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Arte bruta em Portugal: “morrereis como estes retratos”

Na sucessão da exposição dedicada a Jaime Fernandes, precursor da arte bruta portuguesa, no Centro de Arte Oliva, e assinalando o crescente interesse pelos temas da saúde mental, o Gerador foi ao encontro de instituições portuguesas onde é feita a mediação entre arte e saúde mental, localizadas em São João da Madeira, Coimbra e Lisboa. Aqui, diversos artistas-pacientes criam arte bruta, produção artística realizada à margem da sociedade e liberta da expectativa do mercado convencional da arte.

Texto de Redação

Fotografia da obra de Jaime Fernandes por Paulo Cunha Martins

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Jaime, documentário realizado em 1974 por António Reis, com a colaboração de Margarida Cordeiro, apresenta a obra pictórica de Jaime Fernandes, doente mental confinado durante três décadas (de 1938 até falecer, em 1969), ao extinto Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, que funcionou como hospital psiquiátrico até 2011. Margarida Cordeiro, então psiquiatra no hospital, descobriu casualmente um dos desenhos de Jaime, expostos na parede do seu gabinete partilhado; o artista tinha falecido anónimo pouco tempo antes. Começara a desenhar compulsivamente aos 60 anos, por razões não definitivamente esclarecidas. A obra de Jaime é das mais estimulantes da arte bruta portuguesa, e ele talvez o seu mais reconhecido autor.

Jaime residiu no Pavilhão de Segurança do antigo hospital, conhecido ainda como 8ª Enfermaria ou Enfermaria-Museu. É um pavilhão circular de planta térrea desenhado enquanto panóptico, isto é, com celas a todo o entorno que abrem para um pátio central de onde tudo é observável, tudo visível, também fixado por César Monteiro no filme Recordações da Casa Amarela, de 1989. Jaime estava encerrado, mas de mente solta para criar e reproduzir as suas vivências do exterior, animais, pessoas, seres indefinidos, interpretações brutas. É uma das suas frases, seleccionada por António Reis para o filme, que serve de título ao artigo. Saiu do anonimato para o mundo artístico.

Fazemos o panorama desta arte marginalizada e apresentamos diversas entidades nacionais que a trabalham a diferentes escalas de proximidade com o artista-criador. Seja apenas enquanto coleccionadores, seja integrando a produção artística enquanto elemento terapêutico ou interagindo directamente com o artista.

A arte bruta sempre existiu

Jean Dubuffet, artista e teórico francês, cunhou o termo arte bruta a meio do século XX. No entanto, para António Saint Silvestre e Richard Treger, coleccionadores de arte bruta e de outsider art, este não foi o primeiro a penetrar nessa terra incognita: ”A anti-cultura, definição deste campo artístico, tem evoluído segundo coleccionadores, curadores e galeristas, e a essência deste movimento não pode ser gravada no mármore, pois não tem um fio condutor. Tenho a certeza de que a arte bruta sempre existiu”.

Ainda que algo ilusória teoricamente, a arte bruta, singular ou outsider art, pode definir-se como arte criada à margem da sociedade, fora de escolas ou de preceitos de estilos, apartada da academia e feita por criadores autodidactas, alguns destes com patologias mentais.

“Nós os loucos”, uma experiência de mediação artística

Cortesia: Manicómio

Sandro Resende tem um longo percurso de trabalho na relação da arte com a saúde mental. Cocriou a Associação de Desenvolvimento Criativo e Artístico Pavilhão 28 e o espaço de expressão artística P31, cumprindo uma sequência de mais duma década de exposições e interacções entre artistas e utentes do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), vulgo Júlio de Matos. Criou o Manicómio, no Beato, em Lisboa, definido como um espaço de criação e inovação em contexto de partilha, aberto ao público desde 2018, com múltiplos projectos que cruzam arte, criatividade, transformação social e saúde mental.

No centro do projecto estão pessoas com doença mental, artistas e criativos, excluídos devido ao estigma da sociedade. Manicómio é o primeiro estúdio e galeria de arte bruta no país, com a primeira agência criativa de design e comunicação com criativos com doença mental. Sandro Resende detalha: “Com abordagem focada na equidade e nos direitos humanos, actua junto da comunidade artística, sociedade civil, empresas e instituições, para combater o estigma e gerar novos produtos e serviços de impacto e com valor. Manicómio é activista, é direitos humanos”.

