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Da produção da cal a Musica Florea, festival Terras Sem Sombra conta a história de Beja

Nos dias 7 e 8 de agosto, o Festival Terras sem Sombra pousa em Beja…

Texto de Patrícia Nogueira

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Nos dias 7 e 8 de agosto, o Festival Terras sem Sombra pousa em Beja para um concerto da orquestra de câmara Musica Florea, uma panorâmica da história da cidade a partir do castelo, e uma ação de sensibilização para a salvaguarda da produção artesanal da cal, na freguesia de Trigaches.

A descoberta de Beja começa pelo castelo às 15h. O Festival Terras sem Sombra sugere um olhar atento ao castelo de Beja, sob a orientação de José António Falcão, historiador de arte que investiga, há longos anos, o património artístico da cidade. O castelo de Beja, é uma fortaleza gótica, cuja construção teve início no século XIII, após a conquista cristã, prolongando-se pelos séculos XIV e, possivelmente, XV. A imponente torre de menagem, com quase 40 metros de altura, é considerada como uma obra-prima da arquitetura militar gótica europeia e é, talvez, o mais emblemático monumento pacense. Pelas 20h, o Teatro Pax Julia recebe um concerto único em Portugal: a orquestra de câmara Musica Florea, e a soprano Anna Hlavenková, sob a direcção musical de Marek Štrynclum, que trazem “Deus, Pátria, Rei: A Música da Era Barroca em Praga”.

Juan Ángel Vela del Campo – director artístico do Festival Terras sem Sombra – destaca a música checa e sublinha a excecionalidade de uma iniciativa que apresenta “autores tão carismáticos como Jan Josef Ignác Brentner, Antonín Reichenauer ou o grande Jan Dimas Zelenka, sem esquecer o anónimo autor da Cantata per ogni tempo, exumada do arquivo da catedral praguense, ou o cúmplice piscar de olhos, ainda que não houvesse nascido na Chéquia, ao mesmíssimo Georg Friedrich Händel, pela influência exercida aí onde se executassem as suas magnas obras em solo checo.”

Ensemble Musica Florea


No dia 8, pelas 9h30, o Festival prossegue na freguesia de Trigaches, onde está ainda viva a velha tradição de fabrico da cal em fornos, pela voz da técnica municipal e investigadora Maria Goreti Margalha. O fabrico faz-se através do aproveitamento dos resíduos do mármore do mesmo nome, material que abunda na zona e tem alimentado a construção da cidade e da região de Beja ao longo dos tempos. O objetivo da iniciativa é dar a conhecer uma prática ancestral e sensibilizar para a salvaguarda de um produto alentejano de excelência.

O próximo destino do festival Terras sem Sombra é Sines, de 21 a 22 de Agosto, onde terá lugar o concerto dos checos do Clarinet Factory, um quarteto de clarinetistas que se move nas fronteiras entre a música clássica e a contemporânea, o jazz, a world music, a música electrónica e os projetos interdisciplinares de marcado carácter inovador. A 17.ª temporada do Festival prossegue em Ferreira do Alentejo (4 e 5 de Setembro), Viana do Alentejo (11 e 12 de Setembro) e Odemira (18 e 19 de Setembro).

Texto por Patrícia Nogueira
Fotografia de M.Světlík

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