelam-se como fragmentos cuidadosamente colocados sobre papel/tela, transformando-se em pedaços não mais concretos, mas abstractos.
Luís Cepa
Designer Gráfico com uma visão contemporânea e multidisciplinar. Trabalha maioritariamente para a Cultura, Artes e Tecnologia, desenvolvendo projectos através de publicações, design de livros, identidades de marca, exposições, tipografia, posters, etc. É co-fundador e curador da Senhora Presidenta, um projecto independente focado na ilustração, livros e artistas.

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PINTURA
RAFAELA FRANCISCO FERREIRA
CIRCINUS

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ARTE DIGITAL
RUBEN ESTEVES
BLOOMING LIGHT

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ARTE TÊXTIL
SOFIA SANTOS
ENCONTRO

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
TERESA CASTRO, MIGUEL LOUREIRO
MORPHIC ATTUNEMENT

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ESCULTURA
TIAGO ROCHA COSTA
INSECT BUNKERS

A obra

Rafaela Francisco Ferreira (n. Lisboa,1997) tirou o Curso de Cerâmica na Escola Artística António Arroio, em Lisboa. Licenciada em Artes Plásticas, na Escola Superior de Artes e Design, Caldas da Rainha e mestrado em Artes Plásticas na mesma instituição (ESAD). Participou em diversas exposições coletivas. No ano de 2022 realiza uma exposição individual “Rotações” na Galeria Ato Abstrato, Lisboa, e é vencedora do prémio Árvore das Virtudes no Porto. Em 2023 expõe na Fábrica Braço de Prata.

O artista

“Circinus” nasce do movimento do corpo, na sua amplitude, gestação, finitude e atrito. O “corpo” em contacto com o suporte, não é só um mecanismo de ação, ou diapositivo de onde as “imagens” são geradas pelo movimento e pensamento. O corpo move-se sobre uma superfície areosa e cheia de atrito, e é através destas forças opostas que a imagem surge. Nesta pintura é no ato de retirar que surge a imagem. Uma tela que se apresenta como pele, e expõe todas as forças energéticas do corpo.

A obra

O tema gira em torno de algo que floresce. Uma rapariga, Bloom, tem uma vida cheia de mistérios. Criada por seres misteriosos numa floresta desconhecida, que, após uma catástrofe, herda uma magia que altera a cor do seu cabelo para azul. Borboletas brilham ao seu redor. As folhas e flores irradiam luz. Será que os humanos vêem a sua cor de cabelo normal, ou apenas os escolhidos são capazes?

O artista

Licenciatura no Curso Artes Plásticas e Intermédia. O meu foco na arte é o trabalho digital. Tudo começou aos 13 anos com o despertar do desenho à mão com os “Dragon Ball”. Com o passar do tempo, a técnica do lápis a grafite foi aperfeiçoada, fazendo retratos à mão de familiares e amigos. O mundo digital abriu portas a imensas possibilidades inovadoras. Aliado a esta vertente artística, a música também tem o seu lugar. O piano permite, tal como as pinturas digitais, criar histórias.

A obra

A confraternização com a natureza é o foco principal do projeto. É explorada a relação entre a mão, o olho e a memória por meio do desejo e da vontade de fazer perdurar uma lembrança de algo que poderá não existir por muito tempo. Criam-se obras com ambientes ambíguos que demonstram a ligação afetiva do mundo interior com o mundo exterior. “Encontro”, também, reflete sobre a observação de um quotidiano deformado pela mente e o desejo de retardar o esquecimento.

A artista

Sofia Santos (2001, Lisboa). Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e está a tirar o mestrado de Museologia e Museografia na mesma universidade. A sua prática artística é focada em fotografia, pintura, gravura, cerâmica e tapeçaria. Participou em exposições na sua escola secundária e, desde 2022, em exposições coletivas como na Contextile, Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, em Guimarães e “No Começo da Estrada”, Museu de Tapeçaria Guy Fino, Portalegre.

A obra

De que forma poderemos entrar em contacto com entidades não-humanas através da tecnologia e quais as consequências desta relação? Morphic Attunement especula a escuta de um lugar através da sua geomorfologia, propondo uma remistura da paisagem sonora e visual através da monitorização de valores atribuídos em tempo real aos contornos de algumas pedras recolhidas em Castro de São Paio.

Os artistas

Teresa Castro
Artista multimédia e música sediada no Porto. Licenciada em Arte Multimédia pela FBAUL e atualmente mestranda em Arte e Tecnologia do Som na ESMAE. Na minha prática gosto de especular sobre formas alternativas de contactar com entidades não-humanas através do som e de outros processos como fotografia analógica, instalação, design gráfico e vídeo. Para além disto, sou compositora/multi-instrumentista e tenho feito várias colaborações desde 2014, frequentemente actuando sob o moniker Calcutá.
Dylan Silva
Estudou Multimedia na FBAUP. É co-fundador da “Senhora Presidenta”, galeria dedicada à pintura, ilustração, cerâmica, fotografia, publicação, livros. etc. As suas obras inspiram-se no corpo humano, nascidas da sua memória. Por vezes variam na sua essência entre contornos familiares ou evocações de pessoas anónimas. Como memórias do passado, as suas imagens revelam-se como fragmentos cuidadosamente colocados sobre papel/tela, transformando-se em pedaços não mais concretos, mas abstractos.
Miguel Loureiro
Miguel Magalhães Loureiro, artista visual e sonoro natural de Viseu. Desde 2015 que desenvolve projetos na área musical, tendo formado, em 2017, ”Color Ivy”, banda de indie rock. Atualmente Miguel explora a sua necessidade de expressão artística sobre o pseudónimo Phaser, ao trabalhar a simbiose artística entre a musica e o cinema. Em paralelo com a música continuou a desenvolver vários projetos na área da fotografia e do cinema.

A obra

Insect Bunkers (2022) é uma série formada por três artefactos rochosos e fragmentados que repousam no chão. Com um caráter aberto e especulativo, o conjunto ficciona a existência de estruturas desenhadas por humanos para proteger hipotéticos insetos de um fungo parasita. Além das noções de alteridade e coexistência entre espécies, evocam-se os tempos de instabilidade provocados pela peste e pela guerra no contexto das sociedades humanas, apelando ao arquétipo da casa como espaço de proteção.
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