A reportagem Aborto Seguro em Portugal venceu a 7ª edição do Prémio de Jornalismo em Saúde na categoria de Jornalismo Digital. A distinção é atribuída pela APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica em parceria com o Clube de Jornalistas e tem como objetivo distinguir e apoiar a qualidade do trabalho jornalístico desenvolvido sobre temáticas de saúde.
Publicada entre abril e maio de 2022, no site e Revista Gerador, a série Aborto Seguro em Portugal, assinada pela jornalista Sofia Craveiro, resulta de um extenso trabalho de pesquisa e recolha de testemunhos que se prolongou por vários meses. A peça teve produção de Martim Campos, ilustrações de Marina Mota, vídeos de David Barata, web design de Carolina Costa e comunicação de Inês Neffe.
Esta reportagem é composta por três partes: 15 anos de uma lei que tirou as mulheres do banco dos réus aborda o caminho percorrido desde as primeiras reivindicações pela despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), nos anos 70, até à mudança da lei, em 2007; a segunda parte, O que mudou desde a despenalização?, parte de testemunhos de 179 mulheres para mostrar as diferenças trazidas pela despenalização da IVG, assim como relatar as assimetrias no acesso, que ainda persistem; a terceira parte, Como e onde se faz?, esclarece as principais dúvidas e mitos em torno da IVG, além de informar sobre os procedimentos inerentes.
Elaborada em formato interativo, a série reúne datas relevantes, acontecimentos, links úteis e relatos áudio e vídeo de alguns dos momentos mais marcantes da luta em prol da escolha das mulheres.
No âmbito do Prémio de Jornalismo em Saúde foi também distinguida, na categoria de imprensa, a reportagem “Foco – A Ciência da Concentração”, de Clara Soares e Alexandra Correia, publicada na Visão. Na categoria de Rádio, foi distinguida a peça “Redução de Danos: Entre a droga e a vida”, de Cláudia Godinho, emitida na Antena 1. Em Televisão, recebeu o prémio a jornalista Mafalda Gameiro, pelo trabalho “Escuta-me, por favor”, transmitido na RTP. O Prémio Temático de Saúde Digital foi atribuído a Paula Fernandes Teixeira, pela reportagem divulgada pela Agência LUSA “’APP’ Auxilia jovens médicos na tomada de decisão e reúne protocolos dispersos”. Já o Prémio Universitário Revelação reconheceu o trabalho de Patrícia Silva e Catarina Magalhães, alunas da Universidade do Minho, na reportagem “Violência obstétrica: Ninguém nos faz o parto, o parto somos nós que o fazemos”. Além destes, o Grande Prémio foi atribuído a Margarida Metello, pelo trabalho “Únicos e Singulares”, transmitido na RTP e o Prémio Carreira reconheceu o percurso da jornalista Paula Rebelo.
O Prémio APIFARMA/ Clube de Jornalistas – Jornalismo em Saúde reúne um total de 23.500 euros a distribuir pelos vencedores das diferentes categorias e resulta de um protocolo assinado entre as duas entidades, em 2016.