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EXPOSIÇÃO
INSURGÊNCIAS

Esta exposição é um convite para pensar a forma como desafiamos e procuramos reconstruir o nosso entendimento do mundo. Em tempos de tensão e de transformação, a arte surge como um espaço de resistência, onde o inconformismo emerge de maneira explícita ou subtil. “Insurgências” mergulha nas raízes de várias interrogações e contestações das novas gerações de criadores, que tomam a forma ora de gritos ora de sussurros persistentes, e que ecoam tanto no coletivo como nos quotidianos mais íntimos.
Dividida em quatro áreas temáticas, esta mostra convida o público a percorrer um caminho onde se questionam as bases das construções sociais, se repensam os laços do quotidiano, se expõem os conflitos digitais e se redescobrem relações com a natureza.

 

CONSTRUÇÕES SOCIAIS

Elementos como as tradições, as convenções e os sistemas de poder moldam as nossas vidas e as nossas percepções. Um conjunto de obras expõem essas estruturas, muitas vezes invisíveis, ocultas ou profundamente enraizadas, revelando a sua relação com o poder, a identidade e as lutas coletivas. Aqui, a arte atua como um espelho e uma chave, refletindo os mecanismos que sustentam as normas e os rituais sociais, ao mesmo tempo que sugere novas narrativas e formas de ver o mundo.

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ILUSTRAÇÃO
MARIANA SOU
PÃO, PAZ E TRABALHO

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ILUSTRAÇÃO
MARIA LUÍS SOARES RESENDE
CHAMADA GERAL

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ILUSTRAÇÃO
MARIA LUÍS SOARES RESENDE E RITA CAMPOS DE CARVALHO CORTESÃO MONTEIRO
MÃO EM MÃO

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ILUSTRAÇÃO
BRUNO DE ALMEIDA
PROTESTO

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ILUSTRAÇÃO
DIOVO
AFTER ALL, COMPUTERS CRASH, PEOPLE DIE, RELATIONSHIPS FALL APART. THE BEST WE CAN DO IS BREATHE AND REBOOT.

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
RUBENS
CADÊNCIA DE CAUSAS

A OBRA

“Pão, Paz e Trabalho” retrata a história de Catarina Eufémia, ceifeira de Baleizão cuja vida foi colhida cedo demais pelas forças policiais do Estado Novo. 70 anos após o seu assassinato, no mesmo ano que se celebram os 50 anos da Revolução dos Cravos, a exposição exalta a coragem de Catarina como uma semente de Abril: a forma como a voz da camponesa transcende o Alentejo, representando uma vontade coletiva de revolta contra o regime e a luta pelos direitos dos trabalhadores e das mulheres.

A ARTISTA

Mariana Sou (Mariana Neves) é uma ilustradora e designer oriunda de Leiria, Portugal. Licenciada em Design de Comunicação pela FBAUP (2019), especializada em Ilustração pela mesma instituição (2020), concluiu o Mestrado em Comunicação Visual pela Konstfack, Estocolmo, Suécia (2024), com foco especial em banda desenhada e ilustração. Com trabalhos publicados, tem participado em diversas feiras de ilustração, exposições e festivais.

A OBRA

CHAMADA GERAL é um livro-objeto que dá forma ao poema de Mário-Henrique Leiria, evocando a opressão do regime salazarista e a luta contra a ditadura. Marca o cinquentenário do 25 de Abril e presta homenagem aos resistentes assassinados, como Alfredo Diniz (Alex), morto pela PIDE aos 28 anos. Com ilustrações inspiradas em arquivos históricos e em obras de Rogério Ribeiro e José Dias Coelho, o livro questiona a brutalidade policial e seu crescimento exponencial nos dias de hoje.

A ARTISTA

Lucas é uma artista multidisciplinar formada entre Belas Artes e Filosofia, com experiência em stop motion, performance, new media e artes gráficas. Licenciou-se em Estudos Gerais pela FBAUL e FLUL, com passagem pela École Supérieure d’Arts Paris-Cergy. Em 2022, realizou a sua primeira curta animada, “Regresso”. Hoje, estuda Design Gráfico na ESAD.CR, onde trabalha com ilustração e artes gráficas, além de integrar o coletivo OSSO.

A OBRA

Mão em Mão é uma reflexão sobre o impacto do afeto nas esferas pessoal, social, política e humanitária. Escrito por Rita Cortezão e ilustrado por Lucas (Maria Luís Resende), o livro propõe que o afeto, assim como o próprio livro, seja passado de mão em mão. Explora o amor global, o afeto social em lutas por justiça, o cuidado na intimidade e o amor-próprio. Serigrafado em tiragem limitada, destaca o afeto como uma força revolucionária para um futuro mais justo e humano.

AS ARTISTAS

Maria Luís Soares Resende
Lucas é uma artista multidisciplinar formada entre Belas Artes e Filosofia, com experiência em stop motion, performance, new media e artes gráficas. Licenciou-se em Estudos Gerais pela FBAUL e FLUL, com passagem pela École Supérieure d’Arts Paris-Cergy. Em 2022, realizou a sua primeira curta animada, “Regresso”. Hoje, estuda Design Gráfico na ESAD.CR, onde trabalha com ilustração e artes gráficas, além de integrar o coletivo OSSO.
Rita Campos de Carvalho Cortesão Monteiro
Rita Monteiro (23 anos, Lisboa) é uma artista multidisciplinar cujo interesse pela escrita despertou desde muito cedo. Licenciou-se em Estudos Gerais na Faculdade de Letras de Lisboa, tirou uma Pós-Graduação em Artes da Escrita na FCSH e está, neste momento, a fazer um mestrado em Estética e Estudos Artísticos, também na FCSH.

A OBRA

“Protesto” reflete a luta pela democracia e a resistência popular, inspirada no espírito revolucionário do 25 de Abril. Com linguagem lúdica e surrealista, aborda temas como liberdade, justiça social e diversidade. Elementos como o cravo, símbolo da Revolução dos Cravos, homenageiam a democracia portuguesa. A obra convida à reflexão sobre direitos e inclusão, dialogando com o público de diferentes idades sobre a importância da participação cívica e dos direitos humanos.

O ARTISTA

Bruno de Almeida (Muzambinho, Brasil,1995) utiliza o desenho para se relacionar com o mundo ao redor. Licenciado em Design de Moda e com Mestrado em Design de Produto pelas Belas Artes do Porto, onde reside desde 2021, tem o seu trabalho em trânsito entre a América Latina, Europa e Ásia. Através de formas exageradas, dinâmicas e expressivas, abre discursos sobre política, identidade e território.

