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Entre Lisboa e Faro, já se vive o “Presente Invisível” na Bienal BoCA

Artes visuais e performativas, música, cinema, debates e workshops dão visibilidade aos temas dos movimentos migratórios, apagamentos históricos, extrativismos e as violências racial e de género. A quarta edição da Bienal de Artes Contemporâneas (BoCA) arrancou no último sábado e prolonga-se até 15 de outubro.

Chatroom © Ana Borralho _ João Galante (criada com a ajuda da plataforma de Inteligência Artificial Midjourney)

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Paul B. Preciado, Agnieszka Polska, Héctor Zamora, Ana Borralho, João Galante, Vera Mantero, Gabriel Chaile, Orquestra do Algarve, João dos Santos Martins, Ana Jotta, Joana Sá e Filipe Pereira e Marina Herlop são alguns dos artistas que integram a edição de 2023 da bienal.

A bienal passará por 32 espaços culturais, patrimoniais e verdes das cidades de Lisboa e de Faro, entre teatros, museus, centros culturais, espaços patrimoniais, naturais e discotecas, com projetos que serão apresentados apenas numa das cidades e outros que circulam pelos dois territórios.

Ao todo, são mais de 30 artistas e pensadores que, ao longo de seis semanas, vão apresentar maioritariamente novas criações encomendadas, produzidas ou co-produzidas pela BoCA, em torno do tema "Presente Invisível".

Constantemente atento ao atual panorama cultural, artístico, social e político, o diretor artístico John Romão expressa o desejo de "trazer visibilidade a assuntos vivos que não são vistos, seja por constrangimentos sociais, políticos, culturais, económicos, legais ou tecnológicos ou ignorando deliberadamente a existência de outros, de validar identidades que habitam as margens." Com esta aspiração, o programa deste ano investiga questões relacionadas com a crise migratória ou a identidade de género, afirmando a presença física daquilo que normalmente não se vê.

"Habitamos um presente caraterizado pela vertigem da velocidade, ela própria geradora de invisibilidades que permitem ao nosso olhar um desprendimento do humano, ou seja, a possibilidade de ignorar a liberdade, a justiça e a igualdade. Aquilo que só é visível se nos permitirmos ver e cuidar, comprometidos com o presente", é explicado ainda no site oficial do evento.

As criações vão abordar temas como os movimentos migratórios, apagamentos históricos, extrativismos e as violências racial e de género.

Vinte estreias mundiais, dez estreias nacionais e outros dez projetos já estreados e que se encontram em diálogo com a restante programação são, de resto, alguns dos números desta edição, que acontece em 32 espaços de apresentação, espalhados por duas cidades portuguesas.

A artista visual e realizadora polaca Agnieszka Polska vai estrear-se no teatro com “The Talking Car" ["O Carro Falante", em português], com um elenco composto por Albano Jerónimo, Bartosz Bielenia, Íris Cayate, Aaron Ronelle e Vera Mantero.

O mexicano Héctor Zamora, inspirado por um dos ofícios mais antigos do seu país, os globeros – vendedores de balões coloridos – apresenta a ação performativa “Quimera”, com pessoas migrantes a vender volumosos conjuntos de balões que formam palavras que aludem à crise e à migração.

O cartaz inclui também as duas primeiras incursões do filósofo Paul B. Preciado no palco e no cinema, com o texto “Eu Sou o Monstro que vos Fala”, pela voz de um grupo de cinco intérpretes transgénero e não binários, e o filme “Orlando, a minha biografia política”, adaptação da obra de Virginia Wolf.

Três propostas do realizador e encenador Marcus Lindeen, sobre identidade e mudança de género, a apresentação do saxofonista Benkik Giske e do bailarino Romeu Runa, e a primeira ópera do músico e artista visual Pedro Alves Sousa são outras das propostas.

Para ver há ainda o concerto “Pripyat” de Marina Herlop, que cruza música, performance e artes visuais a partir de um poema de Mário Cesariny, a instalação do artista argentino Gabriel Chaile em homenagem a Alcindo Monteiro, assassinado em 1995 em Lisboa, e o espetáculo “SPAfrica”, de Julian Hetzel e Ntando Cele.

A bienal conta também quatro workshops, entre dança e performance (com a coreógrafa brasileira Gaya de Medeiros ou a uruguaia Tamara Cubas), artes performativas e teatro (com a artista multidisciplinar Ntando Cele) e artes sonoras (com o saxofonista e artista multimédia Pedro Alves Sousa), e ainda cinco debates. Toda a informação, programa completo, datas, horários e bilheteiras está disponível aqui.

A BoCA conta com financiamento do Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Faro, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Millennium Bcp, e com as parcerias de MaisFRANÇA / Institut Français du Portugal, Festival Queer Lisboa, FLAD ou Goethe Institut Lisboa.

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