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“A ideia da Poets & Painters é a complementaridade entre duas disciplinas”

“Um poema pode ser visto”. Este é o mote da Poets & Painters, editora independente…

Texto de Sofia Craveiro

Pedro Pires. Fotografia de Diana Mendes

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“Um poema pode ser visto”. Este é o mote da Poets & Painters, editora independente que alia design e texto poético, pondo-os em pé de igualdade sem que compitam entre si. Idealizada pelo criativo Pedro Pires (que é cronista do Gerador) e pelos designers José Carlos Mendes e Diogo Potes, propõe-se lançar edições “pensadas e desenhadas com sentido de artefacto”, assinadas “por autores que se juntam a autores pelo prazer de criarem juntos”. Uma descrição que facilmente se adapta à primeira obra, à venda no site do coletivo: Os Pés Não Têm Céu.

Mais do que literatura, o livro de poemas de Pedro Pires desenhado por José Carlos Mendes – que prestam contas nesta entrevista – apresenta-se como uma experiência visual e sensorial, passível de experimentar até pelo toque. No fim de contas, o resultado é múltiplo, mas harmonioso. “O design não fica à frente do texto. Acho que é um fator de atração primário”, explica Pedro Pires.

Até ver, a editora faz tenções de lançar apenas obras com assinatura interna, ainda que não esteja de lado a possibilidade de colaborar com outros nomes. Até que os planos se alterem, os autores dedicam-se já ao próximo livro, que deverá chegar “pela altura do Natal”.


Gerador (G.) – A Poets & Painters alia texto poético ao design. Como surgiu a ideia de começar uma editora que juntasse estas duas vertentes?

Pedro Pires (P.P.) – Surge um bocadinho da realidade do nosso dia a dia. Nós trabalhamos em design. É isso que fazemos. Eu venho do lado da escrita, sou copywriter, estratega, e o José [Carlos Mendes] é designer. De ambos os lados existe, na verdade, o amor pelo elemento da letra, o elemento tipográfico.

Por um lado, eu escrevo e, portanto, tenho uma ligação natural com as palavras e aprendi, ao longo destes anos todos, a apreciar a questão da tipografia, que é algo que quem não vem do universo do design, num primeiro momento. Não se percebe a relevância e a importância que isso tem em tudo – em tudo que é design, construção de marcas, etc. – e que depois tem, na verdade, na componente estética geral daquilo que se faz em termos visuais. Normalmente, a tipografia tem um papel predominante do ponto de vista daquilo que nós percebemos e vemos, de interpretação, de memória, até de identificação de determinado tipo de tendência estética ou de contexto. Nós sabemos que existem determinados tipos de infografias que são utilizadas para nos avisar de coisas na estrada e há outras que são usadas para outras finalidades. E essa é uma aprendizagem que eu fui tendo em contacto com pessoas como o José. A Poets & Painters surge disso. Surge de eu escrever e de as pessoas que trabalham comigo fazerem muito trabalho tipográfico. Surge dessa cumplicidade, basicamente.

G. – José, como foi aliar o seu trabalho gráfico a esta componente, de texto poético?

José Carlos Mendes (J. C. M.) – É uma coisa muito normal. Esta ideia que o PP [Pedro Pires] estava a explicar, basicamente, nasce dele, de uma conversa de ateliê, em que ele a apresenta, a mim e ao Diogo Potes, quando estamos os três na mesma sala.

Isto que eu fiz aqui, tanto eu como o Diogo, já o fazemos em quase todos os projetos. Nós quase desenhamos tipos de letra [diferentes] para cada um dos projetos que fazemos, porque a identidade visual nasce a partir daí e é quase um método de trabalho que temos. Por isso, acabou por ser uma coisa muito natural, estar a fazer este projeto. O problema foi o equilíbrio, [o saber] “até onde é que eu vou?” dentro do livro. Essa foi a questão que eu tive.

Livro "Os Pés Não Têm Céu". Fotografia de José Pando Lucas
G. – De que forma interpretou concretamente os versos, os poemas que estão? Há algum elemento em particular que tenha querido destacar?