Cortesia: Manicómio

O Manicómio promove as Consultas sem Paredes, consultas tidas em espaços artísticos, como o MAAT, por exemplo, por psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde mental. Estabeleceram o projecto de mediação artística Nós os Loucos em instituições hospitalares psiquiátricas em Coimbra, Porto, Lisboa, Braga, Sintra, etc. Esta iniciativa é apoiada Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação «la Caixa», através do programa PARTIS & Art for Change. Nós os Loucos está neste momento no Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, na Casa de Saúde do Telhal, em Sintra e na Casa de Saúde do Bom Jesus, das Irmãs Hospitaleiras, em Braga.

Neste processo, Sandro Resende refere que a parte psicológica e a parte artística são ambas focais, sendo que o “know-how sempre foi a arte e será sempre a arte. Preocupo-me muito pelo bom resultado artístico, [porque] significa boa dignidade humana, artística, social e financeira. É isso que me preocupa nos artistas com que estamos a trabalhar nestes hospitais.”

De artista e de louco...

Casa de Artes - Hospital Sobral Cid | ©Mário Canelas

O projecto Nós os Loucos esteve instalado durante meio ano no Hospital Sobral Cid (HSC), instituição psiquiátrica situada na periferia da cidade de Coimbra, num pavilhão do hospital designado como Casa de Artes para o efeito. Que esteja ele próprio na margem da área urbana acrescenta simbolismo artístico ao projecto, que consistia num atelier de arte bruta todas as terças-feiras, com a participação de artistas mediadores, Bruno Borges e Cláudia Lopes. Nesse período, produziram à volta de 450 desenhos, numa perspectiva de terapêutica complementar e sem condicionamento e amarras artísticas, sem exigência ou expectativas.

Nós os Loucos terminou em abril e o HSC decidiu prosseguir com o projecto, renomeando-o Casa de Artes – TEia, Teatro, escrita, intervenção artística. Assim, ao atelier de arte bruta foram incluídas a escrita criativa, fotografia, artesanato e cinema. Cerca de 35 utentes participaram na fase final do projecto com o Manicómio, numa residência artística realizada na fábrica de lápis e material artístico Viarco, em São João da Madeira, aguardando-se agora a selecção final das obras feitas no atelier para realizar uma exposição.  

Pedro Renca, enfermeiro com especialização em saúde mental e coordenador do TEia, comenta: “A nossa ideia nunca foi excluir, de ir ao longo do tempo seleccionando quem tem mais potencial ou não. [Não interessa] desenhar bem, mas sim expressar-se. O princípio da Casa de Artes sempre foi esse e irá continuar. A técnica em si não é a finalidade principal, é esta interacção toda. Muito complicado é traduzir isto em números.”

Casa de Artes - Hospital Sobral Cid | ©Mário Canelas

“Cientificar”, completa Eleonor de Almeida, terapeuta ocupacional, “dentro do serviço as actividades são [realizadas] de forma estruturada, há rigor em termos de horário, de presença, de participação; são avaliadas aptidões, principalmente laborais. Enquanto aqui na Casa de Artes, é esta liberdade”.

Liberdade de criação e de participação. Alguns dos utentes desenham coisas mais complexas, outros mais simples, como diz Pedro Renca, “o próprio doente tem períodos em que faz rabiscos e logo a seguir faz algo mais elaborado”. A pedido da instituição, os utentes são apresentados com nome fictício.  Ahmed, imigrante do Médio Oriente, faz desenhos onde abunda a temática da guerra, cheio de símbolos que remetem para o seu passado, adivinha-se turbulento. Outro dos utentes artistas, José, desenha sistematicamente pequenas figuras até preencher a totalidade do papel. André associa sempre figuras históricas às suas pinturas, adulterando a história pela sua doença. Os motivos trazidos e os elementos colocados sobre o papel são os de cada um, variáveis na intensidade e nas obsessões, múltiplos nas cores e formas, e partilham visíveis sinais não verbais de satisfação.

