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A gastronomia portuguesa é o astro que guia este voo pelas tradições nacionais. De receitas centenárias aos protagonistas que lhes dão vida, cruzamos o segredo da produção com a ciência que alimenta a sustentabilidade.

 

Propomos uma viagem ao passado, que nos conta a origem histórica de cada prato, e ao futuro, cuja criação já se iniciou nas universidades, politécnicos e empresas portuguesas. Vamos conhecer em pormenor, através de uma reportagem multimédia dividida em 9 episódios, uma nova faceta do património gastronómico nacional. No caminho, desvendamos a diversidade destas iguarias regionais, que, sem que se desse conta, contribuíram para a promoção de um estilo de vida que soma cada vez mais adeptos.

De abrir o apetite

Quanto do futuro está na gastronomia tradicional portuguesa? Uma viagem de abrir o apetite que podes descobrir abaixo. Clica sobre cada ícone para saber mais.

Sopa da Castanha, é quente e boa!

⚲ Bragança

Episódio 1 já disponível ↓

Cenoura que não é cenoura, é cherovia

⚲ Covilhã

Episódio 2 já disponível ↓

Pastel de feijão. O orgulho de Torres Vedras

⚲ Torres Vedras

Episódio 3 já disponível ↓

A gastronomia transmontana é uma das mais apreciadas em Portugal, pelo caráter autêntico da culinária e pela qualidade da matéria-prima utilizada. É este o caso da castanha, um produto local que faz parte do ciclo alimentar das comunidades da região. Comem-se assadas, cozidas, ou transformadas, como acompanhamento, entrada ou sobremesa – o potencial é infinito.

No outono, os transmontanos juntam-se para a apanha deste fruto, um trabalho árduo que começa na alvorada. Ao almoço, a iguaria predileta é a sopa de castanha. Uma receita de tradição familiar que nasceu há mais de 30 anos.

Cenoura branca, pastinaca, cherivia, cherovia… Esta raiz tem vários nomes, mas apenas uma capital em Portugal: a Covilhã. É nesta cidade que o principal produtor Daniel Almeida, e os seus pais, nos explicam que a cherovia só gosta mesmo do terreno da Covilhã. Um amor retribuído pela grande procura do alimento na região, aliada à crescente curiosidade no resto do país.

Podendo ser confecionada de várias formas, é frita que os covilhanenses preferem a cherovia. Perto do centro da cidade, o restaurante Alkimya apresentou-nos este alimento com um sabor único e surpreendente.

Os Pastéis de Feijão de Torres Vedras são um verdadeiro exemplo de tradição na gastronomia portuguesa. A receita, criada no século XIX, terá sido passada entre conhecidos e familiares até chegar à família Simões, a primeira a comercializar estes doces.

Apesar de terem surgido variantes da receita nas últimas décadas, a fábrica Brasão garante-nos que ainda utiliza a fórmula original. A proprietária, Perpétua Lourenço, e as restantes doceiras, asseguram que.o segredo não está na receita, e revelam a verdadeira “magia” por detrás da popular doçaria torreense.

Nas tascas de Lisboa os peixinhos são da horta

⚲ Lisboa

Episódio 4 já disponível ↓

Espanha? Queremos gaspacho à alentejana

⚲ Évora

Episódio 5 já disponível ↓

Túberas. O ouro alentejano

⚲ Casebres (Alcácer do Sal)

Episódio 6 já disponível ↓

Os Peixinhos da Horta são um dos petiscos de referência do país, geralmente associados às tascas lisboetas, onde têm sempre lugar marcado à mesa. Muitos argumentam que este prato inspirou a criação da tempura japonesa, mas poucos sabem que a primeira prova escrita desta receita remonta a 1904, no Alentejo.

Mais de um século depois, foi no centro de Lisboa, junto ao jardim do Príncipe Real, que encontrámos os segredos deste petisco: um óleo a 100 graus e uma fritura no ponto. É assim que estas tiras de feijão verde se tornaram um modelo da gastronomia portuguesa, onde sempre se fez muito com pouco.

Quando pensamos em gaspacho, podemos sentir-nos tentados a pensar na vizinha Espanha. No entanto, é um prato extremamente apreciado no Alentejo, onde sempre foi um grande aliado contra as altas temperaturas. Um casamento que tinha tudo para dar certo, visto que o gaspacho é elaborado com alguns dos alimentos que o Alentejo melhor produz: pão, azeite e tomate.

Em Évora, a proprietária do restaurante “Típico Medieval”, Carla Brito, explica-nos as diferenças entre o gaspacho português e o espanhol, e as razões porque muitos consideram a versão lusitana superior.

O “ouro alentejano”. É assim que as túberas são popularmente reconhecidas nesta região do país, devido às suas parecenças com as famosas trufas. Embora não partilhem da popularidade das suas primas, as túberas são iguarias de sabor único que atraem muitos curiosos às mesas do Alentejo.

Na localidade de Casebres, em Alcácer do Sal, conhecemos o Júlio Alexandre, que nos demonstrou como um produto de excelência, aliado a uma mente criativa, pode originar numa experiência única à mesa.

Açorda acompanhada de Cante Alentejano

⚲ Mourão

Episódio 7 já disponível ↓

Aqui nasceu o Dom Rodrigo

⚲ Lagos

Episódio 7 já disponível ↓

De Norte a Sul, da terra à mesa

Episódio 9 já disponível ↓

A receita da açorda não é universal, sendo apreciada de diferentes formas de acordo com a zona do país. No entanto, é no Alentejo que este típico prato português prova uma velha máxima da gastronomia: as receitas mais simples são, por vezes, as mais saborosas.

“Coentros e alho, e água a ferver. Dá pouco trabalho, e é fácil fazer”. A música que celebra a açorda à alentejana foi uma das primeiras coisas que ouvimos em Mourão. Acompanhada pelo cante alentejano, a família Bação serviu-nos a tradicional açorda na sua Adega Velha.

Em 1935, os doces da família Taquelim Gonçalves já eram uma referência para quem gostava de doces em Lagos. Começaram por abrir as portas de sua casa para quem quisesse provar as suas criações inovadoras e meticulosas. Uma delas sempre se destacou: o dom Rodrigo, feito de ingredientes modestos e enrolado num papel de alumínio colorido que deixava os clientes curiosos.

A família Taquelim Gonçalves abriu-nos as portas para explicar o sucesso por trás de um doce que se tornou famoso por todo o país. É um negócio que passa de geração em geração, e que atrai multidões pela história e pelo sabor.

O que torna um alimento ou uma receita numa experiência? Apesar de a alimentação ser uma necessidade básica do ser humano, a tradição e a partilha podem tornar uma simples refeição num dos momentos mais importantes das nossas vidas. Neste episódio exploramos o conceito de comensalidade: o ato de conviver à mesa.

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