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Há dez filmes independentes americanos para ver até domingo em Lisboa

De 7 a 12 de março, há dez filmes independentes americanos para ver no Cinema São Jorge, em Lisboa. A saúde mental, a violência urbana, as manipulações laboratoriais, a imigração clandestina, a orientação sexual são alguns dos temas abordados, revela ao Gerador o programador deste ciclo.

Texto de Isabel Patrício

Fotografia cortesia de Outsiders – Ciclo de Cinema Independente Americano

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Arranca esta terça-feira a segunda edição do Outsiders - Ciclo de Cinema Independente Americano. Até domingo, dia 12 de março, o Cinema São Jorge, em Lisboa, vai servir de palco, assim, a dez filmes de realizadores independentes, que nunca foram apresentados em Portugal e que contam com um “relevante percurso nos mais prestigiados festivais de cinema do mundo”. “Ver um western como In a Valley of Violence, com Ethan Hawke e John Travolta, ou um neo-film noir como Gemini, com Lola Kirke e Zoë Kravitz, no ecrã gigante da sala Manoel de Oliveira, do São Jorge, são experiências raras hoje em dia”, destaca o programador Carlos Nogueira, em declarações ao Gerador.

A ideia de criar este ciclo de cinema, começa por explicar o referido responsável, surgiu no âmbito das comemorações dos 35 anos da  Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), mas a pandemia levou a uma mudança de planos, pelo que a primeira edição só aconteceu no final de 2021. “Apesar dos esforços de alguns festivais e de raras presenças nos canais tradicionais de distribuição, muitos dos cineastas surgidos no pós-milénio e grande parte destes filmes permaneciam inéditos no nosso país. Era um trabalho que precisava de ser feito”, sublinha Carlos Nogueira.

Já este mês decorre a segunda edição do Outsiders, que prossegue “o caminho trilhado pela primeira, apostando-se agora nas pontes que este cinema estabelece com o passado, nomeadamente na utilização dos códigos dos géneros do cinema clássico de Hollywood”, adianta o programador.

O ciclo arranca esta terça-feira, dia 7 de março, com o filme The Lovers (na fotografia no topo), realizado por Azazel Jacobs, e protagonizado por Debra Winger e Tracy Letts, que “interpretam um casal há muito tempo desapaixonado e ambos envolvidos em relações extra-matrimoniais”. 

Já no dia seguinte, será mostrado Upstream Color, de Shane Carruth, “uma misteriosa obra de ficção científica”, que foi premiada nos festivais de Sundance e Sitges e que integrou a selecção oficial de festivais como Berlim e Sundance London. Ainda na quarta-feira, mas mais tarde, será exibido Madeline's Madeline, de Josephine Decker, que reflete sobre “a relação entre a saúde mental e as artes performativas”.

Upstream Color, de Shane Carruth, é, na palavras da organização deste ciclo, “uma misteriosa obra de ficção científica”. Fotografia cortesia do ciclo Outsiders.

No dia 9, será a vez de Transpecos, um filme de gangsters do realizador Greg Kwedar, e de Depraved, de Larry Fessenden. E na sexta-feira, poderá ser visto Foxhole, de  Jack Fessenden, e In a Valley of Violence, realizado Ti West.

No sábado, será apresentado Krisha, um melodrama familiar de Trey Edward Shults, e Gemini, do realizador Aaron Katz. “A segunda edição do ciclo Outsiders termina no domingo, dia 12 de março, com Wild Nights with Emily, realizado por Madeleine Olnek, um filme biográfico muito pouco convencional sobre a escritora Emily Dickinson”, realça a organização.

Nesta edição, o Outsiders conta ainda com a presença do referido realizador Jack Fessenden, que vai estar em Lisboa para uma masterclass na Faculdade de Belas-Artes  e apresentar o seu filme Foxhole.

Jack Fessenden vai estar em Lisboa para uma masterclass na Faculdade de Belas-Artes. Fotografia cortesia do ciclo Outsiders.

“O ciclo Outsiders não dá apenas a ver bons filmes, permite preencher lacunas, revelar que muito do que se faz hoje em televisão não nasceu de geração espontânea, e mostrar caminhos menos conhecidos que o cinema americano tem explorado”, enfatiza Carlos Nogueira, que revela que a saúde mental, a violência urbana, as manipulações laboratoriais, a imigração clandestina, a orientação sexual são alguns dos temas abordados nos filmes selecionados este ano.

O programa completo pode ser consultado online. Os bilhetes, que custam 4,5 euros por sessão (ou quatro euros, no caso dos menores de 25 anos e maiores de 65 anos), podem ser adquiridos também por essa via. Este ciclo é uma coprodução entre a FLAD e o Cinema São Jorge.

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