J. C. M.– Essa era a questão de que eu estava a falar. Tive de arranjar um limite.

A primeira coisa que o Pedro queria era que eu fosse coautor do livro, com ele. Ele fazia a parte do texto e eu faria a parte de design, que, para mim, precisava de muito mais tempo. Interpretei isto como um projeto de design que tem uma grelha e desenhei um tipo de letra. Não havia tempo suficiente para tratar todos os textos como eu queria. Então, eu escolhi alguns, aflorei-os mais, nas narrativas com o texto dele, mas fiquei nesse fringe. Não é total, mas consegui ter uma identidade visual.

A coisa mais importante neste projeto, da minha parte, se olhares para o tipo de letra que foi desenhado – a que eu chamei 26 céus, que são os 26 carateres do alfabeto – tem um pouco que ver com isso. Tem algumas histórias.

Tens um ciclo, como um céu – é o símbolo, daí os 26 céus – e depois tens uma espécie de narrativas visuais com esse círculo em alguns dos textos dele. Essa tipografia que foi desenhada é o cerne gráfico do livro, é o esqueleto, mas depois, na capa, tens uma brincadeira minha com o título dele, que é aquela fotografia que tu vês. Ela foi captada a olhar para os pés. É uma mancha no chão e que eu consegui, ao olhar para baixo, ver um céu. Ao olhar para ela, faz-se aquele exercício normal que o ser humano faz, de procurar o outro, em alguma forma qualquer. Vi ali uma cara, mas o facto de lhe por aquele círculo - que é, para mim, a chave gráfica do livro todo - torna se uma pessoa, tem aquela condição. Há uma brincadeira com os textos do PP aí.

Capa do livro "Os Pés Não Têm Céu". Fotografia via website oficial

P. P. Na verdade, por um lado, existe essa questão de haver um limite, não só à intervenção dele – por causa da questão do tempo –, mas depois à questão da legibilidade, que é outro elemento que existe. Porque os textos são escritos para serem, de alguma forma, lidos e, portanto, ele teve de equilibrar um bocadinho isso. Mas o exercício que faz, do ponto de vista tipográfico, nos títulos, todos estes elementos que ele está a falar, são, na verdade, uma abordagem poética, mas em design. Ou seja, na verdade, aquilo poderia ser dado a muitas interpretações, como ele acabou de explicar. E acho que o mais interessante aqui – embora ele não tenha explorado graficamente, fazendo aquilo que se chama grafic poetry – na verdade, a abordagem é tão poética como o texto nessa perspetiva. Acho que isso é um fator super importante e que acrescenta muito ao livro, àquilo que está escrito.

G. – Pedro, este livro contém temáticas muito variadas, mas todas muito contemporâneas. Houve alguma intenção concreta, um fio condutor? Ou resultam antes de observações mais pontuais?

P. P. – O meu método de escrita é muito espontâneo. Ando sempre com este aparelho [telemóvel] e aqui tenho notas. Quase todos os poemas começam com uma ou outra frase que me vem à cabeça e que vou apontando aqui. Depois há um processo posterior em que eu pego naquilo, já em frente ao computador e aí sim, começo a elaborar. Mas, na verdade, quase tudo o que ali está se inicia com duas ou três frases, coisas que eu vou juntando no dia a dia. Normalmente é um processo em que eu vou apontando coisas e depois há o momento em que me sento e, esse momento, às vezes faz-me seguir aquilo que já escrevi, outras vezes faz-me apenas pegar naquilo e partir para o outro ponto qualquer.

Do ponto de vista de trabalho, é sempre um bocadinho assim, espontâneo. Portanto, as matérias que tenho são quase todas contemporâneas. As temáticas são realmente mais ou menos diferentes. Têm quase todas que ver com questões muito pessoais, com coisas que me importam, que se passam à minha volta e de alguma forma me dizem alguma coisa.

Pormenor do livro "Os Pés Não Têm Céu". Fotografia de José Pando Lucas
G.– Qual diriam que foi o maior desafio à conjugação destas duas formas de expressão?

J. C. M. – Isto é muito pessoal. Para mim, quando leio poesia ou quando faço algum trabalho de poesia visual, acho que [o maior desafio] é o facto de te conseguires elevar da tua condição humana. Transportar-te daqui para outro lado qualquer ou então para o outro. É uma coisa muito subjetiva mas, para mim, é esse o maior desafio.

