Sandeman, uma marca centenária de vinho do Porto, desafiou o artista Mário Belém para criar uma coleção de peças de arte, numa aproximação da história iconográfica da marca com a obra de um artista contemporâneo. As criações podem ser vistas na recém-criada The Sandeman Gallery.
Tradição e contemporaneidade unem-se para dar continuidade à duradoura ligação que a Sandeman tem ao universo das artes. O convite ao ilustrador e artista gráfico, Mário Belém, propõe a criação de um conjunto de obras de arte originais, desenvolvidas através de uma representação visual própria de anúncios e colaborações da marca de vinho do Porto ao longo da sua história.
O resultado da coleção é uma reinterpretação do imaginário Sandeman, com uma linguagem de arte urbana que nos convida a olhar "O Barco" e "O Beco", duas peças de Mário Belém, disponíveis na The Sandeman Gallery. Uma viagem no tempo que revisita a história e a transporta para a atualidade, através de peças, desenhos e pinturas que caracterizam a herança secular da marca, aos olhos do artista.
No "Barco" há uma procura pela metáfora e simbologia, características do processo criativo de Mário Belém, que retratam o processo da criação do vinho. A representação do barco Rabelo, que navega e transporta o vinho pelo rio Douro, funde-se com a presença de uma figura humana que recorda uma música antiga, sensação equiparada a uma memória de um bom vinho.
Na passagem pelo "Beco", uma alusão de que a arte não se prende nas paredes de uma galeria, redescobrimos os elementos que compõem a história iconográfica Sandeman. Os cartazes, a figura The Don, o centauro, entre outros símbolos e figuras associadas ao passado visual da marca, que continua a marcar presença também nas paredes das ruas.
Este caminho que pretende aliar a Sandeman e a arte, é a renovação de um compromisso da marca, que diversas vezes convidou artistas a contribuir para o seu universo visual com uma abordagem contemporânea. O caso de Jean d’Ylen e do escocês George Massiot-Brown, autor da mítica figura The Don em 1928, com o icónico chapéu típico de Jerez de la Frontera e a tradicional capa preta usada pelos estudantes universitários portugueses.
Através da coleção do artista Mário Belém, cujo trabalho expõe a cultura portuguesa através do detalhe e de uma narrativa intrínseca aos seus projetos, a Sandeman expõe na galeria online o seu património histórico visual e reforça as parcerias com artistas, contribuindo para a relação da arte com os seus produtos e comunicação.
Texto de Ana Mendes
Fotografias da cortesia Sandeman
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