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Quase 20 anos depois, há uma nova Biblioteca Itinerante da Gulbenkian

As Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian estão de volta. Entre 1958 e 2002, o…

Texto de Carolina Franco

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As Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian estão de volta. Entre 1958 e 2002, o projeto iniciado pelo escritor Branquinho da Fonseca tornou acessível aos lugares mais recônditos de Portugal uma série de livros que, de outra forma, não chegariam lá. Este ano voltam à estrada, rumo à Sertã. 

No início eram 15 carrinhas Citroën a levar os livros e a aconselhar a leitura, numa fase em que grande parte da população portuguesa era analfabeta. Entre os nomes mais conhecidos dos encarregados e conselheiros de leitura das Bibliotecas Itinerantes, estão Herberto Helder e Alexandre O’Neill, na altura jovens poetas. O objetivo principal era “pôr os livros em pé de igualdade com as pessoas: aproximar uns dos outros, sem medos ou ideias preconcebidas”, conta Rita Neves Costa numa reportagem que fez em Julho de 2016 para o Observador

A carrinha que vai circular na Sertã já tem assinalados no seu percurso os pontos do concelho, levando à população não só uma Biblioteca, mas também um serviço de apoio à saúde e um posto móvel do Balcão Único do Município. Consultar livros e revistas, fazer rastros de tensão arterial, glicínias e colesterol, preencher e entregar formulários e requerimentos de serviços nas áreas da ação social, educação, protecção civil e saneamento, aceder à Internet, fazer fotocópias e consultar os serviços disponíveis numa caixa de multibanco — tudo a partir de uma só carrinha. 

A parceria entre a Fundação e a Câmara Municipal da Sertã surge através do projeto “Devolver a Voz à Comunidade”, na sequência dos incêndios de 2017 e com a finalidade de dar acesso às necessidades mais imediatas da população afetada. O concelho da Sertã tem 10 freguesias e cerca de 24 lugares, habitados por mais de 16 mil pessoas, sendo que 30 % das quais têm uma idade superior a 65 anos. 

Na reportagem “Nunca mais os livros fizeram tantos quilómetros”, Rita Neves Costa questiona quando (e se) poderão voltar as Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Chegou a hora. 

Há um arquivo de fotografias das Bibliotecas Itinerantes criado pela Biblioteca de Arte da Gulbenkian, que podes ver aqui.

Texto de Carolina Franco
Fotografia via Pexels

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