Ana Salgado sucede ao Doutor Telmo Verdelho, tornando-se na primeira mulher a presidir o Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa (ILLLP). A investigadora do Centro de Linguística da Universidade NOVA de Lisboa é também a atual coordenadora dos projetos lexicográficos da ACL. No comunicado de imprensa, lê-se que Ana Salgado “pretende dar continuidade aos projetos lexicográficos académicos em curso e abrir novos campos de atuação”, de modo a promover “sinergias com centros de investigação e outras entidades científicas e culturais do mundo lusófono”.
A disponibilização de uma versão digital e atualizada do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, publicado em 2001, faz parte dos desígnios da investigadora. “É nosso propósito disponibilizar ao público uma nova edição do dicionário, reestruturada e adaptada ao ambiente digital, ainda parcialmente revista mas necessariamente aumentada, uma vez que tem de refletir as alterações que a sociedade vem registando desde 2001”, assevera. O presidente da ACL, o historiador José Luís Cardoso, garante também que a promoção de projetos lexicográficos com uma forte aposta no digital é “um dos aspetos centrais” da atividade futura da instituição.
No comunicado de imprensa, lê-se que para este mandato se espera “uma maior interação com o público” e maiores articulações com diferentes entidades científicas. “Iremos ainda criar condições para uma maior interação com o público em geral, abrindo a possibilidade de sugerirem novas palavras e significados, que serão analisados e avaliados pela equipa e por uma comissão constituída para o efeito”, declara Ana Salgado. A investigadora acrescenta também que “queremos ainda estabelecer laços próximos com a comunidade científica, professores, profissionais da língua e com a comunicação social, no sentido de prestar consultoria”.
No seu mandato, Ana Salgado vai ser acompanhada pelos professores Carlos André e Lemos de Sousa, reeleitos como representantes das classes de Letras e Ciências, respetivamente, no ILLLP. O lema académico “Nisi utile est quod facimus, stulta est gloria” [«Se não é útil o que fazemos, vã é a glória.»] vai continuar a servir de mote aos planos de atividade da instituição.