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Arquipélago: Centro de Artes Contemporâneas rodeado por mar

O aparecimento de um espaço físico que urge pela criação de voz, forma, cor, movimento e até controvérsia aos Açores, sem nunca descurar o contexto arquipelágico envolvente ao projeto, tem conseguido de forma transversal batalhar com nove realidades distintas, empregando a cultura e arte como armas de preferência. Este espaço, o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, tem sido crucial no caminho que a região deve traçar no que concerne ao romper estigmas, à difusão, por igual, da cultura e ao apelo à invenção, ao pensamento crítico e à criatividade em formatos livres e únicos.

Texto de Redação

©Álvaro Miranda

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De entre o singular nevoeiro e o infinito azul atlântico, acham-se nove místicos pedaços de um lugar raro e misterioso, onde vive a instabilidade das nuvens e o aconchego do abraço das gentes, capaz de acalmar tempestades e vulcões. Surgem esboçados como uma pintura de postal, de tons vívidos, ou escritos como se existissem, sempre, dentro de um conto literário: os Açores, um arquipélago de nove ilhas. Lembrados pelas paisagens deslumbrantes e pelo mar que os acolhe, mas que os divide, também, em nove contextos totalmente singulares. E esquecidos, demasiadas vezes, do salgado das ondas, que se torna obstáculo geográfico para quem lá passa em visita, para quem lá vive ou, ainda, para aqueles que sonham com o conforto das ilhas. A separação de nove pedaços de terra por mar, com acessos, vantagens e contrariedades díspares, e por vezes ingratas, para cada um destes pedaços, leva à necessidade da busca incessante por formas de quebrar essas barreiras geográficas. O aparecimento de um espaço físico que urge pela criação de voz, forma, cor, movimento e até controvérsia aos Açores, sem nunca descurar o contexto arquipelágico envolvente ao projeto, tem conseguido de forma transversal batalhar com nove realidades distintas, empregando a cultura e arte como armas de preferência. Este espaço, o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, tem sido crucial no caminho que a região deve traçar no que concerne ao romper estigmas, à difusão, por igual, da cultura e ao apelo à invenção, ao pensamento crítico e à criatividade em formatos livres e únicos. Localizado na ilha de São Miguel, não obstante concebido para entender o projeto como um todo, articulado entre partilha e cooperação, funcionando, claro, para todo o arquipélago.

Aparece, numa das ruas mais emblemáticas da cidade da Ribeira Grande, onde, outrora operava uma fábrica de tabaco e álcool. Apesar da abertura ao público ter decorrido em 2015, já muito havia sido efetuado até esta data, uma vez que, apesar do edifício ter sido aproveitado para dar casa à arte contemporânea, durante um longo período existiu muito trabalho de restauro, num lugar onde atualmente vivem as memórias industriais antigas que agora se cruzam com as mais recentemente cumpridas. Há, então, um contexto histórico enraizado nas paredes deste edifício, que foi impossível, para quem esteve na construção do projeto, desprezar. Procura-se preservar e unir detalhes da antiga fábrica de tabaco e álcool, como a pedra vulcânica que pode ser observada ao longo de diferentes zonas do local e que acaba por incutir o visitante às raízes açorianas, contrastando, pois, com os novos espaços mais abstratos e livres de diferentes interpretações ou de nenhuma interpretação, exibindo-se, quase, como uma fábrica da cultura. A junção dos pormenores dos dois ambientes distintos garantiu a aproximação à história original do local, assegurando a identidade do lugar, modificando apenas a sua missão e levando, assim, esta conceção fora do comum a lugares de destaque no que concerne à arquitetura. Foi em 2016, apenas um ano após a abertura ao público do Centro de Artes Contemporâneas, que o projeto, desenhado por João Mendes Ribeiro, Francisco Vieira de Campos e Cristina Guedes, chamou a atenção internacional, para a qual contribuiu a atribuição do prémio FAD Arquitetura 2016 (Fomento de las Artes y del Diseño), um dos mais importantes concursos dedicados à arquitetura ibérica.

O edifício Arquipélago, visto do exterior. Uma conceção diversas vezes nomeada para prémios do âmbito arquitetónico | ©Álvaro Miranda

