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CUSCUZ e Matilde Cunha apresentam Monóculo, uma viagem introspetiva entre passado e presente

Todos temos histórias pessoais que envolvem o reencontro com um objeto do passado que nos…

Texto de Carolina Franco

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Todos temos histórias pessoais que envolvem o reencontro com um objeto do passado que nos faz querer voltar atrás no tempo. Ana Mendes, fundadora e designer da CUSCUZ, guarda um tesouro desses na garagem de casa que deu a ver à fotógrafa Matilde Cunha e a partir daí as suas vidas não foram as mesmas. Monóculo, o objeto artístico que amanhã, 14 de dezembro, apresentam no Palacete dos Viscondes de Balsemão, é o resultado dessa mudança.

A relação de Ana Mendes com os monóculos, hoje raros objetos de memorabília, pode não ser a mais óbvia, mas quando se percebe o contexto em que nasceu e foi criada, tudo faz sentido.  "A ligação da CUSCUZ com o Brasil não é novidade, porque foi de lá que veio o nome", explica Ana. "A história do monóculo foi-me contada pela minha avó Rosa, que foi em pequena para o Brasil, e pela minha mãe, que voltou aos 17 anos. Cá em casa temos um monte de monóculos fotográficos de plástico. Lá dentro têm fotografias em filme positivo, que só conseguimos ver  apontando para a luz".

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Matilde Cunha tem fotografado as coleções da CUSCUZ

As fotografias desses monóculos contam eternizam momentos da infância e juventude da mãe, sozinha ou com amigos, na praça ou na praia, e até a típica "fotografia da escolinha". "Segundo a minha avó existiam fotógrafos nessa época, nos anos 60 no Rio de Janeiro, que tiravam essas fotografias às pessoas e depois enviavam para casa", conta a designer da CUSCUZ.

Foi um dia numa visita à casa de Ana que Matilde Cunha, cuja relação com a marca é de grande proximidade, se deparou com as memórias eternizadas em monóculos e que surgiu a ideia de criarem algo juntas. "A Ana disse-me que podíamos recriar o monóculo em madeira com fotografias minhas e eu disse logo que queria", conta Matilde com o entusiasmo que não consegue esconder.

Depois de uma pesquisa a duas decidiram fazer um monóculo maior do que os originais, em madeira, e com a entrada de luz em acrílico reutilizado. As fotografias, que de acordo com Matilde "podem ser mais ou menos irónicas" e "acabam por se relacionar com as temáticas que preocupam também a CUSCUZ, como a sustentabilidade", são analógicas tiradas em filme de 35 mm, captadas em lugares tão distintos (mas tão semelhantes) quanto Portugal, México e Espanha.

Através do objeto que surge desta parceria tão natural quanto a proximidade dos olhares sobre o Mundo de Ana e Matilde, a simbologia do passado serve de alerta para o presente e deixa espaço para um momento a dois - entre o monóculo e quem por lá espreita- , quem sabe para se reconectar.

Ana Mendes e Matilde Cunha apresentam Monóculo amanhã, 14 de dezembro, a partir das 15h00 no Palacete dos Viscondes de Balsemão, no Porto, na loja da Porto Design Biennale, onde também estará à venda.

Podes acompanhar o trabalho da CUSCUZ aqui, e o de Matilde Cunha aqui.

Texto de Carolina Franco
Fotografia de Matilde Cunha

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