A OBRA

Inserido no projeto “BFF: Ships Navigating”, este recibo mostra um monólogo descritivo sobre o processo de chegar à idade (quase) adulta, navegar entre relacionamentos (mais ou menos amistosos) e analisar prioridades. Perceber que na solidão as pessoas importantes revelam-se e permanecem, grupos viram solos, e a solo ganhamos novas perspectivas. Mesmo que o mundo como o conhecemos desabe, há sempre possibilidade de renovação ao lado de quem não desabe com o mundo.

O ARTISTA

Diogo Sousa (Diovo) nasceu em 2001 numa pequena vila dos subúrbios do Porto. Em 2023 conclui uma licenciatura em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes do Porto (FBAUP) e desde então, exerce a sua prática artística no limbo entre o design gráfico e a ilustração. Desde 2021, expõe regularmente como ilustrador em exposições coletivas e a solo. É designer gráfico no atelier R2 Design desde 2023.

 

A OBRA

“Cadência de Causas” é mais que uma instalação; é uma experiência viva que evolui e se transforma, refletindo a complexidade das ações humanas e o impacto contínuo que cada movimento gera no mundo ao nosso redor. A obra nos faz entender que nossas pequenas ações têm um impacto maior do que muitas vezes percebemos.

 

OS ARTISTAS

Rubens (1999), natural de São Vicente, Cabo Verde, é um artista multidisciplinar e estudante de Audiovisuais e Multimédia na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Com uma abordagem crítica e inovadora, Rubens explora o cruzamento entre arte e tecnologia, desenvolvendo projetos que buscam novos significados e possibilidades nas mais diversas expressões artísticas. Sua prática abrange múltiplas áreas, sempre se desafiando e expandindo os limites do que pode ser criado.

 

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ARTE TÊXTIL
CAMILA ALMEIDA
TRÊS CAMINHOS

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ARTE TÊXTIL
BEATRIZ Y RICH
FINALE

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ARTE TÊXTIL
MARGARIDA BARRIGA CARRUSCA
DEIXARAM TUDO

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ESCULTURA
AMADEU
NADA DIÁRIO

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FOTOGRAFIA
PEDRO BORGES
POVO, PÓLVORA, CANHÃO

 

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PINTURA
ANDRÉ MARTINS RABAÇO
BRINDE!

A OBRA

A obra “três caminhos” de Camila Almeida convida à autorreflexão ao comparar o mundo subterrâneo das formigas com a vida e o processo artístico. A artista sugere que os artistas, como formigas, trabalham juntos para sustentar a “formiga-rainha” – alegoria para a própria arte. Sem artistas, não há arte, assim como sem formigas não há formigueiro. A peça reflete sobre a interdependência entre criador e criação, destacando o esforço coletivo essencial para a existência e continuidade da arte.

 

A ARTISTA

Camila Almeida (Sintra, 2001) é uma artista visual licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Participou em exposições em Portugal, Espanha e Grécia. O seu trabalho cruza pintura, instalação e performance, explorando a interseção entre a natureza e a arte contemporânea. A cor verde nas suas obras simboliza a relação com o campo e a natureza, refletindo questões de sustentabilidade e organização natural.

 

A OBRA

Esta obra é resultado de um processo de um ano que acompanhou a exploração da tapeçaria. Começou com bastantes cores e acabou por ser uma imensidão de vermelho, que se traduz no poder que a ansiedade de um pensamento pode ter sobre nós. Criar esta peça foi um momento de crescimento e introspecção, retratados através de várias camadas de experimentação, que acabam em clareza com a realização da mesma.

 

A ARTISTA

Beatriz Brito (Lisboa, 2003) iniciou o seu percurso têxtil na Escola Artística António Arroio e está a concluir a licenciatura em Artes Visuais e Tecnologias, com passagem pela Aristotle University, em Salónica, Grécia. O seu trabalho explora a desconstrução da tapeçaria tradicional, procurando todas as suas potencialidades, incorporando materiais e técnicas não convencionais. Num aspecto conceptual, as obras traduzem-se numa espécie de diário de vivências e reflexões.

 

A OBRA

“Deixaram tudo e seguiram-No” (Lc. 5, 1-11). Esta passagem fala sobre fragilidade e sobre ir em busca do outro. O pensamento sobre a minha religião e a minha fé como um momento reflexivo do que se passa à minha volta, dentro de mim e também na sociedade. O quão translúcidos somos, a simbologia das redes de pesca que pescam homens, que se une a algo delicado, frágil e puro como a fé e a esperança. Refletir sobre nós, sobre o mundo, ter a percepção das nossas fragilidades, dos outros e do mundo.

A ARTISTA

Sou a Margarida Carrusca, artista e mestre em Criação Artística Contemporânea, natural de Tavira. Apaixonada por Artes, acredito que estas podem transcender barreiras, transmitir emoções e desafiar perspetivas. O meu trabalho artístico reflete sobre a importância das ligações com a minha terra. Adoro criar momentos, proporcionar experiências de consciência ao expetador sobre tradições, costumes e todas as heranças culturais que devem ser passadas de geração a geração.

A OBRA

O projeto “nada diário” surge de um período de incertezas e recomeços criativos transpostos em matéria. Para isso, recolhi todos os dias materiais que já me haviam pertencido e sido úteis, mas que naquele momento iriam ser descartados, assim como as ideias. Depois de transformados, moldei-os em esferas, aquilo que acreditei ser a forma perfeita – nunca alcançada. Num momento final, organizei-as seguindo a cronologia de aparição e sobrepu-las sobre o que assumi ser a figuração da arte – o café.

 

O ARTISTA

Amadeu nasce na Guarda, em 2002. Conclui o ensino secundário na Escola Secundária de Pinhel no curso científico humanístico de Artes Visuais. Atualmente, frequenta a licenciatura de Artes Plásticas na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Na sua prática artística interessa-se pela individualidade e transformações de matérias que pertencem e caraterizam o seu meio ou alguma coisa ou outras tantas outras coisas.

 

A OBRA

A política também se vê de perto; num lugar de proximidade, exige-se afastamento. A política dentro de quatro paredes é diferente da que se faz na rua e os retratos distanciam-se também. O que move a conversa de uns não ergue os cartazes de outros.

 

O ARTISTA

Natural de Barcelos, cresci numa família de artesãos e estudei Ciências da Comunicação na Universidade do Porto. Fiz estágio no JornalismoPortoNet e na Rádio Observador e atuei em várias áreas, incluindo edição de conteúdo, organização de eventos e animação turística. Frequentei o mestrado em Comunicação, Culturas e Tecnologias da Informação, mas não o concluí. Atualmente, sou responsável pela comunicação no Conselho Nacional de Juventude, com experiência em freelancing.

