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A Traça é uma mostra de filmes de arquivos de família, promovida desde 2015 pelo Arquivo Municipal de Lisboa – Videoteca e organizada em 2023 pelo Gerador, que procura dar a conhecer e incentivar o visionamento e o estudo dos filmes provenientes de arquivos familiares, antes limitados à visão e uso privado.
Todos os anos tem um formato diferente, e acontece também num local distinto, adaptando-se ao bairro que a recebe.
Em 2023 a Traça voa até ao Bairro do Rego, entre os dias 13 e 15 de outubro.

 

Entrada livre

 

Habituado a receber pessoas desde a sua fundação, o Bairro do Rego, bem no centro de Lisboa, sempre soube abrir calorosamente os braços a quem chegava e ser generoso nas despedidas.
Nasce para acolher os trabalhadores que construíram o Hospital de Santa Maria, recebe, depois, uma onda de migrantes do interior do país, assume a liderança na integração de casas sociais, na década de 70 alberga estudantes brasileiros que formam a primeira escola de samba do país e, hoje, é um dos locais escolhidos pelos universitários que procuram Lisboa.
Por isso, a Traça deste ano é uma narrativa sobre bem receber, contada pelos espaços e protagonistas deste bairro e pelos criadores, de diferentes áreas artísticas, a quem abrimos o arquivo de filmes de família da Videoteca de Lisboa, especificamente, os dedicados aos encontros familiares, para que, a partir destes, possam surgir novos objetos artísticos.
A programação organizada nos 6 atos em baixo celebra a arte de bem receber com música, cinema, gastronomia, performances de interação pública, conversas ou workshops, em diferentes espaços junto à Rua da Beneficência, a artéria central do bairro e da Traça. Conhece em detalhe o programa, as iniciativas e os protagonistas que vão fazer parte deste ensaio sobre bem receber.

Recorda aqui como foi a Traça 2023

 

A Traça abre calorosamente os braços ao público, todos os dias, com uma performance inédita na rua.

possessos – traça2023

Fundados em 2013 por Catarina Rôlo Salgueiro, João Pedro Mamede e Nuno Gonçalo Rodrigues, Os Possessos são um colectivo artístico que reúne pessoas de diversas áreas (teatro, cinema, música, ciência e literatura).
Trabalham em torno de projectos teatrais e performativos, tendo por base narrativas universais e a criação de uma ficção comum sobre a realidade entre os artistas e o público, com ênfase na dramaturgia contemporânea, criações colectivas e de autoria própria.
Atualmente contam com cinco elementos: Catarina Rôlo Salgueiro, Isabel Costa, João Pedro Mamede, Leonardo Garibaldi e Leonor Buescu.

 

Performance

Os Possessos

13 Out | 18H | Grupo Excursionista “Os económicos”
14 Out | 18H | Mercado do Bairro Santos
15 Out | 18H | Teatro Avenidas – Um Teatro em cada Bairro

O coletivo artístico Os Possessos apresentam na Traça uma performance inédita em percurso, pensada propositadamente para o Bairro do Rego.

No contexto do seu Projeto Manifesta, que tem como ponto de partida investigar, traduzir e apresentar manifestos escritos depois de 2000, serão lidos dois manifestos de forma intimista para um grupo pequeno de espectadores. São palavras que falam do mundo de hoje, do quotidiano, mensagens de esperança ou de denúncia, num projeto dirigido por Isabel Costa, com a interpretação de Catarina Rôlo Salgueiro e João Pedro Mamede.

A Traça cria o clima ideal para que todos se sintam bem no Bairro do Rego, com instalações artísticas criadas a partir do arquivo de filmes de família da Videoteca de Lisboa.