Certos das constantes mudanças globais, a nível político, económico, social, cultural, financeiro e tecnológico, a que a sociedade contemporânea deve estar atenta e capaz de pensar sobre estas mesmas mudanças e, igualmente, sobre as consequências que acarretam para a sociedade em geral, o Arquipélago assume-se, desde a sua origem, como um lugar, que deve dar espaço à reflexão e ao fomento do pensamento crítico, em diferentes campos artísticos, aliás, para Ricardo Esperanço, da equipa de Comunicação e Design “O Arquipélago não se encerra dentro destas paredes, abre-se ao próprio arquipélago (…) e à sua realidade”, acrescenta, ainda Bárbara Freitas, da mesma equipa que “a ideia tem sido realmente dar espaço para a reflexão, mas, também, chegar a outras ilhas e a outras comunidades através de projetos que temos vindo a desenvolver”. Tendo na sua base a cultura, a arquitetura e a arte contemporâneas, mas com enfoque, também, na internacionalização, na multiculturalidade e na formação, o Arquipélago dispõe, então, além do próprio Centro de Artes Contemporâneas, de uma Biblioteca e Centro Documental, com um vasto acervo bibliográfico, de abordagem, essencialmente, contemporânea. Pretende-se que seja um local de leitura, de aprendizagem e de troca de ideias, para um público específico e que acaba por colmatar uma necessidade local de assegurar um espaço físico onde se possa ler, estudar ou proceder a consultas bibliográficas, na Ribeira Grande. O próprio espaço da biblioteca, pela sua arquitetura e pela vista que se observa das janelas, é, por si só, um lugar de inspiração. De braços dados com a biblioteca, e dentro daquele que é o interesse na formação e educação, surge o Serviço de Mediação, com um papel fulcral no que consiste em dinamizar atividades em paralelo com a programação dArquipélago e colocando públicos em contacto direto com esta mesma programação, “o que tem sido produtivo!”, revela Bárbara Freitas e admite, ainda, “acho que estamos a colher os frutos do trabalho que tem sido feito, porque, de há um ano para cá o público do Arquipélago aumentou muito, aliás, aumentou e mantem-se, há um crescimento constante”. De faixas etárias distintas e de diferentes origens, o Serviço de Mediação tem sido um alicerce fundamental para conhecer, de perto, os visitantes do Centro de Artes Contemporâneas, entendendo as necessidades de cada um e descobrindo, de dia para dia, diferentes interesses e formas de olhar para a cultura, para a arte e para o mundo em geral. Este serviço não se restringe apenas a pessoas do setor cultural, criativo e artístico. É um serviço de todos e para todos e que pretende, aos poucos, abraçar a comunidade. O prédio possui espaços para exposições, salas de apresentações ou residências artísticas, possíveis de receber e de diferentes campos artísticos. Na programação do Arquipélago, há oficinas e workshops, onde os artistas e criadores podem partilhar experiências entre si e, em alguns casos, fundir diferentes modalidades artísticas. Há um Centro de Produção de Audiovisual e Multimédia e uma Black Box, também equipada para receber criações de diferentes tipos de artes, mas para projetos direcionados e previamente analisados.

As caves que serviam a fábrica de álcool e tabaco foram mantidas e têm vindo a ser utilizadas por performances artísticas em formatos mais inusitados e onde o ambiente de mistério que envolve o local acaba por embalar a própria apresentação, originando em prestações de cultura e arte ímpares. Este ano, o Arquipélago recebeu o projeto Discos de Platão que integra a “Odisseia Nacional” do Teatro Nacional D. Maria II. Tratou-se de uma iniciativa estará presente, ao longo do ano, em todas as regiões de Portugal, com centenas de propostas agrupadas em cinco programas: Peças (espetáculos), Atos (projetos de participação), Frutos (atividades para o público escolar), Cenários (eventos de pensamento), Nexos (formação) — e ainda uma Exposição. Nos Açores o projeto passou pela ilha do Faial, da Terceira e de S. Miguel. Na ilha de S. Miguel foi nas caves do Arquipélago que decorreu a apresentação final que envolveu um grupo considerável de pessoas da região, com ou sem experiência, de qualquer idade, prontos a criarem algo juntos, sem regras e sem assunto específico, e apenas com um ponto comum que os ligava: o interesse na cultura e na arte.