 

A OBRA

Brindo à refeição constante e à crítica subversiva! Através da obra apresentada, transmito o ato de comer como algo fundamental, não apenas em questões de saúde, mas, também, em termos de sobrevivência na sociedade. Porém, também revelo uma certa rebeldia a tal ato. Mastiga-se comida, nunca pessoas.

O ARTISTA

Desde criança que me interesso pelas artes. Inicialmente revelou-se na forma de rabiscos em papel frágil, porém, agora, traduz-se nas mais variadas linguagens. A minha criação artística interpola-se diretamente com a escrita. A prosa e a poesia ajudam-me a trazer a certeza que muitas vezes procuro no colorir e no traçar. Estou a tirar Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, no entanto, as minhas origens remetem-se ao Alentejo, a Ponte de Sor.

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ARTE TÊXTIL
MARIANA B. DIAS
NÃO ESQUECER

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ARTE TÊXTIL
MARGARIDA BARRIGA CARRUSCA
COMO ERA ANTIGAMENTE

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ILUSTRAÇÃO
SANCHA
LIÇÃO DE SAL E ZAR: PARA UMA REVOLUÇÃO NA EDUCAÇÃO

A OBRA

As palavras e a memória caem no esquecimento, mas a permanência do material é inescapável. Por cada mulher com quem cresci, com quem aprendi, que amo, amei e vi partir, mantém-se tudo o que ela sabia, o que ela fez e deixou, ainda que tudo o resto se perca. Registam-se neste livro de artista seis mulheres, seis vidas. cinco que conheci, uma que nunca terei memória. três que já partiram, duas que permanecem. Mães, filhas, avós, mulheres, pessoas. E no fim eu, o último instante do fio condutor.

 

A ARTISTA

Lisboa, 2001. Concluiu a Licenciatura em Pintura pela FBAUL, onde frequenta atualmente o Mestrado de Crítica e Curadoria da Arte. Com uma prática artística multidisciplinar, estende-se entre a pintura, as artes têxteis e a gravura, centrando-se na noção de natureza-morta e a memória, e a relação do mundo material com a cor. Exposições coletivas incluem: 22/09/22, SNBA (2024), a gincana do fim do mundo, 94th dream (2024), RED YELLOW BLUE, Doca da Marinha e FBAUL (2021).

 

A OBRA

Esta obra tem o objetivo de transmitir o poder feminino, através de duas técnicas que se conectam a um território e a uma história de “como era antigamente”. A minha terra é rica em costumes, heranças culturais e histórias intemporais. Esta obra é fruto de um estudo e de uma pesquisa intensiva sobre o papel da mulher, que levantou várias questões sobre essa temática. Será que algo está a mudar verdadeiramente?

 

A ARTISTA

Sou a Margarida Carrusca, artista e mestre em Criação Artística Contemporânea, natural de Tavira. Apaixonada por Artes, acredito que estas podem transcender barreiras, transmitir emoções e desafiar perspetivas. O meu trabalho artístico reflete sobre a importância das ligações com a minha terra. Adoro criar momentos, proporcionar experiências de consciência ao expetador sobre tradições, costumes e todas as heranças culturais que devem ser passadas de geração a geração.

 

A OBRA

“A Lição de Sal e Zar: Para uma revolução na educação” é um projeto editorial ilustrado que consiste numa coletânea de zines didácticas que ensinam crianças sobre assuntos que o sistema de educação Português ignora, com uma visão anti-fascista, anti-racista, transfeminista e queer. Neste primeiro fascículo, faz-se uma introdução à noção de género, não binariedade e intersexualidade, de forma a auxiliar o longo processo de desmistificação de identidade pessoal.

 

ARTISTA

Sancha é artista e designer não-binarie. Explora os temas de género, sexualidade e corpo dentro dos meios da Ilustração, Design de Comunicação e Pintura, com um foco em projetos educacionais e com uma vertente de ativismo e luta. Licenciade em Design Gráfico pela Escola Superior Artes e Design das Caldas da Rainha em 2023, está atualmente ingressado num mestrado em Painting and Digital Art na Accademia di Belle Arti Aldo Galli em Como, Itália.

 

QUOTIDIANO E RELAÇÕES

Exploramos as subtilezas da vida comum, onde a intimidade e a distância se entrelaçam. As obras artísticas revelam a delicadeza e o peso dos vínculos que nos ligam aos outros e até a nós próprios. São retratos de encontros e desencontros, dos enredos invisíveis que compõem o dia-a-dia, mostrando como as relações quotidianas são simultaneamente o refúgio e o palco de uma resistência silenciosa.

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PINTURA
LEONOR GUERREIRO QUEIROZ
HIDING VENUS (AFTER GIORGIONE, TICIANO AND MANET)

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PINTURA
IDA PIRES
MARIA

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FOTOGRAFIA
CLARA SPRUNG
EU TOMO CONTA DELA, ELA NÃO TOMA CONTA DE MIM

 

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PINTURA
MARIANA MÁRTIRES
SÃO 18:30

 

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PINTURA
MIGUEL SERAFIM DA SILVA
SILENT HUNGER

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PINTURA
ÍRIS NEVES TAVARES
2735

 

A OBRA

O corpo (feminino): objeto de desejo e desprezo, a origem do bem e do mal. Aquilo que é escondido ou revelado, intensifica o erotismo e a intimidade com o espectador, através da reinterpretação de imagens presentes no imaginário ocidental, incentivado pela História da Arte. Entre a beleza e o bizarro, a ambiguidade do olhar não sabe concluir se o objeto representado está em sofrimento ou prazer. Estabelece-se uma relação indistinguível do profano e do sagrado, criando uma “experiência-limite”.

 

A ARTISTA

Leonor Guerreiro Queiroz (Porto, 1999) é artista plástica e mestranda em Artes Plásticas na ESAD.CR. Formada em música clássica pelo Conservatório do Porto e em Pintura pela FBAUP, tem participado em concursos e exposições, na companhia de artistas estabelecidos. Trabalha como professora na Escola DTK (Noruega) e com a artista Paulina Olowska, tendo desenvolvido publicações em revistas de arte e teatro. Na área da escrita curatorial, colabora com vários artistas e galerias nacionais.

