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Klin Klop conta a sua história em “Lua Nova”, o seu EP de estreia

Em novembro, Klin Klop apresentou-se ao mundo com o seu primeiro EP “Lua Nova”, pela…

Texto de Patrícia Nogueira

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Em novembro, Klin Klop apresentou-se ao mundo com o seu primeiro EP “Lua Nova”, pela Discotexas. A artista que navega entre a música clássica, a produção musical, o sound design e o djing, traz-nos três músicas que contam a sua história.

Foi aos 7 anos que Inês Meira, mais conhecida por Klin Klop, começou a dar os primeiros passos no mundo da música, na Academia de Música de Viana do Castelo a estudar violino, no entanto, não foi a artista que escolheu o seu caminho – “Desde muito cedo os meus pais obrigaram-me a estudar música, dança e teatro. Achavam que o meu percurso seria sempre em cima de um palco. É estranho dizer isto, até porque os meus pais, não estão ligados às artes performativas. O meu pai é engenheiro e a minha mãe é contabilista. Mas é obvio que acertaram, e ainda bem que tiveram a visão certa”, conta em entrevista ao Gerador.

Ao longo do tempo começou a achar que a música podia ser realmente o seu caminho, no entanto, a música clássica, não lhe dava o “espaço nem liberdade” para a sua criatividade. “Eu, realmente, gosto de estudar e compreender as obras de outros compositores, mas também gosto de criar de raiz e não explorar apenas a interpretação das obras”, conta, lembrando ainda o curso de Produção Musical que lhe abriu outros horizontes – “Fiz a escolha certa! Acabei por ficar completamente rendida! A exploração do som trouxe-me uma curiosidade diferente. Aí o jogo mudou! Apercebi-me que não estava apenas a estudar música, mas também o som. Foi assim que encontrei o meu caminho na música eletrónica, onde estes dois mundos são muito diferentes, mas ao mesmo tempo cruzam-se e completam-se”.

O alter-ego Klin Klop nasce de uma série de influências e de mãos dadas também com as suas influências africanas. “A palavra Klink significa som, e Klop significa batida em afrikaans”, e, juntas, emergem pelo mundo de Inês onde o jazz mais groovy, o funky e o afro-music se fundem com o etno-beats, onde o disco, o house e o techno se encontram muitas vezes com o som do violino e das teclas. Questionada sobre se é a música eletrónica que permite esta fusão, Klin diz que sim, “sem dúvida”, e que esta lhe traz uma “linha mais coerente, mas ao mesmo tempo muito diversificada”.

Depois de participar no álbum de Moullinex, “Requiem For Empathy”, com o seu violino, e lançar o seu projeto “Klin Klop Live - Alt-Shift”, um concerto-filme de composições originais, Klin Klop presenteia-nos agora com o seu EP “Lua Nova”, trazendo consigo quatro músicos que admira e que, para além de músicos são seus amigos. O guitarrista, João Lima, “estudou nas melhores escolas do mundo”, cresceram juntos e Klin considera-o um “crânio da música”. Para as teclas, a artista convidou Gonçalo Palmas, pois já haviam tocado juntos noutras bandas, “com um estilo diferente, mais jazz, mais funk e mais rock progressivo”, segundo Klin, “tem uma intuição musical incrível e é um relaxado, o que faz com que toda a gente goste de tocar com ele”. Miguel Pinto, o baixista, é “uma caixinha de surpresas”, músico auto didata que faz da música um hobby, “tem uma noção de composição fenomenal e tem um gosto musical muito requintado”, conta.  Já o percussionista, Miguel Gonçalves, mais conhecido como Manu Idhra, é músico e produtor e a artista diz ser o “guru” do grupo, sendo que a “música eletrónica é o seu forte”.

Apresentada a equipa que deu corpo a “Lua Nova”, Klin Klop conta que este EP conta a sua história – “Começa com a Lua Nova (Overture), uma introdução e uma forma de dizer “Olá eu Sou a Klin Klop, sou violinista, quero vos mostrar as minhas raízes da música clássica e também a estética da música eletrónica, pela qual eu sou influenciada”. Isto está representado sonoramente com o solo do violino no início, em seguida o solo do sintetizador e termina em formato quarteto (violino, guitarra e sintetizadores) inspirado nas obras mais conhecidas, como os chorales de Johann Sebastian Bach. A segunda música chama-se Klã, é aqui que eu apresento todos os músicos, e quis representar que somos todos um clã, um grupo unido. Por isso escolhi um tema mais pop e mais cantável, uma sonoridade que nos representa como amigos e como músicos. A terceira e última música, Big Thing, representa a minha perspetiva e as minhas expetativas para o meu projeto, que espero que seja em grande!”.

O EP já está disponível nas plataformas digitais habituais.

Texto de Patrícia Nogueira
Fotografia da cortesia de Klin Klop

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