Inteiramente digital, o novo festival ibero-americano sobre artes participativas que une Portugal e Argentina decorrerá entre os dias 4 de setembro e 21 de novembro, contando com variadas conversas, produções artísticas e um seminário internacional.
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A primeira edição do Latitude 40 procura fomentar a partilha de processos artísticos participativos desenvolvidos dentro da comunidade ibero-americana. Propondo-se a criar um espaço para partilha de metodologias, experiências e boas práticas entre profissionais de diferentes partes do mundo, bem como pensar o papel essencial que a cultura e a criatividade têm no desenvolvimento social e humano, o festival "trata-se de uma produção que une Lisboa e Buenos Aires, e é precisamente dessa união que surge o seu nome, uma vez que, ambas as cidades, estando em hemisférios diferentes, partilham a mesma latitude: 40º", lê-se em comunicado.
Contando com um seminário de cinco sessões intitulado “Resgatando o Nós: Territórios e poéticas do coro na cena contemporânea”, orientado por Agustina Ruiz Barrea (Grupo de Teatro Comunitário Los Pompapetriyasos) e Cláudia Andrade (Associação Cultural A Caravana), o festival irá também exibir duas produções artísticas das associações promotoras.
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A sua programação inclui ainda palestras de diversos teóricos e artistas, especialistas em artes e comunidade. Estas terão início já em setembro, com a investigadora Lola Proaño (Equador), e Shaday Larios (México), bem como com o ator, pedagogo e artista plástico Alfredo Iriarte. Em outubro, será possível assistir a uma conversa com o investigador português Hugo Cruz, diretor artístico do Mexe — Encontro Internacional de Arte e Comunidade, e a outra com Daniela Carvajal, diretora de mediação cultural na Fundação Museus da Cidade, no Equador. Por fim, em novembro, o ciclo de conversas encerra com o incontornável encenador brasileiro Amir Haddad, fundador de coletivos teatrais como A Comunidade e o Tá na Rua.
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Financiado pelo programa Garantir Cultura e coproduzido pela Associação Cultural A Caravana (Portugal) e pelos Los Pompapetriyasos (Argentina), o festival ergue-se na sequência do Laboratório de Práticas Performativas na Comunidade (Lisboa, 2018) coorganizado por estas associações.