Performance e Instalação

“Conexão” por Carlos Tavares Pedro

13 a 15 Out | Mercado do Bairro Santos, Loja 4, Piso 0
Instalação

“Ser Lugar” por Colectivo Warehouse

13 a 15 Out | Avenidas, um Teatro em cada Bairro
Instalação

Europa Agora por Gerador

13 a 15 Out | Avenidas, um Teatro em cada Bairro
Instalação

Uma curta sobre a família Ezequiel por Matilde Calado

13 a 15 Out | Avenidas, um Teatro em cada Bairro

Uma vídeo-performance criada a partir de filmes de famílias portuguesas em aniversários, casamentos e convívios. Carlos Tavares Pedro manipula estas imagens, fornecidas pelo Arquivo Municipal de Lisboa, para dar ênfase às emoções e danças nos vídeos.

As imagens serão projetadas na tela, criando ao vivo um som calmo e acolhedor.

Em simultâneo, através da dança, Ale D’Afrique interage com a música. O autor quer mostrar a importância destes dois fenómenos universais, a dança e a música, que podem, temporariamente, acolher várias pessoas num só espaço.

Após a performance, fica presente o improviso do autor, o que resta da performance, uma instalação que será tão única e diferente conforme a performance do dia que a precede.

Performance – 13 e 14 de outubro
Instalação – 14 e 15 de outubro

Na experiência de ser acolhido, a sensação de bem-estar surge quando nos sentimos incluídos. Além do conforto sensorial, ver e ser visto pelo outro é essencial para o reconhecimento e inclusão.

Partindo destes princípios, esta instalação pretende criar um diálogo transfronteiriço entre os espaços que nos acolhem pela experiência conjunta, e aqueles que nos individualizam.

Como será a Europa do futuro? E como vemos a Europa Agora? Uma área, junto à instalação “Ser Lugar” do Colectivo Warehouse, que nos ajuda a refletir sobre este lugar, transfronteiriço e abstrato, que é a Europa.

A Família Ezequiel, moradora no Bairro do Rego, registou em vídeo, com uma câmera de filmar cedida pela organização da Traça, a sua vivência, momentos de convívio, de festa e de profissão de fé.

Este registo, cru e honesto será apresentado, editado e montado numa perquena curta metrágem.

Instalação

Renova a tua Roupa e o teu Bairro

14 e 15 Out | Mercado do Bairro Santos
Instalação

Assim se ouvem as Imagens por Noiserv

13 a 15 Out | Grupo Excursionista “Os económicos”
Instalação

Testemunhos de Moradores
por Programa Memórias de Lisboa

13 a 15 Out | ADAS-BR e Pinto’s Cabeleireiros
Exposição

Jardim da Vida

13 a 15 Out | Avenidas, um Teatro em cada Bairro

Vem criar o teu cartaz com a imagem da Traça e contribuir para um mural coletivo que e vai erguer no Mercado do Bairro Santos.

Mas não é tudo: podes ainda trazer o teu tote, tshirt ou camisola e personalizar estas peças com a imagem da Mostra dedicada aos filmes de família

Instalação artística que o músico criou para a edição deste ano. A partir do arquivo de filmes de família da Videoteca de Lisboa, e dos sons retirados de uma seleção desses filmes, Noiserv criou composições musicais únicas.

São novas bandas sonoras, de uma realidade imaginada pelo artista, que acompanham stills dos filmes e que poderás ver e ouvir.

O Programa Memórias de Lisboa pretende, através da participação ativa das comunidades locais, recolher, preservar, mapear e divulgar as memórias dos territórios através do recurso à metodologia da história oral. Com esta abordagem, além de reunir fontes primárias de informação histórica, pretende combater o isolamento da população mais idosa, criar pontes entre gerações e contribuir para um reforço da identidade local e da coesão social.

Neste âmbito, foram feitas sete entrevistas a habitantes do Bairro do Rego que poderás ver em três espaços de comércio local.

O Jardim da Vida celebra a conexão que estabelecemos connosco sem nunca desfocar do horizonte a importância da reciprocidade. Assim, esta exposição resulta dos pequenos jardins das oficinas Crescer Novo no Antigo, de Elisabete Vila Viçosa, enfatizando um exercício de poda e de desrame emocional individual e coletivo.