 

A OBRA

“Maria”, 2024, nasce do desejo de traduzir em obra um tempo de que não detenho memória, fora da minha altura. Pretendo reservar uma história que em poucas fotografias resta, para não desvanecer por completo.
Aparece a imagem duma senhora meio curvada, que aparenta estar nas suas tarefas diárias, e “cresce” uma pequena nuvem que se aproxima do céu e da fantasia. O pano está meio dobrado, acabou de sair da gaveta e quer ser mostrado. Há mais histórias por contar.

 

O ARTISTA

O meu nome é Ida Pires, natural de Almada e licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2024). Entre 2023 e 2024 fiz o programa Erasmus na Akademie der Bildenden Künste, Munique, Alemanha. Desde 2018, participo em diversas exposições coletivas e uma individual, com especial destaque para “Runaway”, exposição coletiva, Akademie Galerie, Munique, Alemanha (2024) e “As árvores olham por nós” na Galeria Municipal de Corroios (2023).

 

A OBRA

A cozinha — espaço funcional histórica e intrínsecamente ligado à mulher. Em 1926, Margarete Schütte- Lihotzky projetou a cozinha Frankfurt para revolucionar o trabalho doméstico com maior eficiência. No entanto, eficiência não significa a libertação da mulher para que seja algo mais do que apenas esposa, cozinheira e mãe. O projeto fotográfico “Eu tomo conta dela, ela não toma conta de mim” explora como mulheres contemporâneas manifestam a sua libertação da cozinha, adaptando-a às suas necessidades.

A ARTISTA

Clara Sprung nasceu em Londres e cresceu entre Londres e Lisboa, uma dualidade que molda quem procura ser. Com passagem pela Escola António Arroio, Hot Clube de Jazz e a estudar Arquitetura no Porto, une música, audiovisuais, fotografia e arquitetura como meios de expressão. Convergir essas áreas define uma forma multidisciplinar de expressão. Em 2023, o projeto fotográfico “Visual Story: (Re)Inhabiting the Collective Space” foi selecionado pela Open House Europe para a Trienal de Arquitetura

A OBRA

Na obra “São 18:30” refleti sobre o desejo condicional pelo amor positivo e pela previsibilidade, em simultâneo com o desejo e sufoco da intimidade. Centrando na interpretação das relações românticas contemporâneas, procurei desfiar a ligação profunda (física e emocional) entre o “eu” e o “outro”, presente neste tipo de relação; em busca do “outro” como ele é, para lá de qualquer conceção, expetativa ou projeção do “eu” – amor ou paixão, que atraem, fascinam e (por vezes) iludem.

 

A ARTISTA

Chamo-me Mariana, tenho 23 anos e sou artista visual a começar a carreira profissional. O meu corpo de trabalho desenvolve-se, essencialmente, nas áreas do desenho e da pintura, mas procuro também abordar outras como a escrita, a instalação e o bordado. Temáticas como a vida quotidiana na cidade (desde assuntos e objetos banais a situações monótonas ou de melancolia), dinâmicas e relações humanas, e os impactos da saúde mental, são os focos de desenvolvimento e exploração do meu trabalho.

A OBRA

Uma morte silenciosa acontece quando não nutrimos o corpo e alma com o que nos move. Deixar morrer o que nos define é a melhor definição da morte.

O ARTISTA

Miguel Serafim da Slva, aka, Dassilva, nasce em Lisboa no ano de 2003.
Apresenta-se como um artista multidisciplinar que procura trabalhar e desenvolver a sua palavra através de diferentes mecanismos de forma a implementar valor interpretativo nas suas obras. Tem murais pintados por Lisboa e participou em várias exposições (solo e coletivas) em Portugal e Espanha. Atualmente encontra-se a finalizar o último ano do curso de Pintura na Faculdade de Belas Artes em Lisboa.

 

A OBRA

Toda a gente sai de casa às mesmas horas, para picar o ponto em uníssono, dia após dia. Transportes atolados a ir e a voltar, a vida no subúrbio é assim, sempre. A linguagem explorada em “2735” aborda a perpetuação destas rotinas e de que modo a artista, como individual, inserida neste espaço coletivo, consegue viver com elas e através delas. A vida suburbana.

A ARTISTA

Íris Neves Tavares, 2003, artista plástica, do Cacém.
Desde cedo que pensava ser artista plástica, passando pela Escola Artística António Arroio e pela Escola Superior de Artes e Design, nas Caldas da Rainha, onde é recém-licenciada em Artes Plásticas.
O seu trabalho alimenta-se da sua própria identidade, fazendo parte dela as pessoas que a rodeiam, os espaços suburbanos que sempre habitou e a sua própria presença e existência no mundo.

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ILUSTRAÇÃO
BEATRIZ BRAJAL
FOI UM PASSARINHO

 

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FOTOGRAFIA
VÍTOR ALVES SILVA
OS ASTROS, OS PLANETAS, AS ESTRELAS, CONCLUSÃO, ADIVINHA

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FOTOGRAFIA
PATRÍCIA VERME
ONDE HABITA A MEMÓRIA

 

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ESCULTURA
REGINA SILVA
UMA TENTATIVA FALHADA DE MATAR UM MOSQUITO

 

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ESCULTURA
PEDRO DIONÍSIO
IMPRESSION CONSTRUCTION

 

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ESCULTURA
MARYAM SHIMIZU
CONVERSA

A OBRA

“Foi Um Passarinho” reúne 36 desenhos de transeuntes do Jardim da Parada, em Campo de Ourique. Sós, acompanhados, de passagem, despenteados, expectantes, distraídos, encasacados, alienados – em comum estas personagens têm duas coisas, a sombra de árvores centenárias e uma mirone que os desenha. É um convite a meter o nariz onde não somos chamados e esmiuçar as singularidades de cada um. O trabalho imortaliza este local histórico, ameaçado pela futura construção de uma estação de metro.

 

A ARTISTA

Beatriz Brajal, de 21 anos, é ilustradora, cartoonista e animadora. Estuda Ilustração e Banda Desenhada no Ar.Co. A sua primeira curta de animação, Perto Ou Longe, estreou no festival IndieLisboa 2023. A sua banda desenhada é sobretudo autobiográfica e explora temas íntimos e quotidianos, por vezes enquadrando a personagem Sr. Solha, o seu amigo imaginário. Recentemente expôs a banda desenhada Solilóquio na exposição de verão do Ar.Co de 2024.

 

A OBRA

A obra reflete a transformação da vila de São Pedro da Cova, uma antiga aldeia mineira do Porto, captando a sua transição de uma agitada comunidade de migrantes para uma paisagem marcada pelo abandono e pela decadência após o encerramento das minas. O ênfase é colocado no passado pessoal das famílias descendentes dos mineiros, que hoje habitam a terra e representam a maior parte da sua população, e na forma como as alterações que a paisagem sofreu impactaram a memória coletiva deste passado.