P. P. – Sim. O José tem muita experiência a fazer livros, faz muito trabalho cultural, artístico. Tem muita experiência em lidar com artistas e com o design. E creio que ele tem sempre ali duas... duas tensões muito grandes. Por um lado, a interpretação e o respeito muito grande por aquilo que recebe, do ponto de vista artístico – seja de um músico, seja de um escritor, seja uma organização cultural, seja quem for –, por outro, a necessidade de criar algo absolutamente único. Eu acho que é sempre dentro desses dois parâmetros, no fundo, que ele organiza as suas abordagens.

Para mim, o desafio tem que ver com a não sobreposição e acho que isso está bem conseguido neste [livro]. Embora eu considere, tal como estavas a dizer, que, se quiséssemos ir mais fundo naquilo que é a interpretação do poema em si, poderia haver mais tempo dedicado a isso. Mas eu acho que, acima de tudo, o que está ali são duas coisas que estão mais ou menos com o mesmo peso e que não se sobrepõem. Não há uma anulação do texto pelo design. O design não fica à frente do texto. Acho que é um fator de atração primário.

Normalmente, os livros de poesia são coisas muito singelas, muito simples. Não costumam ter design gráfico, não existe e é raro. Aliás, normalmente o que se tenta é retirar os elementos de design desse tipo de coisas, porque se considera que eles perturbam aquilo que é obra artística. Nós estamos exatamente no [lado] oposto e a ideia da Poets & Painters é muito essa. É a complementaridade entre as duas disciplinas. E eu acho que se consegue aqui esse equilíbrio. O design tem o seu papel e existe com personalidade própria, dentro daquele espaço, daquele livro, portanto, eu posso apreciar o livro apenas dessa forma. Por outro lado, a forma como está interpretado, as cores que foram usadas, as formas que são usadas, estes elementos mais conceptuais que o José esteve a falar, têm tudo que ver com aquilo que está escrito também, e com a forma como está escrito. E, portanto, nessa perspetiva, acho que é esse trabalho de equilíbrio. Acho que esse trabalho de não anulação e de, pelo contrário, dar importância a cada uma das coisas, sendo que cada uma, ainda assim, tem personalidade própria. Acho que isso é muito interessante. E acho que de alguma forma nós conseguirmos conseguimos esse exercício aqui.

J. C. M. – Cada objeto criado tem uma identidade visual própria. É um objeto que tem uma identidade. Acho que esse é um dos princípios de cada objeto que a editora está a fazer.

G. – José, sente que a componente visual ainda é desvalorizada no meio literário? Vista como um ruído?

J. C. M.– Sim, pode ser. Nos primeiros livros, o ornamento, quando desapareceu, era visto como uma coisa que estava a incomodar ou estava a ter uma segunda leitura que desviava do texto. Eu, como dizia, não acredito muito nisso. Eu acho até que a mínima decisão de escolheres uma [fonte] Times para paginar é uma decisão tua e é uma decisão que vai influenciar.

Eu acho que quando se tem uma opinião, ou um estilo vais sempre influenciar muito ou pouco. Eu prefiro influenciar bastante porque tenho uma visão política, moral. Tenho uma visão própria sobre as coisas e, quando o autor permite esta discussão visual entre o texto e o lado gráfico, eu acho perfeito. Mas sim, existe um pouco [esse preconceito]. Em poesia existe bastante até.

José Carlos Mendes. Fotografia cedida pelo designer.

G. – Ou seja: relega-se para segundo plano e, conforme o Pedro estava a dizer, prefere-se até uma simplificação máxima.

J. C. M. – Sim, porque é do texto que estás a falar.

P. P. – Sim. Ou isso ou a complexificação a um ponto comercial que não nos interessa. Por exemplo, isso seria eventualmente uma das dificuldades, se nós tivéssemos optado... Na verdade, nós queremos a editora para poder editar este livro, portanto, uma coisa vem atrás da outra. Surge primeiro a ideia do livro, pensamos como é que vamos fazer isto, e depois surge a ideia da editora. [Decidimos] “OK, este não vai ser o único, vamos começar a fazer mais.” E, para já, isto começa entre nós – entre mim, o José e o Diogo – e logo se vê. Por acaso, recebi ontem poemas de alguém que achava que estávamos a editar para outros...