A enfermeira Ana Ferreira, que acompanha os utentes, comenta os sinais de satisfação que neles identifica: “Como profissional, digo com a maior segurança: o bem-estar é evidente. Estou atenta a como estão e os sinais que apercebo, que intuo, são muito bons”. Pedro Renca confirma: “O nosso foco [com a Casa de Artes] é a pessoa, o seu bem-estar, e de que forma podemos suavizar o seu sofrimento. Sou sensível a isso.  [Aqui trabalha-se] uma ponte empática, ajuda a minorar o seu sofrimento”.

Quem tem medo da arte bruta?

Eureka! | Colecção Treger/Saint Silvestre | ©Dinis Santos

António Saint Silvestre, artista plástico, e Richard Treger, pianista, iniciaram a sua ligação com arte bruta quando abriram uma galeria de arte em Paris, em Saint-Germain-des-Prés, que durou cerca de 25 anos. Nesse bairro de galerias, exibiam artes marginais, porque, dizem, “nenhuma se ocupava desse género de estética e assim começámos a coleccionar peças que nos interessavam, apesar dos olhares reprovadores dos outros galeristas”.

Iniciaram a Colecção Treger/Saint Silvestre (TSS) na década de 1980 e já integra 2000 obras, é uma das maiores colecções europeias do género. Atualmente, está em depósito no Centro de Arte Oliva (CAO), em São João da Madeira. Trabalham com galerias e coleccionadores que pesquisam no mundo inteiro por obras, e contam ainda como algumas doacções de famílias de artistas que querem salvaguardar os trabalhos que possuem. António Saint Silvestre explica que os artistas das artes marginais “são, em geral, geridos pelas famílias e pelas instituições e não têm geralmente contacto directo com os coleccionadores”.

Eureka! CAO | ©Dinis Santos

O coleccionador assinala a singularidade da sua colecção em Portugal e acrescenta, “mesmo no sul da Europa, um país como Itália, fértil no campo da arte bruta através de inúmeros e famosos artistas ‘brutos’, não tem uma exposição permanente; nem Espanha, onde o Museu Reina Sofia e La Casa Encendida apresentam regularmente exposições de Arte Bruta”. A intenção é de manterem a colecção em Portugal, porque representa “um trunfo cultural para o país. Em Portugal, contrariamente ao resto do mundo, a arte bruta, última aventura artística do século XXI, ainda é pouco conhecida”.

Ao Gerador, o coleccionador antecipa que a TSS vai atribuir um prémio anual a artistas de arte bruta, ainda sem datas definitivas, incluindo um período de produção e residência artística no CAO.

“Vi uma cadela minha com lobos”

©Dinis Santos

Esta frase de Jaime serviu de mote à exposição antológica dedicada à sua obra, no seguimento do processo de pesquisa que o CAO fez dos seus desenhos, celebrando quatro décadas do filme de António Reis e motivado pela presença de dois desenhos do artista na colecção TSS.

Daniel Costa, pela direcção artística do CAO, refere que a relação com os coleccionadores da TSS é de proximidade, não interferindo no processo de aquisição da colecção. A programação anual é pensada segundo a missão estabelecida pelo Centro, num diálogo constante com os coleccionadores e os curadores convidados, fora da lógica de ‘curadoria colectiva’. Em particular, acrescenta Daniel Costa: “os objectos da TSS fazem-nos formular questões sobre o acto criativo e as condições em que é realizado, que podem definir as formas como são abordados pela equipa de mediação. A investigação da colecção TSS está muitas vezes afectada pela falta de informação que há sobre os artistas, condição que tem mudado, dado o crescimento de estudos e publicações que se têm feito”. 

©Dinis Santos

Este recém interesse revela-se no “aparecimento internacional” em exposições no Museu Gugging da Áustria e na La Casa Incendida, em Madrid, e também nas visitas de várias instituições de saúde mental e dos seus profissionais, sobretudo aquela mais próximas geograficamente do CAO. “O CAO não tem uma perspectiva médica sobre estes objectos”, sublinha Daniel Costa, que acrescenta: “comentamos as obras numa perspectiva artística, histórica, concreta e como objectos de potência criativa”. 

Desde 2016 que o CAO mantém uma parceria com o Departamento de Saúde Mental do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, sendo visitado todas as semanas por um grupo de utentes. O grupo é dinamizado por um artista que lança exercícios que envolvem processos criativos, sendo a relação construída à medida que os participantes e mediador se vão conhecendo.