O ARTISTA

Vítor Alves Silva é um artista visual, curador e investigador do Porto, licenciado em Fotografia pela ESMAD- IPP e mestrando em Estudos Comparatistas pela FLUP-UP. O seu trabalho artístico foca-se na politização do território e na relação entre espaço e memória, com particular ênfase na metamorfose paisagística das áreas periurbanas. É um dos fundadores do núcleo de fotografia “CÍRCULO” e escreve ativamente sobre intermedialidades.

A OBRA

O projeto apresentado trata-se de uma parte integrante do processo de realização da curta-metragem documental “Onde Habita a Memória” (2022). Este ensaio aborda a relação entre a memória e o lugar, em paridade com uma obra de Teixeira de Pascoaes – “Livro de Memórias” (1927) – e a cidade de Amarante. A narrativa equilibra as memórias do poeta com as de três habitantes da cidade, destacando a relevância do lugar como elemento comum que os une: não se cruzam no tempo, mas sim no espaço.

 

A ARTISTA

Patrícia Azevedo, sob o pseudónimo Patrícia Verme, é licenciada em Arte e Design pelo Instituto Politécnico de Bragança e mestre em Comunicação Audiovisual pelo Instituto Politécnico do Porto, onde produziu a curta-metragem documental “Onde Habita a Memória”. Fotógrafa e videógrafa freelancer, foca-se na fotografia analógica e no vídeo desde 2019, enquanto realiza projetos em ilustração e design gráfico, mantendo uma abordagem multidisciplinar.

 

A OBRA

“Uma tentativa falhada de matar um mosquito” materializa, essencialmente, o momento exato em que um mata-moscas entra em contacto com a parede, falhando por completo o seu alvo. O mosquito, ileso, olha para o objeto que o tentou golpear com uma grande satisfação e arrogância. Esta obra é nada mais do que a reprodução de um “quase” – o que poderia ter sido e não foi.

 

A ARTISTA

Regina Silva é uma artista visual que vive e trabalha entre a Madeira e Lisboa. O seu trabalho plástico explora as questões do absurdo e do inútil, exercendo atitudes que negam a razão e o razoável. Através de uma prática multidisciplinar, como a pintura, a escultura, a tapeçaria e a instalação, a sua obra dá importância ao que é aparentemente insignificante, num exercício diarístico que recolhe momentos que ponderam e reivindicam o nulo e o irrisório.

 

A OBRA

“Quatorze m² par habitant, c’est magnifique!”, Le Corbusier, 1935
A Ville Radieuse, apesar de ser uma cidade modelo que terá revolucionado a arquitetura no século XX, nunca deve ser esquecida pelos ideais utópicos e autoritários de Le Corbusier. Esta obra serve como crítica ao modelo no qual o desenho da cidade surge como uma estampa impressa repetitivamente, rejeitando o natural desenvolvimento progressivo a que uma cidade deve atender.

 

O ARTISTA

Licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, foco-me em temas ligados à arquitetura e à exploração de materiais associados à construção, através de relações estabelecidas entre eles. A exploração destas temáticas deve-se ao interesse que desde cedo desenvolvi pelas áreas da arquitetura e construção.

 

A OBRA

Um jogo de vai e vem, um diálogo entre dois lados que se tentam entender, infinitas oportunidades até se acabarem as bolas, as tentativas e a energia dentro e fora das raquetes. As coisas caem. Desse balanço, não há volta, apenas o que está no chão: sobras, restos, migalhas, passado, material de terapia, fugas, excedente que também são construções e lembranças.

 

A ARTISTA

Natural de São Paulo, Brasil, mas reside e trabalha atualmente em Lisboa, Portugal. É licenciada em Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e sua prática tem se dedicado ao descobrir de relações com pessoas, lugares e ideias, podendo se apresentar em mídias como pintura, instalação, banda desenhada, entre outras. A procura por aquilo que conecta dois pontos, as linhas de conexão, a partilha e o equilíbrio e desequilíbrio são tópicos constantes em sua narrativa.

 

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ESCULTURA
MARIA PALMA
SÓ MAIS UM BOCADINHO

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ESCULTURA
ANA CAROLINA ESTEVES
CUIDO DO QUE AINDA SOU

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ARTE TÊXTIL
MARGARIDA BOLSA
SEM TÍTULO

 

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ARTE TÊXTIL
CAROLINA BATALHA
ASSIM TENHO QUE ME LEVANTAR

 

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
SOFIA TAIPA
EVANESCENCE

A OBRA

Uma série de corpos em diferentes estados de repouso, de recuperação. Aparentam ser cuidados, de forma bastante precária. Ao mesmo tempo, parece que alguns já terão iniciado o seu processo de saída. Que tempos precisamos para recuperarmos? Quem nos tira de lá? Quem nos dá a mão?

 

A ARTISTA

Maria Palma (Beja, 1997), artista multidisciplinar, vive e trabalha no Porto. Tem como interesse as relações entre o corpo, a sua espacialidade e experiência vivencial, intervindo maioritariamente no âmbito da escultura e performance. Tem participado em diversas exposições coletivas em instituições como o Centro de Arte Contemporânea de Meymac (França, 2022) e a Bienal Contextile ‘24 em Guimarães.

 

A OBRA

“Cuido do que ainda sou” traduz a lembrança de um quotidiano e procura transpor essa mesma experiência para um contexto escultórico. As folhas de porcelana eternizam o passado, estabelecendo uma analogia com o arquivo como uma construção da identidade e da memória pessoal. Num gesto espontâneo de dobrar, desdobrar e voltar a dobrar, cada folha revelará a temporalidade e a natureza de cada momento vivenciado.

 

A ARTISTA

Ana Carolina Esteves (Porto, 2001) é licenciada em Artes Plásticas – Escultura pela Faculdade de Belas Artes do Porto e frequenta, atualmente, o Mestrado em Estudos Curatoriais na Universidade de Coimbra. A sua prática artística revela uma constante procura da essência das matérias, a relação das mesmas com o espaço e com o corpo. Assim, recolhe-se na escultura para expressar a plasticidade da memória e estabelecer um encontro constante entre arquivo, quotidiano, tempo e documento.

