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Serra da Estrela necessita de medidas “imediatas” e com “visão a longo prazo”, diz Rewilding Portugal

Organização alerta para a necessidade de intervir de forma rápida para minimizar impactos ambientais dos incêndios de agosto

Texto de Sofia Craveiro

Fotografia de Steven Kamenar via Unsplash

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Para recuperar a serra da Estrela e evitar que incêndios catastróficos “se repitam”, a Rewilding Portugal, uma organização privada sem fins lucrativos, com sede na Guarda, apresentou uma proposta com intervenções a curto, médio e longo prazo.

Em comunicado enviado ao GERADOR, esta entidade sublinha que “os incêndios estivais deste ano foram de uma gravidade sem precedentes e tiveram severos impactos nos ecossistemas da serra, o que levará a uma perda substancial do capital natural da região, se nada for feito de imediato e com uma visão a longo prazo”. Neste sentido, a Rewilding “apoia que se crie uma paisagem mais resiliente ao fogo, mais funcional do ponto de vista dos ecossistemas, e mais biodiversa e abundante em fauna e flora”.

A associação enviou, por isso, uma proposta de medidas de restauro ecológico urgentes a vários atores-chave do território, nomeadamente as autarquias da região, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e a Agência Portuguesa do Ambiente.

No documento aconselha-se levar a cabo, até ao final do ano, “o corte e disposição de madeira morta para construção de paliçadas de prevenção de erosão, nomeadamente em zonas de maior declive, e a realização de sementeiras de emergência para prevenir a erosão dos solos e preservar a fauna sobrevivente”.

É também proposto intervir nas linhas de água afetadas “para estimular o crescimento de vegetação ripícola e acelerar a recuperação destes ecossistemas”, e “melhorar a captação de água na paisagem como prevenção a futuros incêndios, com a construção de pequenas charcas e zonas de alagamento na paisagem”.

Quanto a medidas para implementação a médio e longo prazo (a partir de 2023), a coletividade destacou a manutenção e ampliação da rede de prevenção de incêndios “através do aumento de herbivoria e reintrodução de espécies-chave de herbívoros selvagens e semisselvagens, nomeadamente cavalos (por exemplo de raça Garrana), veado e cabra-montesa e ainda incrementar o número de corços”.

Foi também sugerida a criação de um Plano Integral de Gestão Florestal para a serra da Estrela para a próxima década.

A Rewilding Portugal desaconselha, no entanto, medidas como campanhas de plantação de árvores (alegando que a taxa de insucesso é altamente elevada) e a construção de barragens (dado que estas estruturas têm impactos negativos ambientais, implicam grandes alterações da paisagem e estão dependentes de fluxos de água constante para as abastecer).

A Rewilding Portugal “é o principal parceiro da Rewilding Europe na área de rewilding do Grande Vale do Côa. O seu trabalho, desenvolvido de forma colaborativa, tem como objetivo “tornar Portugal um lugar mais selvagem”, segundo informação disponibilizada na página oficial.

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