Este domingo, dia 27 de março, é Dia Mundial do Teatro. Para assinalar a efeméride, o Teatro Nacional D. Maria II está a promover uma programação especial, presencial e online.
Desde dia 20 e até dia 27 de março está disponível para visualização, na Sala Online, a peça A importância da História, de Thomas Bernhard. A história retrata a ocasião em que “milhares de austríacos aclamavam Adolf Hitler na Heldenplatz, em Viena, celebrando a Anschluss, a anexação da Áustria pela Alemanha nazi”, a 15 de março de 1938. A trama estreou meio século depois, a 4 de novembro de 1988, para assinalar o centenário do histórico teatro vienense, Burgtheater, bem como os 50 anos da anexação.
Além deste espetáculo, a Sala Virtual tem ainda disponível o podcast de “escrita do avesso” Bastidores de Antígona. Na sinopse descreve-se “uma escrita em estado de grande confusão e alteração”. “Em cena, lê-se Antígona de Sófocles para uma plateia vazia. O público está nos bastidores, lugar habitualmente vedado. Aí, em vez do clássico de Sófocles, escuta um novo texto destinado ao interior, mas que foi virado para fora por Gonçalo Alegria, Maria Gil, Miguel Sopas e Tânia Guerreiro. Esta é uma leitura encenada gravada em formato podcast com música original de Miguel Bonneville”.
Como desde o início da pandemia não era assinalado o Dia Mundial do Teatro de forma presencial, dia 26, na Sala Garrett, tem lugar uma falação integral d’Os Lusíadas (Os Lusíadas como nunca os ouviu), com entrada livre. “Nesta epopeia, através da qual nos guiará a memória de António Fonseca, é contada uma grande história da vida, uma metáfora da nossa condição de seres históricos, em qualquer sítio, em qualquer contexto cultural, em qualquer tempo”, conforme descrito. O espetáculo começa às 10h e termina às 24h, e vai contar com mais de 100 pessoas em palco.
Na Sala Estúdio estará em cena, no dia 27, o espetáculo Esta é a minha história de amor, de André Amálio e Tereza Havlíčková / Hotel Europa. Neste espetáculo de teatro documental, pessoas reais contam as suas histórias de luta contra o fascismo e o colonialismo português.
“Esta é a minha história de amor olha para o passado recente de resistência, focando a atenção no amor e nas relações amorosas que nasceram no seio destas lutas. Como é que estas relações foram capazes de sobreviver à perseguição do Estado Novo? E como é que, ao mesmo tempo, estiveram na base da sustentabilidade de combates políticos e militares?”, de acordo com a sinopse.
A entrada é livre, estando sujeita à limitação do espaço.