 

A OBRA

Esta obra sem título faz parte de um projeto, também ele sem título, que nasceu de uma necessidade pessoal de entender e retratar visualmente as questões de proximidade e ligação na distância, entre dois corpos, dois pontos. Aqui, estes corpos, circundados pelas suas próprias barreiras e afastados pelos seus universos distintos, partilham este Toque, que se faz sentir pela pequena linha que deles sai em direção um ao outro. Uma linha “in-traçável”, apenas ligada pelo próprio plano do tecido.

 

A ARTISTA

Lisboa, 2000. Licenciada em Pintura na FBAUL, fez ERASMUS na Bauhaus-Universität Weimar, Alemanha. Inicia o mestrado de Pintura também na FBAUL. Participou em 17 exposições coletivas e em 2024 teve a sua 1a exposição individual na Abreu Advogados. Integrou 3 revistas, e recebeu 3 prémios. Destacam-se o PRÉMIO ARTE JOVEM, Fundação Millennium BCP e o 2o Prémio de Fotografia de Sintra, MU.SA. O seu trabalho integra ainda a coleção privada de João Luís Traça e a coleção de Múltiplos Carpe Diem.

 

A OBRA

Esta obra foi concebida durante uma residência artística na Burel Factory, a convite da Lãnd (Wool Innovation Week). O foco esteve na utilização do desperdício da fábrica e na valorização da lã como fibra natural nacional. A obra reflete sobre o ato de pentear, destacando a intimidade que essa ação cria e o poder transformador do cuidado (tanto o nosso, como da própria lã), uma lembrança de um gesto que frequentemente esquecemos. Convida-se o público a percorrer as tranças e a senti-las.

 

A ARTISTA

Carolina utiliza a trama física e metafórica como um meio para dar forma ao caos aparente do mundo, seja através de tecido, cadernos ou toalhas. Estes materiais não são apenas meios de expressão, mas também ferramentas para medir o tempo, organizar narrativas e criar espaços emocionais. A essência do seu trabalho reside na interseção entre o material e o imaginário, revelando novas perspectivas sobre a vida comum. Casas, lugares e ambientes são reconstruídos na sua obra, imbuída de intimidade.

 

A OBRA

Evanescence é uma escultura interativa que desafia os limites da individualidade. Através da captação dos rostos dos visitantes, e da sua fusão num cilindro de barro, a obra desconstrói as fronteiras entre os indivíduos, propondo uma nova forma de identidade coletiva. A obra convida o espectador à reflexão sobre o que acontece quando nos libertamos das normas sociais que definem a individualidade, explorando o renascimento de um novo corpo, uma face coletiva.

 

A ARTISTA

Sofia Taipa é uma artista multidisciplinar com uma formação dupla em Belas-Artes e Ciências Computacionais. O trabalho de Sofia questiona o papel da tecnologia na arte contemporânea, bem como a sua interseção com a materialidade. A sua prática é motivada pela curiosidade sobre a natureza da perceção, assim como temas de identidade coletiva, processos de individuação e experiências sensoriais, procurando descobrir como estes conceitos se manifestam tanto no domínio físico, como no digital.

CONFLITOS DIGITAIS

Navegamos pelas fronteiras do real e do virtual, um espaço onde a tecnologia se torna uma extensão, mas, também, uma distorção da realidade. Aqui expomos as tensões subjacentes ao universo digital, revelando as fricções que emergem do nosso confronto com a hiperconectividade. É um convite a refletir sobre o impacto da presença virtual nos corpos, nas relações e nas memórias.

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
RAFAELA LIMA
THE PILOT DEPENDS ON YOU

 

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
SOFIA TAIPA
SUI GENERIS

 

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FOTOGRAFIA
JOANA DUARTE
A PICTURE IS WORTH A THOUSAND LIES

 

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FOTOGRAFIA
LUÍSA TORMENTA
SUPRA-MEMENTO

 

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ARTE TÊXTIL
RITA CASTANHEIRA
DUAL SIGNAL

 

 

A OBRA

“The pilot depends on you” é um exercício de conclusão de uma viagem. Toma um detalhe encontrado numa fotografia de arquivo como ponto de partida. A fotografia mostra-nos um letreiro num antigo hangar de treino militar norte-americano: The pilot depends on you. Quase como se as crenças depositadas nestas máquinas voadoras pudessem ser atendidas através de mensagens de esperança. Este apelo quase poético, tanto quanto se pode imaginar, desencadeou a produção da instalação em concurso.

A ARTISTA

Rafaela Lima (Oliveira de Azeméis, 1999). Artista plástica, vive e trabalha no Porto. Mestre em Artes Plásticas – Intermédia pela FBAUP (2023), expõe coletivamente desde 2019. Participou, entre outras exposições, em “Instructions for an imagined landing” (Fisga Warehouse, Porto, 2024), “Além-mundo pleno de mundos” (INSTITUTO, Porto, 2024) e “Eu vi o Brilho” (O Bueiro, Porto, 2023). Encontra-se, atualmente, entre os artistas selecionados do Prémio Arte Jovem 2024 da Fundação Millennium BCP.

A OBRA

Sui generis trata-se de um dicionário “personalizado” onde cada palavra é seguida por uma classificação numérica, em vez de uma definição ou significado. Esta classificação de 0 a 100, feita por um modelo de Machine Learning, é uma previsão (ou não) de quanto a artista gosta dessa palavra. Sui generis investiga a forma como estes modelos homogeneízam os nossos dados, reduzindo os indíviduos a meras correlações. Como é que a nossa identidade é perdida no coletivo homogéneo construído pelo modelo?

A ARTISTA

Sofia Taipa é uma artista multidisciplinar com uma formação dupla em Belas-Artes e Ciências Computacionais. O trabalho de Sofia questiona o papel da tecnologia na arte contemporânea, bem como a sua interseção com a materialidade. A sua prática é motivada pela curiosidade sobre a natureza da perceção, assim como temas de identidade coletiva, processos de individuação e experiências sensoriais, procurando descobrir como estes conceitos se manifestam tanto no domínio físico, como no digital.

A OBRA

Ao confrontar-me com a ausência de memórias de infância, percebi que qualquer resquício de memória era apenas uma projeção criada por estas imagens que me rodeavam. Este projeto apresenta o processo de apagamento destas imagens. Ao apagá-las, apago uma mentira – uma infância aparentemente feliz, numa família perfeita. Os originais são apagados numa tentativa de reaver o poder narrativo e identitário perpetuado pelo álbum fotográfico, um objeto falacioso.

