fbpx

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Há um aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO no Algarve

Os municípios de Loulé, Silves e Albufeira e a Universidade do Algarve uniram-se para nos…

Texto de Patrícia Nogueira

Geoparque, Mina de Sal Gema de Loulé. Loulé 11 Março 2020, FOTO: VASCO CÉLIO/STILLS

Apoia o Gerador na construção de uma sociedade mais criativa, crítica e participativa. Descobre aqui como.

Os municípios de Loulé, Silves e Albufeira e a Universidade do Algarve uniram-se para nos dar a conhecer um património com mais de 350 milhões de anos. O aspirante a Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira é para os amantes do turismo de natureza e curiosos da história e do território nacional.

O Algarve esconde um dos segredos mais bem guardados de Portugal. Não falamos das praias e da comida, mas sim do único geoparque a sul do rio Tejo que ocupa um total de 1.381km2, cerca de um terço do território algarvio, onde reside um património geológico anterior ao aparecimento dos dinossauros tão singular e tão relevante que permite contar vários capítulos da história do planeta Terra - o aspirante a Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira.

Subir à Rocha da Pena, descobrir os mistérios da Mina de Sal-Gema na cidade de Loulé, observar a Formação do "Grés de Silves", que percorre o Vale Fuzeiros, fazer uma caminhada até à Fonte Benémola ou visitar o Planalto do Escarpão. As atividades que se podem fazer no território que agora se candidata a Geoparque Mundial da UNESCO são inúmeras. Dele fazem também parte os geossítios da Discordância Angular no Pirinéu, da Penina, onde se encontra a Jazida do Metoposaurus algarvensis, e do Complexo vulcano-sedimentar nomeadamente na Torre e dos Megalapiás da Varejota, que já podem ser visitados.

A Diretora Científica do Geoparque, Cristina Veiga-Pires, explica que "A candidatura a Geoparque Mundial da UNESCO surgiu na sequência do importante património paleontológico, que nos últimos anos tem vindo a ser revelado na formação do grés de Silves. Tudo começou com a descoberta do Metoposaurus algarvensis (227 milhões de anos), espécie singular de salamandra gigante com mais de 2 metros de comprimento que dá nome a este geoparque, só foi descrito, até ao momento, nesta região do mundo".

Para além deste património geológico de referência a nível nacional e internacional, o aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira possui também um rico património natural, pela sua reconhecida biodiversidade, arqueológico, gastronómico, cultural e social comum, extensível e complementar entre os três municípios.

"Este território reúne o legado de uma história geológica que conta o nascimento de cadeias montanhosas e mares antigos, e se estende desde muito antes dos continentes terem a sua configuração atual, ou mesmo dos dinossauros existirem, até aos dias de hoje", acrescenta Cristina Veiga-Pires.

Este é um projeto pensado para várias gerações, perpetuando costumes e tradições, e que pretende desenvolver o turismo no interior e, ao mesmo tempo, estimular a economia. As iniciativas propostas passam, pela criação de roteiros patrimoniais, que permitam o desenvolvimento de um turismo sustentado e a fixação de pessoas, pela realização de exposições e ações de educação e comunicação, por aprofundar o conhecimento do território e promover a preservação e conservação do património ambiental e cultural do território Geoparque, com ações de manutenção, conservação, educação e promoção de turismo social e ambientalmente sustentável.

Texto de Patrícia Nogueira
Fotografias de Vasco Célio
Se queres ler mais notícias sobre a cultura em Portugal, clica aqui.

Publicidade

Se este artigo te interessou vale a pena espreitares estes também

13 Outubro 2025

Jornalista afegã pede ajuda a Portugal para escapar ao terror talibã

18 Setembro 2025

Arte, pensamento crítico e ativismo queer reúnem-se numa ‘Densa Nuvem de Amor’

17 Setembro 2025

MediaCon: convenção de jornalismo regressa a Lisboa em outubro

24 Julho 2025

MediaCon 2025 tem candidaturas abertas para novos projetos de jornalismo

2 Julho 2025

Candidaturas abertas para o Workshop de Curadores da 13.ª Bienal de Berlim

16 Junho 2025

Para as associações lisboetas, os Santos não são apenas tradição, mas também resistência

29 Maio 2025

Maribel López: “Temos de tentar garantir que os artistas possam dar forma às suas ideias”

28 Maio 2025

EuroPride: associações LGBTI+ demarcam-se do evento mas organização espera “milhares” em Lisboa

1 Maio 2025

Literacia mediática digital além da sala de aula 

22 Abril 2025

“Pressão crescente das entidades municipais” obriga a “pausa criativa” dos Arroz Estúdios

Academia: cursos originais com especialistas de referência

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo Literário: Do poder dos factos à beleza narrativa [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Fundos Europeus para as Artes e Cultura I – da Ideia ao Projeto [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Financiamento de Estruturas e Projetos Culturais [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Jornalismo e Crítica Musical [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Comunicação Cultural [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Desarrumar a escrita: oficina prática [online]

Duração: 15h

Formato: Online

30 JANEIRO A 15 FEVEREIRO 2024

Criação e Manutenção de Associações Culturais

Duração: 15h

Formato: Online

Investigações: conhece as nossas principais reportagens, feitas de jornalismo lento

29 DE SETEMBRO

A Idade da incerteza: ser jovem é cada vez mais lidar com instabilidade futura

Ser jovem hoje é substancialmente diferente do que era há algumas décadas. O conceito de juventude não é estanque e está ligado à própria dinâmica social e cultural envolvente. Aspetos como a demografia, a geografia, a educação e o contexto familiar influenciam a vida atual e futura. Esta última tem vindo a ser cada vez mais condicionada pela crise da habitação e precariedade laboral, agravando as desigualdades, o que preocupa os especialistas.

02 JUNHO 2025

15 anos de casamento igualitário

Em 2010, em Portugal, o casamento perdeu a conotação heteronormativa. A Assembleia da República votou positivamente a proposta de lei que reconheceu as uniões LGBTQI+ como legítimas. O casamento entre pessoas do mesmo género tornou-se legal. A legitimidade trazida pela união civil contribuiu para desmistificar preconceitos e combater a homofobia. Para muitos casais, ainda é uma afirmação política necessária. A luta não está concluída, dizem, já que a discriminação ainda não desapareceu.

Carrinho de compras0
There are no products in the cart!
Continuar na loja
0