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Entrevista Insties Gerador: “Para sobreviver, as marcas têm de ser digitais tanto quanto o mundo é digital”

Na 2.ª edição dos Prémios Insties Gerador que decorreram recentemente, na Biblioteca Orlando Ribeiro, em…

Texto de Ricardo Gonçalves

Conferencia de imprensa do Place Market da Worten na loja fisica do Centro Comercial Colombo , com a presenca de Mario Pereira ( COO Worten Iberia ) , Joana Pina Pereira ( Directora de market Place ) e Ines Beirao ( Directora de Marketing da Worten ) . Lisboa , 19 de Setembro de 2018 . ©Enric Vives-Rubio

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Na 2.ª edição dos Prémios Insties Gerador que decorreram recentemente, na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, o Gerador juntou-se, entre outros parceiros, à Worten para eleger alguns dos mais talentosos instagramers a fotografar para esta rede social.

Num contexto em que o digital domina, as marcas apostam cada vez mais na implementação de estratégias a fim de melhorarem o seu posicionamento. Neste sentido, o Gerador foi falar com António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Worten, para aprofundar a estratégia digital que tem sido posta em prática pela marca.

Ao longo desta entrevista, é possível desvendar alguns dos elementos integrantes da estratégia digital da Worten, assim como as ferramentas online utilizadas pela marca junto do público.

Gerador (G.) – Qual a estratégia digital que tem vindo a ser desenvolvida pela Worten?
Worten (W.) – É, cada vez mais, uma estratégia desenvolvida numa perspetiva de publisher. A relevância dos conteúdos publicados pelas marcas ganha uma outra dimensão quando se trata do digital, num contexto abrangente, e das redes sociais, em particular. Temos de saber acompanhar as tendências e oferecer conteúdos pertinentes e que aportem valor. Acreditamos que, através dessa vertente publisher, conseguimos chegar mais perto dos clientes/fãs que estão realmente muito tempo online, correspondendo e superando expectativas e, dessa forma, conquistar pontos como “a” marca tecnológica de referência.

Gerador (G.) – Para a vossa marca, qual a importância de ter um bom posicionamento em termos das plataformas digitais?
Worten (W.) – É essencial! A Worten tem apostado e investido bastante nas suas plataformas digitais nos últimos anos, porque, de facto, sabemos que é onde o consumidor está. Em setembro do ano passado, por exemplo, lançámos, em Worten.pt, um novo modelo de negócio, por meio do qual alargámos a nossa oferta ao nível de gama de produtos, passando, desde então, a vender produtos relacionados com Casa & Decoração (sofás, candeeiros, mesas, cadeiras, etc.).

G. – De que forma é que a Worten tem aproveitado a plataforma de Instagram?
W. – O Instagram da Worten tem seguido uma lógica de curadoria muito interessante: convidamos instagramers, artistas, ilustradores, fotógrafos, youtubers, enfim, nomes de referência numa área específica que nos ajudam a “pintar” o nosso mural com posts inovadores e dedicados a uma determinada temática. Desde a tecnologia ao gaming, passando pela eficiência energética ou pela vida ativa, gostamos de ver como estes talentos interpretam aquilo que, no fundo, representa o core e a missão da Worten, em termos promocionais e não só.

G. – Têm apostado na curadoria da vossa página de Instagram com artistas/figuras públicas, mas também na relação que estabelecem com alguns programas de televisão. Quais os critérios que utilizam para a seleção desse conteúdo?
W. – O patrocínio ao programa FFF – Famílias Frente a Frente, da RTP 1, foi uma estreia para a Worten. Nunca o havíamos feito, pelo menos com esta expressão e com esta abordagem de branded content. Decidimos avançar, porque um dos eixos estratégicos da nossa marca passa precisamente pelas cozinhas. Se todos reconhecem a Worten como uma marca de retalho que vende grandes e pequenos eletrodomésticos para equipar uma cozinha, poucos ainda saberão que também vendemos mobiliário. Desde 2018 que temos vindo a reforçar a nossa comunicação no sentido de mostrar ao consumidor que, na Worten, consegue garantir todo um ecossistema 360º para a sua cozinha. Pode, inclusive, escolher os materiais num dos nossos quatros showrooms – nas lojas Worten do Forum Sintra, de Braga Minho Center, do Maia Shopping e de Matosinhos – e, através de um software 3D, perceber logo como vai ficar a cozinha que está a idealizar e a conceber à sua medida. Em suma, a nossa presença neste ou naquele programa vai depender da adequação aos nossos objetivos de marca e, claro, também a sua comunicação terá de estar enquadrada num plano digital coerente, que nos permita atingir de forma positiva o nosso target.