Ato de cuidar, de reflexão, do que é caduca ou perene, de crescimento, para melhorar a floração, de restauro, mas também de começo, que merece ser partilhado.

 

A Traça estimula o contacto e a descoberta de novos assuntos, com conversas dedicadas à memória, identidade, a cidade e as suas comunidades

Conversa | Arquitetura e urbanismo: impacto na construção de comunidades inclusivas

14 Out | 14H | Sede Nacional do PCP

Uma comunidade perfeitamente integrada depende de um conjunto de variáveis, onde a dimensão social tem um papel fundamental e prioritário. Mas qual é o impacto de dimensões físicas? Que função poderá ter o urbanismo e a arquitetura no desenho de um território virado para as pessoas? Uma conversa com Ana Jara e Margarida Pereira, moderada por um jornalista do Gerador

Conversa | Habitação e integração: como a política de habitação pode ajudar a construir um bairro

14 Out | 18H | Sede Nacional do PCP

O problema da habitação tem estado cada vez mais presente na sociedade e, consequentemente, no espaço mediático, centrado, essencialmente, na exclusão das famílias dos centros das cidades. Pode uma política de habitação coerente e estruturada proporcionar uma revitalização das cidades e dos seus bairros? Uma conversa com João Ferreira e Rosário Mauritti, moderada por um jornalista do Gerador

Conversa | Recolha e interpretação de arquivo: como preservar a identidade e criar pertença

15 Out | 14H | Avenidas, um Teatro em cada Bairro

A relevância dos arquivos para uma interpretação integra do presente tem sido muitas vezes desvalorizada, principalmente no que diz respeito aos recursos e meios disponibilizados para os garantir. No entanto, o papel do arquivos pode ser fundamental na criação de um sentimento de pertença e numa reflexão constante sobre o que o que significa identidade. Uma conversa com Fátima Tomé e Pedro da Conceição, moderada por um jornalista do Gerador.

Conversa | Como a partilha das memórias de bairro reforça a identidade local

15 Out | 17H30 | Grupo Excursionista “Os económicos”
Com Representantes e Participantes do Programa Memórias de Lisboa

Vamos conversar com as dinamizadoras do Programa Memórias de Lisboa, com uma participante ativa no bairro de Alvalade e com o realizador dos vídeos-testemunho do Rego.

Este programa pretende, através da participação ativa das comunidades locais, recolher, preservar, mapear e divulgar as memórias dos territórios através do recurso à metodologia da história oral. Com esta abordagem, além de reunir fontes primárias de informação histórica, pretende-se combater o isolamento da população mais idosa, criar pontes entre gerações e contribuir para um reforço da identidade local e da coesão social. Uma conversa com Alexandra Aníbal, Otília Moreira, Frank Saalfeld, Sílvia Neves e moderação de Maria Judite Álvares.

Feira Analógica

14 a 15 Out | 11H-19H | Mercado do Bairro Santos, átrio
Participação de: ADAS-BR, Arquivo Municipal de Lisboa, Club35, Dois dias Edições, FÁ-LO, Gerador, Kike Picz, Photo Book Corner

Uma feira de fotografia e vídeo analógicos, na mostra que celebra o arquivo de vídeos familiares, dedicada aos amantes deste formato.

A Traça elogia a gastronomia como ingrediente na arte de bem receber, com masterclasses de chefs nacionais.

Gastronomia

Showcooking Os vegetais do Mercado com Luísa Mafei

14 Out | 12H | Mercado do Bairro Santos, piso 0
Gastronomia

O peixe do Mercado com Joana Duarte

15 Out | 12h | Mercado do Bairro Santos, piso 0

O projecto Cozinha Afetiva, de Luisa Mafei, procura inspirar os amantes da comida a serem, também, amantes do reino vegetal. A chef acredita que a inclusão dos vegetais no prato é um dos caminhos para construir uma sociedade mais sustentável e justa, e que o nosso garfo tem o poder da transformação que queremos fazer pela nossa saúde, pelo planeta e pelos animais.