Fotografia da Performance “Discos de Platão”, em julho de 2023 | ©Álvaro Miranda

Em 2020, quando João Mourão assume a direção do Centro de Artes Contemporâneas, depara-se com o desafio de perceber o posicionamento local, regional e nacional do Centro. Assim, o primeiro exercício que Mourão e a sua equipa colocam em prática, é, exatamente, entender que perceção é que as pessoas tinham do Arquipélago nesta altura. Para compreender, de forma fidedigna, a opinião da comunidade, a equipa de trabalho organiza o projeto “Que Arquipélago? Como Arquipélago? Porquê Arquipélago?”. Inicialmente o idealizado seria um encontro com partilhas de opiniões e experiências, todavia, tendo em conta a situação pandémica vivida nesta altura, tornou-se num inquérito que faria entender, “por um lado o que é que as pessoas esperavam deste espaço e que perceções tinham e por outro lado como gostariam de participar nisto”, esclarece o Diretor. Para João Mourão, e para a equipa de Comunicação e Design, Bárbara Freitas e Ricardo Esperanço, os resultados foram explícitos “a função do Arquipélago não era clara para as pessoas e tão pouco entendiam que papel podia um Centro de Artes Contemporâneas ter nas ilhas”, assumem. Notou-se, então, que existia um grande afastamento da comunidade local para com o Centro de Artes Contemporâneas, e um afastamento geral da realidade regional. Este trabalho inicial foi fundamental para traçar o futuro da instituição e estabelecer, através dos resultados obtidos, um programa de atividades e ações que garantissem o funcionamento do Centro como um arquipélago. Uma das primeiras medidas consistiu em garantir um espaço que fossem um ponto de partida aos artistas regionais. “Era urgente os açorianos sentirem que tinham, no Arquipélago, uma casa para criar e que estivesse disponível para os receber.”, declara João Mourão. A sala 3, assume essa função e, através do formato de Project Room, para projetos em início de carreira, torna-se direcionada a açorianos ou residentes nos Açores, que encontram no Arquipélago um lugar que está, primeiramente disponível para os receber e com interesse em conhecer as suas ambições e, muitas vezes, preocupações e, por outro lado, um lugar seguro para apresentarem, pela primeira vez e em formato institucional, a sua arte à comunidade. João Mourão adianta que esta iniciativa tem “funcionado quase como serviço público”. O diretor destaca que o Arquipélago faz parte do Governo Regional e que a inserção de artistas em início de carreira no mercado, e posteriormente em circuitos nacionais, “tem permitido não apenas o desenvolvimento deles - como artistas - mas também o desenvolvimento da Região. Trata-se não só de apresentares o que é local, mas, ao mesmo tempo, também, levares o que é local para fora”.

A exposição No futuro também se usavam pincéis, da artista açoriana Margarida Andrade, que esteve disponível no Arquipélago de setembro de 2022 a janeiro de 2023 | ©Álvaro Miranda
A exposição No futuro também se usavam pincéis, da artista açoriana Margarida Andrade, que esteve disponível no Arquipélago de setembro de 2022 a janeiro de 2023 | ©Álvaro Miranda

O facto de o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas se constituir numa Região ultraperiférica acarreta consigo a beleza de conseguir não só de trabalhar as artes contemporâneas, mas, também, de as trabalhar, no caso dos Açores, de nove formas distintas. Para o Diretor do Arquipélago “Tratar-se de uma instituição pública que assume, de forma clara, o papel de partilhar a arte contemporânea, seja de que forma for, a todas as ilhas do arquipélago dos Açores e de mostrar que existe espaço para todas as artes, mesmo que em nove contextos diferentes e, por vezes atípicos, é bonito e traduz o idealmente pensado para um Centro de Artes Contemporâneas, porém torna-se extremamente desafiador”. A conjuntura desafiadora é conhecida e, segundo os organizadores, “passa por reconhecer que se tratam de espaços geográficos distantes, contextos muito diferentes de ilha para ilha, falta de pessoal que faça a mediação nas outras ilhas, condições físicas díspares, condições básicas e específicas que necessitam ser respeitadas em termos de transporte, por exemplo, de uma peça de arte, como o controle de temperatura e a iluminaçãoTais condicionantes podem não facilitar a missão de partilhar a arte contemporânea com todos.”

Quando Mourão assume a direção, uma parte da coleção do arquipélago já circulava por diferentes ilhas, não obstante, foi com a atual equipa que se conseguiu chegar a outras ilhas dos Açores e permitir, também, que algumas exposições individuais voassem até mais ilhas. No entanto, para a equipa do Arquipélago “era um bocadinho frustrante”, assumem, “não existia feedback, ficávamos com a sensação de que a exposição estava lá, fisicamente, mas por não existir um serviço de mediação responsável – tínhamos os nossos parceiros em cada ilha, mas que trabalhavam em áreas como o Património e a Museologia e não propriamente com as artes contemporâneas – acabava por parecer que só visitava quem lá entrava por acaso e nós não queríamos isso. Queremos um público desperto e realmente interessado”, conclui o Diretor do Centro. De forma gradual, a frustração deu lugar ao inconformismo que, por sua vez, passou o testemunho à irreverência. Tendo em conta esta necessidade que emerge na arte da contemporaneidade de não só ir conhecer, mas, também, de receber e informar, o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas acolhe, desde 2022, um curso de verão que recebe grupos de alunos das diferentes ilhas dos Açores. De forma a combater a escassez existente na região de recursos no que concerne à educação formal e não formal que permita aos jovens uma introdução às artes, o Centro de Artes Contemporâneas dá a oportunidade de jovens, de contextos diferentes, experimentarem e conhecerem vastos tipos de artes, num curso intensivo de uma semana. Sofia Botelho, do Serviço de Mediação explica que “Este curso leva os jovens a mergulharem nas exposições patentes no Arquipélago e, através do debate, de visitas e, principalmente, da desconstrução, conseguem trabalhar diretamente com os artistas das exposições em causa, muitas vezes contactando de perto com nomes de grande reconhecimento no campo artístico e expandindo componentes formativas e criativas fora do contexto de sala de aula.” Este é um curso que conta com a FLAD - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento como parceira e que permitiu já a visita de alunos, entre os 15 e os 21 anos, das ilhas de S. Miguel, Terceira, Graciosa, S. Jorge e Faial. No corrente ano a abordagem teve por base a trilogia de exposições da coleção do Arquipélago, trabalhando o conceito de abrandar, refletir e desenhar um futuro.

