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Diamantino — o salvador da pátria do saudosismo— estreia em abril

O aviso inicial é claro: qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. A história…

Texto de Carolina Franco

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O aviso inicial é claro: qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. A história de um jogador de futebol com duas irmãs e um pai a gerir a sua carreira pode até soar familiar (assim como a pronúncia que roça o madeirense), mas não restem dúvidas: a narrativa não passa de uma ficção e não pretende ter um caráter documental. Diamantino, a primeira longa metragem de Gabriel Abrantes, que fez a meias com Daniel Schmidt, chega às salas de cinema no dia 4 de abril e tem uma ante-estreia marcada no Monumental com a presença dos realizadores e alguns atores do elenco. 

Trailer do filme Diamantino, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt

Diamantino Matamouros, interpretado por Carloto Cotta, é um futebolista adorado pelos portugueses que vê as voltas da sua vida trocadas e decide que não quer mais estar ligado ao futebol. Esta decisão acaba por desenvolver a narrativa principal, que acontece paralelamente a outras de igual importância e que estão sempre ligadas ao protagonista. O futebol como “ópio do povo” e salvação de uma reputação que Portugal foi perdendo desde a crise de 2008, traz questões atuais para a tela, piscando o olho a referências da contemporaneidade como Donald Trump e a construção do muro, a saída de Inglaterra da União Europeia e a recente crise de refugiados. 

Das questões políticas e macro, para as dinâmicas de relações interpessoais e mais micro, Diamantino recorre a ideias que se foram enraizando na sociedade como termos de confiar em alguém porque é da nossa família, o saudosismo sem fim, e a ganância que não olha a meios para atingir fins. A alusão a lógicas tradicionais vai tendo pontos de tensão com elementos mais liberais, como a existência de um casal de lésbicas no filme que surge algures entre a naturalidade e o choque. 

Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt queriam fazer um filme sobre a adopção por parte de celebridades, como confessam na entrevista que deram em Cannes, de onde trouxeram o prémio da Semaine de La Critique. A inspiração para a criação de Diamantino Matamouros surgiu quando se questionaram acerca de qual seria a pessoa mais reconhecida em Portugal e que fosse um ícone representativo do país. 

Entrevista dos realizadores na Semaine de La Critique, em Cannes

O elenco principal de Diamantino é composto por Carloto Cotta, Anabela e Margarida Moreira, Joana Barrios, Cleo Tavares, Carla Maciel, Maria Leite e Filipe Vargas. Todos eles estarão presentes na ante-estreia de dia 30, às 21h30 no Monumental, junto a Gabriel Abrantes. O filme que já passou por mais de 60 festivais internacionais estreia em abril nas salas de cinema portuguesas. 

Texto de Carolina Franco
Still de Diamantino (2018) de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt

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