 

A ARTISTA

Licenciada em Pintura pela FBAUL. Expõe ativamente desde 2013, destacando-se: “FARRA“, Elvas, 2024; “Novas Imagens do Passado” – Galeria do Palácio da Quinta da Piedade, 2024; “Prémio Arte Jovem 2023” – Associação Carpe Diem; “Bienal de Fotografia”, Vila Franca de Xira, 2022; “Reserva para o Futuro” –SNBA, 2022. Foi vencedora do Prémio Arte Jovem Fundação Millennium bcp 2023. Integra a a coleção “Múltiplos” (Carpe Diem Arte e Pesquisa), Coleção Córtex Frontal e Coleção Marin Gaspar.

 

A OBRA

Supra-Memento especula sobre a preservação da vida humana nos espaços digitais e como os corpos se podem transformar em reflexos desmaterializados, resistindo à decadência das realidades tangíveis. A obra, em forma de instalação vídeo, cria um ambiente meditativo que envolve fisicamente os espectadores. Através de exames fotogramétricos, registei a tridimensionalidade dos corpos à minha volta, imortalizando a efemeridade das memórias humanas.

 

A ARTISTA

Luísa Tormenta (Porto, 1996) é artista visual a trabalhar entre a fotografia, imagem digital e design gráfico. O seu corpo de trabalho procura os limites das relações interpessoais através de ambientes digitais, em busca de rasgos de espiritualidade ou de divino em experiências de relação fora do mundo tangível. O seu trabalho relaciona-se com o espaço expositivo e com o observador através instalações visuais em movimento de grande escala.

 

A OBRA

A obra “Dual Signal” é um díptico que dá corpo à procura de conexão, seja à rede ou humana. Ambas as peças têm origem em esboços que exploram e desconstroem a forma da espiral que simboliza neste contexto a repetição, o estar incessantemente conectado à rede e a impossibilidade de desligar dos nossos dispositivos tecnológicos. Desta forma, este díptico representa uma dualidade entre o desejo de desconectar e da constante procura de estar conectado virtualmente.

 

A ARTISTA

Rita Castanheira (n.1996, Coimbra) é uma artista portuguesa que vive e trabalha atualmente entre o Porto e Londres. Em 2018 licenciou-se em Artes Plásticas – Multimédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, e completou o mestrado em Fine Art na Chelsea College of Arts em 2020. O seu trabalho permanece no limiar entre o digital e o analógico, utilizando a imagem em movimento em conjugação com performance, instalação e técnicas têxteis.

 

NATUREZA

Confrontamo-nos com a força da terra e a fragilidade da sua relação com a humanidade. Revelam-se paisagens interiores e exteriores, questionando a nossa posição nesta relação e as consequências das nossas ações. A natureza não é apenas um cenário, mas uma força insurgente que resiste e se transforma em resposta aos desequilíbrios por nós criados.

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FOTOGRAFIA
TIAGO CANÁRIO
PEDRA

 

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FOTOGRAFIA
VALÉRIA MARTINS
PANGEA

 

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
TOMÁS SERRÃO
UMA AVE, TALVEZ DE RAPINA

 

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
BEATRIZ ANASTÁCIO
CHLOROPHILIA

 

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CRUZAMENTO DISCIPLINAR
MARIA NOVO, SANCHA CASTRO E SIMÓN JARPA
SEAGHOSTS

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ESCULTURA
BEATRIZ PISA
IRRIGAÇÃO DO SOLO

 

 

A OBRA

Viajei pelo tempo, do branco do mármore ao negro do xisto, do macio do calcário ao áspero do granito. À minha frente vi o tempo a abrir-se. Pelas mãos do homem vi a terra tremer, vi 160 milhões de anos deslumbrar-se à luz. Vi o passado, vi o futuro, vi o eterno. Vi o que nunca tinha sido visto. Quando o meu tempo se fechar, é pedra que vou voltar a ver?

O ARTISTA

Natural de um isolado monte alentejano, Tiago Canário (1998) cresceu num ambiente onde a solitude e o contacto humano se entrelaçavam, uma dualidade que o moldou. Formado em Design Industrial na ESAD.CR, em 2019 o seu projeto Terra ganhou o prémio Tradicional-Contemporâneo das Oficinas do Convento. Em 2020, foi selecionado para o programa Talents da Ambiente Frankfurt, onde venceu o prémio BADC Best in Show da Central Saint Martin. Desde então, expandiu a prática para Fotografia e Direção de Arte

A OBRA

Pangea é um projeto sobre um território, o princípio dos princípios. Começamos aqui, água e terra, emocionados, reproduzimos. Em território animal, criamos ruturas que nos adaptam à natureza. Mulher é mulher mas a natureza impõe-se quando carrega uma cria no ventre. Nascemos a chorar, a rastejar, a tropeçar, até conseguirmos andar. Há um transporte da cria, até a gravidade do planeta criar uma rutura e surgir o diálogo entre equilíbrio e queda.

A ARTISTA

Artista portuguesa, atualmente no Porto, concluiu o Curso Profissional de Fotografia no Instituto Português de Fotografia e estagiou na revista Time Out Porto. Participou na exposição coletiva “Crises” no Porto Femme – Festival Internacional de Cinema (2021) e no projeto “O Douro dos Fotógrafos” com a exposição “Dupla Exposição” (2023) no museu Casa da Imagem. Recebeu financiamento para a instalação “Bas-Bleu” (2022) no Ermo do Caos. Licenciou-se em Artes Visuais – Fotografia na ESAP.

A OBRA

“Uma ave, talvez de rapina.” explora temas que se entrelaçam de forma poética e simbólica, com a Falcoaria a ocupar um lugar central nesta narrativa visual. Pretende transportar o público para um espaço onírico, através de composições que evocam uma forte carga emocional. Este trabalho nasce de um sonho que deu lugar a um conto, sendo esse conto o berço desta pesquisa que, após o primeiro encontro com o falcoeiro aqui representado, se ancora agora na realidade.

A ARTISTA

Tomás Serrão, 24 anos, nascido em Lisboa. Frequenta o 1º ano do Mestrado em Escultura enquanto gere o projeto “Pátio Nº2”, por si fundado: um espaço coletivo e plural de produção artística que promove dinâmicas diversas como exposições e oficinas artísticas. Procura alargar e fortificar a rede que une a prática artística através da criação de iniciativas que apelem à camada emergente, proporcionando-lhes um palco fértil que promova o diálogo e a cooperação entre artistas.

A OBRA

Chlorophilia é uma palavra inventada para designar um lugar de atração pela criação com a natureza, ou, literalmente, amor pelo que é verde, que surge da distorção da palavra clorofila. Na série em exposição, as macroalgas transformam-se em superfícies de revelação de ilustrações e fotografias, como suportes efémeros da memória visual. A água, a luz e o vidro tornam-se, simultaneamente, criadores e objetos de exposição.