G. – Qual o contributo que este tipo de estratégia digital tem dado à Worten?
W. – De acordo com os estudos da Publivaga, fazemos parte do top 10 das marcas em Portugal. Tal deve-se ao trabalho de equipas multidisciplinares, da área de Marca & Comunicação, focadas em objetivo comuns: o da notoriedade da Worten e o reforço do seu posicionamento como marca líder de mercado. Acreditamos que a forma como estamos a trabalhar proativamente a nossa presença nos canais digitais – seja através de advertising puro e duro seja através de conteúdos pagos – nos tem ajudado na concretização desses objetivos.

G. – De que modo é que potenciam as vossas campanhas e marcas no Instagram?
W. – Fazemo-lo sempre de forma integrada, adequando o conteúdo ao canal e ao target. Sabemos que o funciona em loja, em termos de mensagem, pode não resultar no digital ou num outdoor. Ao ter-se a preocupação de fazer esse “filtro”, sabemos que estaremos, desde logo, a potenciar corretamente as nossas mensagens.

G. – Por que deve uma marca optar por uma estratégia no digital? Quais as vantagens e os desafios?
W. – Para sobreviver, as marcas têm de ser digitais tanto quanto o mundo é digital. Ponto final. Têm de ser digitais nos seus processos, na sua relação com clientes e parceiros, na forma como comunicam e interagem. Hoje em dia, a grande maioria dos consumidores que queremos impactar, está online e, por isso, esse canal é, efetivamente, mandatório em qualquer plano de comunicação/marketing. A maior vantagem é saber com confiança que o consumidor está e interage nessas plataformas; o principal desafio é evitar “falar por falar”, ou seja, não devemos cair no erro de comunicar só porque podemos, só porque temos esse canal aberto. A comunicação deve ser direcionada – falar certo, para as pessoas certas, no timing certo.

G. – Em que outros canais comunicam? Qual o mais eficaz e que gera maior retorno financeiro e no número de seguidores?
W. – A Worten é uma marca que comunica 365 dias, por ano. Regra geral, as nossas comunicações são suportadas por uma estratégia multicanal (que envolve, além do digital, TV, rádio, imprensa, exterior e ponto de venda), pois reconhecemos que cada suporte tem a sua importância, consoante o objetivo definido para aquela campanha, ação ou projeto. É desta comunicação integrada que obtemos o retorno e a fidelização esperados.

G. – Quais as principais tendências que destacam na utilização das plataformas digitais?
W. – Uma das tendências mais interessantes, na minha opinião, prende-se com a própria Comunicação Social – no fundo, também ela um canal importante para a divulgação das mensagens das marcas – que, cada vez mais, usa as próprias redes sociais para ganhar projeção e garantir a sua influência. Ou seja, a imprensa e a rádio – talvez sobretudo estas duas – perceberam a importância do digital para se aproximarem dos leitores/ouvintes e, principalmente, viram o digital como uma ferramenta de seu autorrecriarem e de gerarem influência junto dos seus públicos. Trata-se de um fenómeno recente, que tem dado audiências bastante expressivas a esses meios. E, sabendo isso, as marcas também olham para esses suportes de forma diferente: por exemplo, na edição deste ano do Código DáVinte, projeto de responsabilidade social da Worten, tivemos, pela primeira vez em seis anos, o Grupo Renascença Multimédia (que inclui as rádios Renascença, RFM e Mega Hits) como parceiro, muito devido à sua capacidade de engagement com os ouvintes e pelos conteúdos diferenciadores que produzem. Uma parceria que se mostrou vitoriosa; entregámos, no passado dia 11 de fevereiro, um donativo de 180000€ à Associação Corações Com Coroa, para financiar bolsas de estudo a jovens raparigas com potencial, mas sem meios de continuar a estudar.

Entrevista de Ricardo Ramos Gonçalves
Fotografia cedida pela Worten

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