fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

“Esplendor” do Traje à Vianesa marca feira centenária que antecede Romaria d’Agonia

O “esplendor” dos típicos e garridos trajes à Vianesa, os primeiros do país a conseguir…

Texto de Lusa

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

O "esplendor" dos típicos e garridos trajes à Vianesa, os primeiros do país a conseguir a certificação, estão em destaque, em Viana do Castelo, na Feira de Artesanato e Manualidades, mostra centenária que antecede a Romaria d'Agonia.

"É uma feira que mostra todo o esplendor do Traje à Vianesa e as múltiplas aplicações que o bordado de Viana pode ter, desde as criações tradicionais às contemporâneas", afirmou no dia 1 de agosto, o presidente da Comissão de Festas d'Agonia, António Cruz, contactado pela agência Lusa.

O traje assume-se como um símbolo tradicional da região, nas suas várias formas, consoante a ocasião e o estatuto da mulher. Em linho e com várias cores características, onde sobressai o vermelho e o preto, era utilizado pelas raparigas das aldeias em redor da cidade de Viana do Castelo.

As características deste traje, como o seu colorido e a profusão de elementos decorativos, permitem identificar facilmente a região de origem, no concelho, motivo pelo qual se transformou, segundo os especialistas, "num símbolo da identidade local".

A certificação do traje à Vianesa, com origem no século XIX, foi publicada em Diário da República no final de 2016.

Em agosto de 2018, o início da confeção do Traje à Vianesa, de acordo com o Caderno de Especificações, foi assinalado com a apresentação pública dos primeiros cinco exemplares de Areosa, Afife, Santa Marta de Portuzelo, Geraz do Lima e o traje azul-escuro mais conhecido como o de Dó, que ostentam a etiqueta de certificação.

Em agosto de 2017, o presidente da Câmara, José Maria Costa, anunciou a intenção de candidatar o Traje à Vianesa a Património Nacional, classificação que justificou com a "autenticidade, beleza e simbolismo" do primeiro traje certificado do país.

A XVIII edição da Feira de Artesanato e Manualidades, que decorre a partir de sábado e até 20 de agosto, mas que já se realiza desde 1917, conta com a presença de "mais de 80 artesãos, a maioria do concelho de Viana do Castelo e alguns a trabalhar ao vivo", ocupando 350 metros de extensão do corredor natural do jardim marginal da capital do Alto Minho.

Numa nota hoje enviada à imprensa, a VianaFestas, entidade que organiza a Romaria D'Agonia, adiantou que o certame conta, este ano, "com setores especificamente dedicados ao artesanato local e ao artesanato nacional e a gastronomia".

"Há uma seleção rigorosa e por isso, nos últimos anos, há também uma procura, por parte dos expositores, mais cuidada", explicou António Cruz, citado naquela nota.

O certame, organizado em colaboração com o MAOS - Movimento de Artes e Ofícios e com apoio da Câmara Municipal, cuja inauguração está marcada para sábado, pelas 16:30, conta com "um programa próprio, com animação e música tradicional, rusgas e grupos folclóricos, e insere-se no calendário oficial das festas da cidade".

Em 2019, as festas decorrem de 16 a 20 de agosto, com um orçamento de 599.686 euros.

Este ano, devido ao calendário, a festa prolonga-se por cinco dias com quatro noites de fogo-de-artifício, o cortejo histórico-etnográfico, a procissão solene em honra de Nossa Senhora d'Agonia, e a tradicional procissão ao mar e ao rio.

Outra das novidades prende-se com a mudança, para a manhã do primeiro dia de festa, dos cumprimentos das mordomas às autoridades.

O desfile das mulheres trajadas pelas principais ruas da cidade irá realizar-se, pelo segundo ano, à tarde, "conferindo maior dinamismo ao desfile e rigor ao momento dos cumprimentos".

O par de dançarinos de folclore que, em 1959, deu o rosto ao primeiro cartaz ilustrado com fotografia da Romaria d'Agonia, em Viana do Castelo, preside, este ano, à comissão de honra das festas.

A presidência da comissão de honra da Romaria d'Agonia é uma função que, por inerência, cabe ao presidente da Câmara de Viana do Castelo, mas que há mais de duas décadas é delegada em figuras que "contribuem para a promoção do concelho e das festas".

A fadista Amália Rodrigues, o antigo embaixador Francisco Seixas da Costa, a artista plástica Joana Vasconcelos e o presidente da Casa do Minho do Rio de Janeiro Agostinho dos Santos, entre outros, já desempenharam aquelas funções.

Salomé Silva, de 25 anos, psicóloga, é este ano o rosto do cartaz da festa, da autoria da designer Ana Rocha, selecionado pelo júri, entre um total de 81 propostas, no âmbito do habitual concurso público lançado pela VianaFestas, entidade que organiza a romaria da capital do Alto Minho.

Os 81 cartazes vão estar expostos, no posto de informação da Romaria d'Agonia que também abre portas no sábado, nos antigos Paços do Concelho.

Texto de Lusa
Fotografia de ©VianaFestas

Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

4 Julho 2025

Tempos Livres. Iniciativas culturais pelo país que vale a pena espreitar

3 Julho 2025

Horizontes Vivos: vem refletir sobre ética e direitos de autor no jornalismo

2 Julho 2025

Não há liberdade pelo consumo e pelas redes sociais

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

1 Julho 2025

Post/Zeigeist: vamos falar sobre o significado da vida, envelhecimento e morte?

30 Junho 2025

Desejar: como os desejos de uma cidade se transformaram em festival

27 Junho 2025

Tempos Livres. Iniciativas culturais pelo país que vale a pena espreitar

26 Junho 2025

Dar uma volta com Iúri Oliveira

26 Junho 2025

Subscritores do Gerador com 20% de desconto no festival de cinema Curtas Vila do Conde

25 Junho 2025

Gaza Perante a História

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Patrimónios Contestados [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Escrita para intérpretes e criadores [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Viver, trabalhar e investir no interior

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Gestão de livrarias independentes e produção de eventos literários [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Introdução à Produção Musical para Audiovisuais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Iniciação ao vídeo – filma, corta e edita [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Artes Performativas: Estratégias de venda e comunicação de um projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

12 MAIO 2025

Ativismo climático sob julgamento: repressão legal desafia protestos na Europa e em Portugal

Nos últimos anos, observa-se na Europa uma tendência crescente de criminalização do ativismo climático, com autoridades a recorrerem a novas leis e processos judiciais para travar protestos ambientais​. Portugal não está imune a este fenómeno: de ações simbólicas nas ruas de Lisboa a bloqueios de infraestruturas, vários ativistas climáticos portugueses enfrentaram detenções e acusações formais – incluindo multas pesadas – por exercerem o direito à manifestação.

Shopping cart0
There are no products in the cart!
Continue shopping
0