Neste showcooking, Mafei vai cozinhar com os vegetais do Mercado do Bairro Santos.

Formada em Biologia Marinha e Mestre em Oceanografia, aos 29 anos decidiu mudar de área.

A sua paixão pela cozinha levou-a para Barcelona onde estudou na Escola Hofmann e trabalhou durante 6 anos em restaurantes estrelados, como MOO (assessoria dos irmãos Roca), Comerç24 e Tapas 24.

Em 2013 regressa a Portugal onde esteve em vários projectos como Pedro e o Lobo, Fortaleza do Guincho, e Alma, terminando a liderar por 5 anos a cozinha do Tapisco, projecto do Chef Henrique Sá Pessoa, em Lisboa.

Actualmente é consultora gastronómica independente e dá aulas nas Escolas de Hotelaria e Turismo de Setúbal e Estoril. Neste showcooking, Joana Duarte vai mostrar a todos como se cozinha o peixe que se vende no Mercado do Bairro Santos.

 

 

A Traça pára para escutar e refletir, em sessões de poesia, cinema e workshops

 

cinema rock rendez vouz – traça2023

Documentário e Conversa com a presença do realizador Ricardo Espírito Santo e de intervenientes históricos do espaço
O principal clube de rock português foi o lugar simbólico de todas as alterações culturais que transformaram e urbanizaram a sociedade portuguesa. O advento do rock português, as mudanças nos comportamentos, as novas modas e as alterações culturais podem ser contadas a partir das noites do Rock Rendez Vous. Tal como as trombetas de Jericó derrubaram as muralhas bíblicas, os acordes do rock rebentaram com barreiras sociais em Portugal e assinalaram o advento de uma sociedade jovem num país, que devido à ditadura, não tinha vivido as grandes convulsões culturais e sociais dos anos 60 e 70.
Este documentário recupera um conjunto de imagens, na posse de particulares e instituições, que nos vão fazer viajar durante a década que a fábrica do rock português esteve aberta. Na sucessão destes dias de música, durante 60 minutos, mostram-se as grandes mudanças culturais, sociais e políticas que o Rock Rendez-Vous ajudou a produzir. Zé Pedro dos Xutos, Rui Pregal da Cunha (Heróis do Mar), Rui Veloso, Rui Reininho, Xana dos Rádio Macau, Adolfo Luxúria Canibal, António Manuel Ribeiro (UHF), Miguel Cadete (diretor do Blitz), Edgar Pêra, João Peste, Cristina a mulher de António Sérgio, Rui Vasco (fotógrafo), críticos musicais e muitos outros, protagonizam a história da mais celebrada sala de concertos do País.

Cinema e Conversa
“Rock Rendez Vous – A Revolução do Rock”
13 Out | 19H | Grupo Excursionista “Os económicos”

cinemagia – traça2023

CineMagia – Cinema e Filosofia na Biblioteca é um programa para crianças dos 4 aos 10 anos de idade que combina diversão e aprendizagem. Com uma programação que interpõe sessões de curtas-metragens com workshops de animação e criação de cartazes, a CineMagia visa estimular a criatividade e ajudar as crianças a pensarem sobre valores importantes.

Oficina
CineMagia com Ana Dias
14 Out | 11H | Mercado do Bairro Santos, piso 1

poesia – traça2023

Esta sessão poética é uma viagem até as raízes Kriolas de Vera Furtado, em Cabo Verde, onde através da poesia e da sua forma de recitar, o público será levado a refletir sobre os saberes e sabores do Kriolo, tendo contacto com a cultura, a língua e uma forma de viver muito particular do povo das Ilhas. Trazendo, de forma poética, ensinamentos dos ancestrais e o calor da Morabeza (a Arte do Bem Receber), a poetisa cria uma ponte entre Cabo Verde, o Bairro Do Rego e a sabedoria de vida. Uma performance inspirada no Arquivo de filmes de família da Videoteca de Lisboa.

