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INVESTIGAÇÃO
 DEMOCRACIA 

A importância da visibilidade lésbica no combate a estereótipos
e à discriminação

Texto de Inês Rua
Edição de Débora Dias e Tiago Sigorelho
Ilustrações de Marina Mota
Produção de Sara Fortes da Cunha
Captação de imagem de Marcelo de Souza Campos
Edição de vídeo de Pedro Oliveira
Comunicação de Carolina Esteves e Margarida Marques
Digital de Inês Roque

31.03.2025

Se parte da vivência lésbica envolve enfrentar estereótipos, preconceitos, discriminação e violência, por outro lado (e mais proeminentemente), as pessoas lésbicas também são felizes, abarcando a multiplicidade e a variedade das suas vivências. Aliás, a melhor forma de serem plenamente felizes é não terem entraves na vivência da sua lesbianidade. Este é um dos motivos que conduz à importância da visibilidade lésbica: desconstruir esses mesmos estereótipos e preconceitos e acabar com formas de discriminação e violência, para que possam viver a sua vida plenamente e para que as pessoas reconheçam as suas vivências como normais, numa sociedade que ainda não as vê dessa forma.
Esta é a segunda de um conjunto de quatro reportagens apoiadas pela Bolsa Gerador Ciência Viva que exploram, em diversas perspetivas, a importância da visibilidade lésbica. Clica no botão para acederes às restantes partes.

As lésbicas já não conseguem mais ouvir isto

 

Dentro dos múltiplos estereótipos que lidam as pessoas lésbicas diretamente, estão inseridos comentários como “é lésbica porque quer ser homem, é lésbica porque não se dececionou com os homens, é lesbica porque não foi comida direito”, como nos diz Bibiana Garcez. Ou como refere Beatriz de Aranha, “as mulheres lésbicas odeiam homens”. “Isso chateia-me. Então, lésbicas feministas de certeza que odeiam homens e que têm algum trauma com o homem”, critica. Para Mara Alexandre Veiga, a fetichização do que são as relações lésbicas e é “bué gritante e visível e alimenta muito a minha raiva lésbica”, porque “são sempre imaginadas num contexto cis”. Mara Alexandre afirma que sente uma dupla sexualização: primeiro, por ser percecionada enquanto mulher e, depois, por ser vista como lésbica.

Sobre o facto de pessoas lésbicas serem percebidas como mulheres, Simone Cavalcante da Silva constata que “a mulher em si é cidadã de segunda classe, nós temos ainda que lutar pelo básico, então eu acho que isso já influencia em certas causas que são comuns às mulheres lésbicas, independente do lugar que nós estejamos, no Brasil, em Portugal ou nos Estados Unidos”. A antropóloga Raquel Afonso, investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea (IHC NOVA), explica que “uma parte das opressões que podem afetar pessoas lésbicas vem do género ou da ideia que as pessoas têm do género, como se o género fosse uma coisa natural”, reforçando o género como uma construção social.

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