Ala de segurança

O extinto Hospital Miguel Bombarda em Lisboa, foi o primeiro hospital psiquiátrico do país, então com o nome de Rilhafoles. A instituição alberga um acervo de obras de arte bruta produzida por utentes.

Por volta de 2018, responde a comunicação do CHPL, o antigo hospital deixou de estar aberto ao público e deixou de ser possível visitar livremente as peças que se encontram no antigo panóptico. O edifício encontra-se num longo limbo de indecisões por parte da Câmara Municipal de Lisboa e da Estamo, empresa pública de gestão de património imobiliário, em perspectiva de resolução. Elsa Horta, do departamento de Marketing e Comercial da Estamo, informa que, “estando o imóvel desocupado de pessoas e bens, por razões de segurança não é possível, de momento, o acesso alargado ao seu recinto e interior, salvo ao profissional residente e a técnicos devidamente habilitados”.

Sandro Resende, fundador do Manicómio, defende que o Pavilhão de Segurança tem um papel museológico bem definido, uma vez que expõe algum mobiliário e ferramentas médicas usadas na psiquiatria. Além dessas características, ressalva que há ali alguns poucos exemplos de arte bruta, onde se incluem alguns desenhos de Jaime Fernandes. “Não me parece que reúna para já espólio suficiente para ser considerado um museu, mas como peça arquitectónica é de facto um espaço que nunca se deverá perder e que deverá ser preservado. Acredito que deverá ter um papel mais activo na cultura em Portugal”, analisa. 

Ainda que o espaço permaneça fechado e sem tratamento museológico, está salvaguardada a preservação do Pavilhão de Segurança, classificado enquanto conjunto de interesse público, podendo estender-se tal regime de protecção aos elementos de arte bruta expostos.

Pequeno roteiro pela arte bruta em Portugal:

- Centro de Arte Oliva, em São João da Madeira, com a colecção Treger Saint Silvestre em depósito. Tem patente a exposição Teatro Anatómico, até ao final de 2023, com curadoria de João Sousa Cardoso
Rua Paula Rego, São João da Madeira

- Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, inclui na sua colecção algumas obras de Jaime Fernandes, adquiridas na sequência da primeira exposição dedicada às obras de Jaime, realizada em 1980
Avenida de Berna, 45A, Lisboa

- Galeria Cruzes Canhoto, no Porto, que exibe obras de arte bruta, além de primitiva e popular
Rua de Miguel Bombarda, 452, Porto

- Hospital Psiquiátrico Miguel Bombarda – Enfermaria-Museu/Panóptico – tem um acervo reunido a partir das obras feitas por pacientes e utentes do espaço, encontra-se temporariamente encerrado ao público
Rua Dr. Almeida Amaral, ao Campo Mártires da Pátria, Lisboa

- Manicómio, em Lisboa, galeria de arte bruta e atelier de criação e comunicação, com artistas residentes e programa expositivo próprio
Rua do Grilo, 135, ao Beato, Lisboa

- Museu Nacional Soares dos Reis, Porto, tem patente a exposição Portreto de la Animo, Arte bruta e etc, de 13 de Julho a 12 de Novembro de 2023, com 120 obras da colecção TSS dedicadas ao retrato na arte bruta
Rua de D. Manuel II, Porto

- Museu S. João de Deus – Psiquiatria e História, na Casa de Saúde do Telhal, Mem Martins, Sintra, que inclui conjunto de trabalhos realizados utentes, obras que transitaram do anterior Museu da Loucura, fundado em 1920
Estrada do Telhal 55ª, Mem Martins, Sintra

Sugestões de leitura:
- Coisas de Loucos, de Catarina Gomes, pela Tinta da China. Publicação surgida a partir da descoberta acidental de objectos de antigos doentes mentais do Hospital Miguel Bombarda

- Vi uma cadela minha com lobos, catálogo da exposição dedicada a Jaime Fernandes, livro disponível no Centro de Arte Oliva, editado com o apoio da DGArtes

*Texto escrito ao abrigo do antigo Acordo Ortográfico


Texto de Rafael Vieira

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