Performance
Poesia da Vida com Vera Furtado
14 Out | 15H | Oficina José Marinho

cinema atlas – traça2023

Documentário de Inês Sapeta Dias e Luísa Homem. 2023, 33’: montado a partir do arquivo de filmes de família da Videoteca
Até aos anos 90 foram raros os arquivos que coleccionaram o cinema amador e os filmes de família e só muito recentemente foram criados os primeiros arquivos exclusivamente dedicados à salvaguarda destes filmes. Esta primeira cartografia introduz esse campo cego da história do cinema. Introduz os termos deste ATLAS, desde logo o “amador” e o modo como se contrapõe ao oficial, e às imagens correctas e regularizadas – não deixando de olhar para os modos como este cinema é influenciado por estas; mas também o próprio “atlas“ enquanto mecanismo de articulação de imagens, uma máquina visual que, pela montagem, permite ver o que está ausente. Ao longo de quatro encontros, conversa-se sobre a estabilização da imagética oficial e sobre o que fica de fora dela. E procura-se perceber de que modo a selecção e as arrumações dos arquivos influenciam a história que está escrita e que outras histórias possíveis estão por contar. É uma cartografia da exclusão.

Cinema
Atlas de um Cinema Amador: cartografia do Descartado
14 Out | 16H | Grupo Excursionista “Os económicos”

cinema alma de bairro – traça2023

Documentário e Conversa com Frank Saalfeld
Alma de Bairro é um projeto que visa documentar a ligação emocional e afetiva dos moradores com o bairro, realçando a sua história e legado patrimonial. O filme revela as histórias do Bairro de Santos ao Rego e de quem lá vive.

Cinema e Conversa
Alma de Bairro
14 Out | 17H | Grupo Excursionista “Os económicos”

oficina Cianotipia – traça2023

O workshop de cianotipia pretende dar a conhecer este processo alternativo de impressão fotográfica que remonta o séc. XIX, bem como capacitar os formandos para executar o processo de forma autónoma. Tendo em conta a simplicidade técnica deste processo, qualquer pessoa que tenha curiosidade ou que pretenda desenvolver mais o seu lado criativo pode participar, sem conhecimentos prévios em fotografia.

Oficina
Cianotipia com Maria Azul
15 Out | 11H | Mercado do Bairro Santos, piso 1

performance 2janeiro- traça2023

A 2 de Janeiro é inaugurada a oficina de José Marinho. Os atores Patrícia Pinheiro e Almeno Gonçalves partem do momento zero deste espaço para uma viagem poética.

Performance Poética
2 de Janeiro com Patrícia Pinheiro e Almeno Gonçalves
15 Out | 15H | Oficina José Marinho

cinema Home, Revised – traça2023

Enquanto tenta fazer um filme que dê sentido a filmes caseiros do seu país natal, Portugal, uma cineasta no início de carreira fala com outros cineastas na esperança de compreender o que é preciso para fazer cinema a partir de imagens de arquivo. O resultado: uma viagem pela iconografia da vida privada de um país, preso entre a ditadura e a democracia, e uma reflexão sobre o poder e a responsabilidade dos cineastas que constroem as suas histórias a partir das histórias dos outros.