G. – Ia precisamente fazer essa pergunta. Começam agora com o lançamento deste livro, mas haverá depois abertura para o lançamento de obras de outros(as) autores(as)? Ou ficará sempre dentro deste coletivo?

P. P. – De início, fizemos isto para nós. Para nós começarmos a desenvolver coisas, mas não quer dizer que isso não possa vir a acontecer. Nós já temos outro livro planeado, que vai sair no Natal.

G. – Também assinado por ambos?

P. P. – Pelo Diogo [Potes]. Por mim e pelo Diogo, neste caso. E sim. Agora a intenção é que, na verdade, cada um de nós tenha essa capacidade de propor aos outros ideias para fazer novos livros. Mas existe essa possibilidade de podermos, dentro da Poets & Painters, ir buscar outros projetos. O que vai limitar isso neste momento é a nossa disponibilidade de tempo, financeira, de avançar. Este projeto, obrigatoriamente, vai avançar de uma forma relativamente tranquila e vamos ver como é que correm estes dois livros e as decisões vão naturalmente seguir-se depois disso.

J. C. M.– Só para acrescentar: estamos a falar do Diogo – e o PP não sabe disto também. Eu fiz questão que o Diogo estivesse neste livro sem estar, já que a ideia foi partilhada pelos três, no início. Aquele tipo de letra que estávamos a falar, o 26 céus, a parte modular que cria toda a fonte, vem de um bocado de que eu tirei, de uma forma de uma embalagem de um trabalho comercial que o Diogo tinha feito. Croppei aquele bocadinho que é a base para fazer a fonte toda.

P. P. – Não sabia disso.

J. C. M.– Ninguém sabe, mas era uma maneira de dizer que ele também está presente nesta edição.

P. P. – Temos de lhe dizer isso [risos].

Pormenor do livro "Os Pés Não Têm Pé". Fotografia de José Pando Lucas
G. – Ele vai saber [risos]. Sei que esta é uma editora que ainda está em fase de arranque, mas, ainda assim, gostava que me dissessem quais são os maiores desafios inerentes ao lançamento de uma editora independente em Portugal. Quais são os problemas de entrada no mercado?

P. P. – São muito normais numa empresa. Têm que ver com a disponibilidade de capital para investir e com a disponibilidade de tempo. No nosso caso, que temos uma atividade profissional muito preenchida. Todos trabalhamos de uma forma bastante intensa naquilo que é nossa atividade de design e, portanto, isto é um extra à nossa vida. Existe esse primeiro condicionamento porque nós não conseguimos largar a nossa vida para fazer livros, infelizmente. Eventualmente, gostaríamos todos de fazer isso, mas, se calhar, não é possível. E depois existe, obviamente, os constrangimentos que têm que ver com a questão da distribuição, ou seja, com a questão de construir uma determinada entidade que vai produzir uma determinada coisa e que, ou conta apenas com o digital e com a capacidade de promover publicitariamente isso no ambiente digital, porque é a única forma [...].

Além das questões de disponibilidade de tempo e questões de dinheiro, há a questão de conseguirmos aceder às redes normais. O que até era possível. Eu posso ir agora a quatro ou cinco livrarias e começar a distribuir o livro. Isso tem outro problema que é que é o valor do livro, no fundo, e as margens de lucro que acabas por ter – que não são de lucro, mas para pelo menos fazer com que as edições se paguem a elas próprias. E se tu vais para a rede normal de distribuição, não vais conseguir vender o livro ao mesmo preço, ou então vais prescindir daquilo que é a margem considerável necessária para conseguires alimentar o projeto atual e fazer com que os próximos possam vir a existir. [...]

Depois há outro problema em que nós nos metemos, mas esse foi uma opção nossa: estamos a falar de poesia e design gráfico. Design gráfico ainda é mais fácil de vender que poesia [fala irónica]. Há muito pouca gente a comprar poesia. Portanto, acho que são essas as principais barreiras. Ao mesmo tempo, isso dá-nos uma grande liberdade. Nós vamos fazer as edições como quisermos. Dificilmente conseguiremos fazer uma edição com tipo de design, com este tipo de materiais, com este tipo de papel com o tipo de produção que temos aqui. Dificilmente existem editoras major, digamos assim, que se prestem nesse tipo de trabalho.


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