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O casamento entre pessoas do mesmo género foi legalizado em Portugal em 2010. 15 anos volvidos, os casais encaram a união civil como uma afirmação política, necessária para dar continuidade à luta contra a discriminação e o preconceito, que não desapareceram por decreto.

Sancha é artista e designer não-binarie. No seu trabalho, reflete sobre género, sexualidade e corpo dentro dos meios da ilustração, design gráfico e pintura, com um foco em projetos educacionais e com uma vertente de ativismo e luta. Para esta edição criou a obra “Sete rios de multidão”, onde representa graficamente corpos e vivências queer habitualmente ausentes das narrativas em torno do casamento, da parentalidade e da criação de laços. Uma peça gráfica inédita que é um tributo à resistência, à memória e ao compromisso coletivo com um futuro mais justo.

A escritora e ativista Márcia Lima Soares escreve, na primeira pessoa, sobre o significado da consagração, em 2010, do direito ao casamento entre pessoas do mesmo género. “Cremos no Amor” é um artigo de opinião onde a autora reflete sobre os direitos que até esta data estavam vedados, a sensação de ter “a Lei contra nós” e a importância de “poder escolher”.