João Laia foi recentemente anunciado como o próximo curador-chefe do Museu de Arte Contemporânea Kiasma, em Helsínquia. A desempenhar funções desde o dia 3 de junho, o curador português sucede Marja Sakari, juntando-se ao diretor do museu, Leevi Haapala, na programação.
Até há apenas um mês, João Laia era um nome que rapidamente se associava à ARCOlisboa. Responsável pela secção Opening, destinada a jovens galerias, parte agora para Helsínquia após ter sido selecionado num concurso internacional lançado em Dezembro.
Num texto disponível no e-flux, o diretor do Kiasma refere-se a João Laia como “um curador de exposições temáticas, de filmes e de artes performativas com uma importante rede de contactos” e “um visionário”. No mesmo site, Laia diz que está “muito entusiasmado” para se juntar “ao Kiasma como curador-chefe de exposições temporárias” e que mal pode esperar “por apresentar trabalho desafiante, experimental e poético”.
Em Portugal mas também lá fora, as exposições com curadoria assinada por si foram passando por instituições e espaços independentes, de Lisboa a Londres, Estocolmo a Moscovo. O contacto com os públicos — que podem ser mais ou menos especializados — foi também sendo alimentado através de artigos em publicações como a Frieze e a Mousse, com contribuições destacadas no texto de Leevi Haapala para o e-flux.
Com um caminho feito entre a arte contemporânea e o cinema, João Laia estudou cinema no King’s College, em Londres, e Curadoria Cinematográfica no London Consortium. Entre 2012 e 2013 integrou o CuratorLab, em Estocolmo, seguindo-se uma residência artística na Fondazione Sandretto Re Rebaudengo, em Turim.
Encontra-se patente até 1 de setembro a exposição que inaugurou recentemente com a sua curadoria — “Ponto de Fuga” — na Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria, a partir de obras da coleção António Cachola. Podes saber mais informações sobre esta exposição, aqui.