"Queremos mostrar o que é a Ilha ao mundo, bem como os seus valores e bairrismo, criando assim um espaço onde cada pessoa possa experienciar o que é ser da Ilha por três dias, e viver momentos de verdadeira festa", partilha a ARCUPS - Associação Recreativa, Cultural e de Promoção Social, que organiza o Ti Milha. O certame retorna, nos próximos dias 21, 22 e 23 de julho, àquela freguesia, situada em Pombal, no distrito de Leiria.
Com dois palcos distintos, esta sexta edição contará, uma vez mais, com bandas e artistas de vários géneros e estilos musicais, incluindo: Bateu Matou, José Pinhal Post-Mortem Experience, Acácia Maior, Quadra, iolanda, Claiana, Sons do Bracejo, Diogo e Mariana, Catarina Branco, The Ema Thomas, Lonely Low Rosa, Dj Phil e Thelma & Louis.
Além dos concertos, a programação conta ainda com várias atividades paralelas, como o MOV’ILHA (uma mostra de curtas-metragens), performances, residências artísticas de desenho, pintura e fotografia, uma oficina de danças europeias, uma sessão de yoga, uma feira de arte, cultura e artigos em segunda mão, ou um workshop sobre plantas com Sofia Manuel, mais conhecida por A Tripeirinha.
"A cereja no topo do bolo é, sem dúvida, o espaço onde o festival acontece, um meio repleto de natureza que é o Parque de Lazer da Ilha, o qual nós tentamos preservar ao máximo", relembra o coletivo ao Gerador, sobre o local onde dominam as árvores, a relva e o lago que atravessa o parque.
Com uma atmosfera intimista e caracterizado pela diversidade musical e cultural, o festival Ti Milha é ainda ambientalmente consciente. Por isso, as bebidas são servidas numa caneca, minimizando os resíduos plásticos e o lixo neste festival.
Para além disso, o evento procura apoiar a cena cultural local, através da "programação diversificada", explica a organização. "Todos os anos procuramos enriquecer o nosso cartaz com projetos locais, desde música, artesanato, fotografia, teatro, workshops e muito mais, proporcionando-lhes uma plataforma para mostrar o seu trabalho". O objetivo é "fortalecer a cena cultural da região e dar visibilidade ao talento local."
De resto, a comunidade é uma parte essencial da realização do Ti Milha. Desde a primeiro edição, diz a ARCUPS, que a iniciativa conta "com a participação ativa e entusiasmada dos ilhenses, que se envolvem na organização, na criação de instalações artísticas, na realização de workshops e na promoção e apoio do evento".
80 % dos patrocínios do festival provêm de empresas locais, bem como todos os voluntários que trabalham ativamente no certame. "Estabelecemos parcerias com associações e entidades locais para garantir a participação da comunidade em diferentes atividades", continua. "E dedicamos também um dia de festival à terra", refere ainda.
Esse dia é domingo. Este ano, no dia 23, tal como em edições anteriores, a entrada no Ti Milhas é gratuita. "É realizado um mega piquenique e contamos com um cartaz mais direcionado a atividades e projetos locais, promovendo as tradições da terra, como o bracejo, o sarau com o rancho, entre outras atividades".












Ti Milha em 2022. Fotografias disponível no Facebook do festival
Nascido em 2016, o Ti Milha é desenvolvido pela ARCUPS, uma associação jovem, cujo trabalho voluntário tem como principal objetivo fazer mais por aquela região do país e as suas pessoas. Sobre as últimas cinco edições, a organização faz "um balanço extremamente positivo".
"O festival cresceu e evoluiu ao longo dos anos. A adesão do público tem sido surpreendente", afirma. "Começámos em 2016, com um total de cerca de 700 pessoas por dia no festival gratuito. Hoje em dia, contamos com cerca de mil a 1 500 pessoas por dia, com três dias de festival pago", é dito. "Além disso, testemunhamos o impacto positivo do festival na comunidade, promovendo a cultura, a arte e a interação social."
Os bilhetes para a sexta edição estão disponíveis na plataforma online 3cket, e toda a programação e informações úteis podem ser consultadas no site oficial timilha.pt.