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70º aniversário do Metro de Lisboa dá palco a 5 artistas portugueses

Todos os dias damos aquele primeiro passo. Por vezes devagar, outra vezes vigoroso, muitas vezes…

Texto de Gerador

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Todos os dias damos aquele primeiro passo. Por vezes devagar, outra vezes vigoroso, muitas vezes rude e por vezes gracioso. Não importa! A verdade é que todos os dias damos aquele passo, nem que seja para sair da cama, que vai acabar por desencadear uma sucessão de acontecimentos que, quem sabe, podem mudar a nossa vida e a daqueles que nos rodeiam.

Há 70 anos, o Metropolitano de Lisboa dava o seu primeiro passo ao constituir-se como uma sociedade (mesmo só começando a funcionar realmente cinco anos depois) e, passados todos estes anos, o metro cobre mais de metade da cidade de Lisboa, também sendo usufruído pelas populações de Odivelas, da Amadora. Todos os dias milhares de pessoas (homens ou mulheres, velhos ou novos, portugueses ou estrangeiros) usam este transporte, que é o mais rápido da cidade, para fazer as suas vidas. A verdade é que o metropolitano mudou muito desde 1948, tal como a própria cidade.

E tal como o metropolitano fez, Carlota Rodrigues, Marta Ferreira, Maria Imaginário, Joana Imaginário e Catarina Munhá escolheram o dia 26 de Janeiro (só que de 2018) para darem os seus primeiros passos para ajudarem a mudar, mais um pouco, a cidade de Lisboa. E assim mudaram o habitual funcionamento das estações de metro, que durante os 365 dias do ano são meros locais de passagem, de partidas e chegadas onde o aviso de fecho de portas e a chegada das composições pontuam o som ambiente, só que no dia de aniversário do metro as coisas foram bem diferentes.

A Alameda, São Sebastião, o Marquês de Pombal, a Baixa-Chiado e o Cais do Sodré foram as estações escolhidas para receberem as actividades programadas pelo Metropolitano de Lisboa e pelo Gerador. Das 10:00 às 20:00 do dia 26 de Janeiro, a música, a dança, o cinema, a fotografia e a arte urbana deram ainda mais vida a estas estações.

Maria Imaginário na estação de metro do Marquês de Pombal

Maria Imaginário na estação de metro do Marquês de Pombal

Imagine ao sair do comboio, ou acabar de entrar na estação, ouvir música ao longe e, de repente, deparar-se com um conjunto de bailarinos a dançar. Foi o que aconteceu na estação da Alameda perante o olhar curioso dos utentes que fizeram questão de parar um pouco as suas tarefas da manhã e assistir a uma performance de dança contemporânea.

Performance de Carlota Rodrigues na estação de metro da Alameda.

Performance de Carlota Rodrigues na estação de metro da Alameda.

A música continuou, já da parte da tarde, no Cais do Sodré a actuação de Catarina Munhá, que alegrou, ainda mais, a concorrida estação com a sua melodiosa e apaixonante voz.

A estação da Baixa-Chiado recebeu a exposição fotográfica de Marta Ferreira. Num vasto e descritivo conjunto fotográfico, a instagrammer (@martanferreira) vai, através da imagem, "reflectir" sobre vários assuntos relevantes, como é o amor, a individualidade ou a cidade.

Exposição de Fotografia de Marta Ferreira na estação de metro da Baixa-Chiado.

Exposição de Fotografia de Marta Ferreira na estação de metro da Baixa-Chiado.

Uma alegoria à cidade e à imaginação foi o que Joana Imaginário apresentou na sua curta-metragem de animação que esteve a ser mostrada em loop das 15:00 às 16:00 na estação de S.Sebastião, perto da entrada para a linha vermelha.

As actividades programadas pela iniciativa "O Primeiro Passo" terminaram com Maria Imaginário que, no meio do Marquês de Pombal, pintou uma tela branca onde demonstrou o seu amor pela cidade e que, tal como o metropolitano fez há 70 anos, basta ter iniciativa, dar aquele primeiro passo decisivo e deixar fazer as coisas acontecer.

Reportagem de Filipa Godinho.

Fotografia de Carla Rosado.

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