Curso de Verão do Arquipélago, em julho de 2023, com a presença do artista Urbano | ©Álvaro Miranda

Este ano, um novo projeto surgiu com a promessa de uma proposta inédita para os Açores, quebrando barreiras culturais e geográficas, livre de qualquer bairrismo ou pré-conceito e com a inclusão de todas as ilhas , decidiu-se praticar Arquipélago, na sua totalidade. Chama-se Arquipélago Fora de Portas e pretende deslocar o serviço de mediação para as ilhas das Flores e Corvo, durante duas semanas, tentando uma abordagem de proximidade com escolas, entidades locais e museus das ilhas referidas. Sofia Botelho explica que “queríamos uma medida que não fosse apenas levar as obras de arte e deixar lá e que fosse eficiente para chegarmos às pessoas. A melhor forma é começar com os nossos parceiros, que fazem parte da mesma rede que nós, e que já têm as ligações com as entidades e pessoas dos sítios que vamos visitar. Nas outras ilhas existem, também, agentes culturais, vamos, com base assente no diálogo, ser pontos de partilha entre todos e uns com os outros”, afirma. A ideia é, nesta primeira fase do Arquipélago Fora de Portas, trabalhar com o Museu das Flores e com o Ecomuseu do Corvo, entender que necessidades, dificuldades e ambições existem. A nível de coleções, as que existem no Museu das Flores e no Ecomuseu do Corvo, contrastam, totalmente, com o que é produzido no Arquipélago, todavia, são exatamente estas diferenças que vão funcionar como pontos de ligação entre, talvez, fatores históricos e arte contemporânea, ou, quem sabe, uma coleção de etnografia e arte contemporânea. As hipóteses são infinitas e encontram, na diferença, a inspiração à criação a decorrer no agora e o impulsionar para projetos futuros. Sofia Botelho acrescenta que “em duas semanas podemos, até, entender que outras estruturas podemos juntar a este projeto ou a outros. Quando regressarmos e trouxermos connosco questões tão diferentes das que estamos acostumados, e que também nos interessam trabalhar enquanto Centro de Artes Contemporâneas, vamos, com certeza, abrir uma porta no que toca à desconstrução de uma série de códigos ligados à arte contemporânea.”

Em novembro decorre o primeiro momento daquele que se espera que seja um projeto contínuo e de aprendizagem constante para a Região. Atualmente, as pessoas já inserem o Centro como um espaço possível para apresentação dos seus projetos, sentindo, um bocadinho que o Arquipélago também lhes pertence, principalmente a comunidade local. É, também, já tido como lugar ideal de estímulo à criação e como instituição que apela à formação e investe num ensino não formal, capaz de fornecer ferramentas às pessoas, em diferentes âmbitos de arte e da cultura. Se há uns anos, poucos, olhava-se para uma fachada bonita e premiada, numa das principais ruas da cidade da Ribeira Grande, atualmente, os açorianos, ou residentes nos Açores, encontram uma casa onde o aconchego das paredes em pedra vulcânica lhes permite a partilha das suas criações ou criar junto da equipa do Arquipélago um projeto do inicio ao fim. Os turistas e visitantes incluem o Arquipélago nos seus roteiros culturais ou de lazer eo público da cultura nacional e internacional olha para o Arquipélago como paragem obrigatória. Paraos estudantes locais, nacionais ou internacionais de Arquitetura, de Património ou de Museologia edifício continua a ser motivo de encanto,  pela história,  e pelos detalhes, que se transformam em motivos de curiosidade, estudo ou paixão, que os faz, sempre, querer voltar. 

Esta abordagem do Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, de procurar respostas ou questões que consigam levar à reflexão de uma comunidade, de uma ilha, de nove ilhas e de uma Região ultraperiférica, permite encontrar no mar que os separa a partilha que os une: a partilha da arte, da cultura e do apelo à criação, com base nos Açores, mas direcionada para o mundo.

Texto de Carlota Dâmaso

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