A Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa começa hoje, em formato 'online', pelo segundo ano consecutivo, devido às restrições da pandemia. O evento conta com a presença de 32 galerias, 11 delas portuguesas, que apresentarão peças exclusivas para as quais serão realizadas visitas privadas com colecionadores, segundo fonte da organização.
De Portugal, participam a Galeria 3+1 Arte Contemporânea, a Balcony, Bruno Murias, Cristina Guerra Contemporary Art, Miguel Nabinho, Monitor, Pedro Cera, No No, Vera Cortês, todas de Lisboa, e ainda a Presença e a Quadrado Azul, ambas do Porto.
Participam também, de Espanha, 13 galerias: Pelaires (Palma de Maiorca), Sabrina Amrani (Madrid), ATM (Gijón), Fran Reus (Palma de Maiorca), Silvestre (Madrid), Angeles Banos (Badajoz), Carreras Mugica (Bilbao), Heinrich Ehrhardt (Madrid), Helga de Alvear (Madrid), Jose de la Mano (Madrid), Leandro Navarro (Madrid), Leyendecker (Santa Cruz de Tenerife) e Marlborough (Madrid).
De Angola, estará "This is Not a White Cube", com sede em Luanda, e, ainda do continente africano, a Afriart Gallery, de Kampala (Uganda), a Everard Read, da Cidade do Cabo (África do Sul), e a Africarty, de Casablanca (Marrocos).
Além destas, astarão também presentes as galerias Daniel Faria, de Toronto (Canadá), Felix Frachon, de Bruxelas (Bélgica), a Greengrassi, de Londres (Reino Unido), e a Krinzinger, de Viena (Áustria).
Estava previsto este certame decorrer de 16 a 19 de setembro, na Doca de Pedrouços mas, devido às incertezas da evolução da pandemia, a organização acabou por decidir, em meados de julho, que deveria decorrer apenas em formato digital.
Contactada pela agência Lusa, fonte da IFEMA (Feiras de Madrid), que organiza a ARCOlisboa com a Câmara Municipal de Lisboa, indicou que o certame dedicado à arte contemporânea, da capital portuguesa, decorrerá entre 13 e 19 de setembro, através da plataforma ARCO E-xhibitions.
Pedro Cera, membro do comité organizador da ARCOlisboa, indicou que a feira estará de regresso em formato presencial em 2022, de 18 a 22 de maio, na Cordoaria Nacional, onde já teve outras edições.
Questionado sobre o eventual impacto negativo da ausência presencial no certame, pelo segundo ano seguido, Pedro Cera disse não achar "que a feira vá ser afetada por não ter acontecido dois anos consecutivos fisicamente. No geral, todas as feiras pelo mundo fora vão sofrer alguma coisa, mas será um processo, estão a retomar".
"Não vamos voltar a 2019 imediatamente, vamos ter um processo, e as feiras vão retomar num ponto diferente daquele em que pararam”, reiterou o galerista, recordando que “Basileia vai acontecer agora, em setembro, mas é evidente que há muitos colecionadores de várias partes do mundo, com restrições de viagens, nomeadamente americanos, que não vão poder viajar, porque a variante Delta não está completamente controlada”.
Sobre a crescente atividade 'online' das galerias de arte e feiras do setor, um pouco por todo o mundo, Pedro Cera comentou que, "até ao início da pandemia, o formato digital estava presente de uma forma muito acessória, e hoje já ganhou a sua autonomia, consolidou-se, e não se antevê que venha a diminuir de importância no pós-pandemia".