Houve quem partisse para a frente de batalha. E houve quem ficasse. De norte a sul do país, este e oeste, continente e ilhas, cerca de 24 mil mulheres corresponderam-se com mais de 33 mil militares. Todas elas madrinhas de guerra.
No ano em que se comemoram 50 anos de Democracia, o Gerador lança uma série de reportagens sobre um tema ainda pouco discutido e rememorado. A investigação, levada a cabo nos últimos dois anos, parte da história de cerca de uma dezena de mulheres que atenderam ao apelo do regime para se corresponderem com combatentes portugueses durante a Guerra Colonial (1961–1974). Escreveram, contam elas, para acalmar, para ouvir silêncios e para encorajar os militares a seguirem em combate, a almejarem o retorno.
Nem todas souberam o verdadeiro propósito dessa escrita.