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Há um espaço na Lousã que celebra a tradição oral portuguesa

O Cura foi criado para combater a escassez da oferta cultural na zona centro do país, promover a diversidade artística, revelar tradições, e celebrar “a mestria dos anciãos”. Vai passar a abrir com maior regularidade.

Texto de Isabel Patrício

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A partir da próxima semana, o CURA – espaço em Serpins, Lousã, que celebra a tradição oral portuguesa – passa a estar aberto de quinta-feira a domingo, das 17h00 às 20h00. Ainda que tenha sido inaugurado no final de março, este lugar criado pela associação A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria só podia ser visitado, até agora, por marcação, conta ao Gerador o diretor artístico, mas abre agora as suas portas ao público, convidando-o a beber vinho de autor enquanto vê vídeos de várias regiões de Portugal.

A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria é uma associação sem fins lucrativos, que já organiza piqueniques e eventos, mas faltava criar uma “espaço onde pudesse receber pessoas” e mostrar o seu “paradigma principal: a partilha e a escuta”, explica Tiago Pereira. Foi assim que surgiu o CURA, em Serpins, como “lugar de encontro” que celebra 100 anos de tradição oral portuguesa.

O espaço foi inaugurado no final de março e, apesar do balanço ser positivo, tem enfrentado alguns desafios, nomeadamente ao nível do financiamento. “Como ter uma programação quotidiana sem dinheiro? Como receber as pessoas todos os dias e ter um espaço aberto? Como ter dinheiro para pagar a uma pessoa para lá estar o dia inteiro, especialmente num sítio como Serpins, onde há dias inteiros em que ninguém passa pelo CURA”, enumera o diretor artístico, que indica que, por isso, até ao momento só estavam a ser feitas visitas com marcação.

Os próximos meses prometem, contudo, trazer algum dinamismo. O CURA terá uma estagiária francesa, ao abrigo do programa ERASMUS, que permitirá que o espaço seja aberto mais vezes. “Sabemos que vamos abrir o CURA nos meses de junho, julho e agosto de forma mais coerente e mais vezes”, salienta Tiago Pereira. 

E entretanto, a associação anunciou que este espaço estará mesmo aberto de quinta-feira a sábado, das 17h00 às 20h00. “Pode-se beber vinho a copo ou à garrafa, vinho de autor de produtores de diversas partes do país a preços muito justos e ver vídeos de várias regiões”, revelou A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria. “Venha passar um fim da tarde na CURA, beba um vinho, folheie uns livros, veja vídeos e conheça o país sem sair de Serpins”, apelou a mesma.

Ao Gerador, o diretor artístico adianta ainda que está a aguardar o resultado de um financiamento, que permitirá promover concertos, oficinas e encontros com artesãos neste espaço.

O CURA está, convém notar, equipado com um sistema de som e com um projetor de vídeo, com os quais se pode assistir a filmes, debates, espetáculos de música ou de dança ou participar em oficinas. Uma das iniciativas pensadas neste âmbito foi a Tasca Digital, uma experiência de prova de vinhos e queijos de várias regiões do país, na qual o visitante aproveita para assistir a vídeos da autoria d’ A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria.

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