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Opinião de Sofia Craveiro

Hino de um Portugal atual

Nas Gargantas Soltas de hoje, Sofia Craveiro versa sobre a polémica em torno da proposta de Dino D’Santiago, para alterar o hino nacional.

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Neste país colonial de heróis do mar, o nobre povo resiste à mudança.

A Nação que se vê valente encara o símbolo como imortal,

Rejeita levantar hoje, de novo, um novo significado para Portugal.

As brumas da memória cerram dentes e escárnios,

A voz dos egrégios avós ofusca o grito dos filhos audazes.

Dizem querer guiar-nos à vitória, mas agarram-se ao nevoeiro.

Empunham armas e iludem-se com o alheio, seja na terra ou no mar.

A pátria levou canhões onde não lhe cabia levar.

Apesar disso insistem em marchar,

De punho cerrado e quinas ao peito.

A luz viva do céu continua oculta pelo mito.

Da Europa para a Terra inteira, o nacionalismo não pereceu.

Beijam o solo, as estátuas e erguem os braços pelos vencedores que a chacina elegeu.

Às armas, às armas, sobre a terra e sobre o mar,

Contra os canhões da reflexão, sempre marchar, marchar.

Saudai o sol, que se põe sobre a mudança que nunca há-de vir.

Este eco de pequena afronta não pode ser sinal de ressarcir.

Os raios desta aurora surgem como vontades de bem.

Venha quem vier, este continuará a ser o Portugal que Deus tem.


-Sobre a Sofia Craveiro-

Espírito esquizofrénico e indeciso que já deu a volta ao mundo sem sair do quarto. Apaixonou-se pelo jornalismo ao integrar um jornal local teimoso e insistente que a fez perceber o quanto a informação fidedigna é importante para a vida democrática. Desde essa altura descobriu também que gosta de fazer perguntas para as quais não tem resposta. Vive entre Lisboa e a Covilhã enquanto escreve para diferentes títulos de jornalismo alternativo. Integra ainda o projeto Inocência, de jornalismo de investigação. Encontrou o seu caminho nesta casa chamada Gerador, onde se compromete a suar a alma em cada linha escrita.


A opinião expressa pelos cronistas é apenas da sua própria responsabilidade.

As posições expressas pelas pessoas que escrevem as colunas de opinião são apenas da sua própria responsabilidade.

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