A ARTISTA

Como criadora, exploro a interseção da arte com a ciência. Formada em Biotecnologia, aproximei-me da ciência como investigadora que desenvolve biotecnologias para o tratamento de águas contaminadas, utilizando macroalgas marinhas. Artista amadora multidisciplinar, tenho vindo a explorar a palavra, o som, a linguagem visual e o movimento, definindo o espaço público como local de exposição. Procuro cruzamentos entre a sustentabilidade e a transformação social.

A OBRA

Seaghosts é uma criação artística que investiga o sargaço, uma alga do Atlântico Norte, explorando as suas conexões culturais, ambientais e especulativas. Oscilando entre o real e o imaginário, propõe o sargaço como um elo entre mundos e épocas, através de uma variedade de materiais como alumínio, vidro, vídeo e som, criando um espaço de reflexão sobre coexistências interespécies e futuros em transformação.

 

OS ARTISTAS

Maria Novo
Mestrado em Estudos Cinematográficos (EQZE, 2024) Fotolivro (Blank Paper) e Arquitetura (FAUP) em 2017. Realizadora de “Diomar” (64′, 2022). Autora de “High Society” (2020) e “Místico-Electrónica” (2023). Membro do coletivo Corisca. Diretora artística do Masmorra (desde 2021). Participou em vários projectos como produtora, programadora e editora, colaborando com o Canal180 e o Festival Tremor, entre outros. O seu trabalho reflecte uma prática multidisciplinar no campo das artes visuais.
Sancha Castro
Estudou Escultura na FBAUP, Dança no BDI (Berlim), e Coreografia na School for New Dance Development (Amesterdão). Enquanto performer no contexto do museu, ativou “Four Fields” de Franz Erhard Walther e “Mirror Piece” de Joan Jonas em Serralves e, enquanto bailarina, performou para Justin F Kenedy, Kat Sullivan, Thalia Livingstone, entre outros. Apresentou trabalho a solo em lugares como: Festival Internacional de Marionetas do Porto, Veem (NL), DanceTheater (NL), HetHEM (NL) ou Royal College of Art (UK).
Simón Jarpa
Estudou na Escola de Cinema do Chile, na TAW (DK) e atualmente na EQZE (ES). Realizador e animador de vídeos musicais (Pirotecnia; Warner Music; Maha). Animador e ilustrador em filmes como Beau is Afraid (A24, 2023) e aLiEN0089 (Sundance, 2022), entre outros. Artista gráfico da Universidade de Santiago (CL) e do Museu Küifi Kimün (CL). Autor do livro de artista Acorde (2022) e da instalação vídeo Un mundo de hombres sin mundo, atualmente em desenvolvimento com o apoio de Tabakalera (ES).

A OBRA

Ode à Água. A chuva chega incerta. Veio tarde, ou cedo demais? Armazenar a água da chuva é crucial, como irrigar o solo de forma controlada. A Olla; guarda a água, e debaixo do solo mantém-no húmido. Dá às plantas a água que cai dos céus. As Ollas são instrumentos de irrigação criados pelos nossos antepassados, a água atravessa lentamente o barro, infiltrando-se no solo. Num mundo cheio de novidades, esquecemo-nos, por vezes, das ancestralidades.

 

A ARTISTA

Beatriz Pisa, eterna aprendiz do mundo vegetal, tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos o seu trabalho artístico em torno da Natureza, mais concretamente sobre o solo. Desde pequena que suja as mãos com argila, corre no campo e brinca com os seres que nele habitam. O seu trabalho reflete não apenas a beleza das plantas e paisagens, mas também a complexidade e interconexão dos elementos naturais.

 

 

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ILUSTRAÇÃO
DANIELA FORTUNATO
LIX’ORTUNIDADE

 

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PINTURA
JOÃO FREITAS
AURA DU SOLEIL ET D’ORAGE

 

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PINTURA
SARA CRUZ
MERGULHO

 

A OBRA

LIX’ORTUNIDADE explora a transformação do lixo em recurso, abordando a crescente problemática dos resíduos na sociedade. Como designer gráfica numa empresa de eventos, vejo a quantidade de lixo gerada (apesar de muito ser reaproveitado) e a necessidade de reverter esse ciclo de consumo. Utilizando tinta sobre um tecido descartado, criei uma ilustração que reinterpreta a visão negativa do lixo, onde cores, formas e escalas inusitadas, estimulam novas visões e oportunidades para estes materiais.

A ARTISTA

Natural de Caldas da Rainha, (janeiro de 1999), com um gosto pelas artes desde que se lembra. Licenciada em design gráfico pela ESAD das Caldas da Rainha. Designer a tempo inteiro, ilustradora freelancer e parte da dupla de street artists DAFLA. O seu trabalho enquanto ilustradora passa por criar imagens coloridas e alegres, gosta de colaborar com outros em diferentes projetos, e de ser desafiada. Apesar de maioritariamente trabalhar no digital, gosta de explorar diferentes suportes e materiais.

A OBRA

Aura du Soleil et d ́orage, como é comum na prática do artista, foi realizado ao abrigo da cor e de como esta pode e deve atuar sobre a tela. A cor é então o mote para a movimentação das formas desta pintura, onde a criação é simultaneamente causa e consequência da liberdade de quem a interpreta.

A ARTISTA

João Freitas, nascido em 1997, na cidade do Porto, é licenciado em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP).
Conta com formações dadas na Escola Artística Soares dos Reis no ano de 2019, onde lecionou workshops de carvão vegetal e mineral e de pintura a óleo.

A OBRA

Mergulho é um projeto de pintura desenvolvido tendo como ponto de partida o motivo “prazer de viver”. Nesta obra, constituída por um conjunto de seis pinturas, procurei trabalhar o prazer singelo, primitivo. Trabalho um prazer muito elementar e sensorial, do contacto do corpo com a água. A água como um ambiente que abriga a vida mas onde o ser humano não pertence e apenas pode aceder por tempo limitado. Um ambiente que muda a percepção do meio e do tempo, que cria a quebra da realidade.

A ARTISTA

Formação em Produção Artística – Realização Plástica do Espetáculo pela Escola Artística António Arroio (2022). Formação em Contexto de Trabalho numa parceria entre a António Arroio e a Foco Musical, a realização plástica do concerto encenado “A Floresta d’Água” (2022). Iniciei em 2022 o curso de Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Participação na secção Students da Quadrienal de Praga de 2023 com o projeto “Hodo: The Resting
Assembly” (2023).
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