Cinema
Home, Revised por Inês Pedrosa e Melo. 2022, 28’
15 Out | 16H | Avenidas, um Teatro em cada Bairro

apresentação “Amateurs in Lisbon” e “Déjà-vu” – traça2023

Amateurs in Lisbon e Dejá-Vu são dois protótipos de documentários web interativos na medida em que permitem ao utilizador poder navegar entre os conteúdos.
Ambos questionam como os filmes amadores e caseiros veiculam o sentir falta de algo ou alguém, a Saudade. Esta é entendida tanto como um sentimento de perda e ausência, como um impulso para recompor fragmentos de vidas passadas, a fim de dar sentido ao presente e traçar caminhos futuros.
Baseiam-se nos filmes feitos em 1975, em Lisboa, pelo Senhor José António Correia País, nascido em Verdelhos em 1953 e falecido em 2014. Bancário de profissão, o Senhor José António cultivou paralelamente a sua vocação poética e jornalística e gostava de fotografia e cinema. Mas enquanto Amateurs in Lisbon se centra nas múltiplas camadas e histórias que podem emergir da história da colleção e entrelaçar-se no âmbito do projeto Traça do Arquivo Municipal Videoteca de Lisboa, Déjà-vu centra-se mais nas possibilidades de recombinação do material encontrado e na polifonia de vozes interiores que surgem.
Reminiscências e coincidências pontuam o ritmo do tempo, enquanto nos perguntamos: o que vale a pena recordar e viver?

Apresentação
“Amateurs in Lisbon” e “Déjà-vu” por Arianna Mencaroni
15 Out | 16H30 | Avenidas, um Teatro em cada Bairro

 

A Traça irá terminar em grande e deixar saudades, a cada dia, com concertos únicos e dança

Concerto

Sampladélicos

13 Out | 22H | Avenidas, um Teatro em cada Bairro

Concerto

Noiserv

14 Out | 21H30 | Grupo Excursionista “Os económicos”

Performance

Já Passou Por Aqui por Laísa Craveiro, Vivi

15 Out | 19H | Oficina José Marinho

O músico Sílvio Rosado e o documentarista Tiago Pereira criam perfomances audiovisuais a partir das gravações de práticas musicais ou ambientes sonoros de um determinado local.

Constroem, por um lado, um arquivo vivo de documentos sonoros identitários locais que podem ser consultados, mantendo vivas as memórias, e, por outro lado, promovem a desconstrução desse mesmo arquivo e memória, permitindo que a comunidade se reveja e questione, ao mesmo tempo que pode dançar a memória ou seguir uma história. Neste concerto partem e trabalham em cima do arquivo de filmes de família da Videoteca de Lisboa.

Criado em meados de 2005 pelo músico David Santos, noiserv é considerado um dos mais criativos e estimulantes projetos musicais de Portugal na última década.

O “homem-orquestra” ou a “banda de um homem só”, conta com quatro discos e dois EPs. O disco “One Hundred miles from thoughtlessness” [2008], o EP “A day in the day of the days” [2010] e “Almost Visible Orchestra” [2013], distinguido como melhor disco do ano pela SPA, foram os 3 primeiros registos.

Em 2014, edita o seu primeiro registo ao vivo, um DVD com o título “Everything should be perfect even if no one’s there”.

Com mais de 4 centenas de concertos por Portugal e resto do Mundo e, ainda, colaborações em Teatro e Cinema, em 2015 acontece a internacionalização mais séria com a reedição do álbum “Almost Visible Orchestra” através da editora francesa Naive, casa mãe de M83, Yann Tiersen, entre outros.

2016 é ano para mais um lançamento, 00:00:00:00, uma reflexão intimista ao piano. Em 2018 compôs a música original para a nova imagem da RTP1, e terminou a banda sonora para o documentário “Labirinto da Saudade”, distinguido como melhor documentário nos Prémios Sophia.

Mais do que um espetáculo, uma experiência. Quem conhece o Bairro do Rego irá reviver a sua história, deparando-se com referências do seu quotidiano e prestando homenagem ao lugar que os recebeu.

Para quem este não lhe é familiar, poderá provar o gosto do acolhimento, característico do bairro, que muitos já sentiram e ainda sentem.

Equipa de criação:

Director geral – Rogério Santana
Intérpretes (bailarinas/actrizes) – Laísa Craveiro e Vivi Monteiro
Músico cénico – Dhy di Paula

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