Aníbal Zola, natural do Porto. Deu os primeiros passos na música na escola primária sendo o piano o seu primeiro instrumento. Mais tarde estudou guitarra, seguindo-se o baixo elétrico. Aos 25 anos, volta à Escola de Jazz do Porto para estudar contrabaixo.
Actualmente faz parte dos projectos Palankalama, Les Saint Armand, Projecto Ferver, Carol Mello e é membro fundador do projecto Aníbal Zola. Desde 2014 que utiliza a voz como um instrumento de forma profissional, apresentando espectáculos a solo ou em banda interpretando temas seus e fazendo versões de bossa nova, música portuguesa entre outras.
Em março de 2018 lançou o primeiro álbum em nome próprio intitulado Baiumbadaiumbé. No dia 28 de fevereiro deste ano editou um novo disco, amortempo, que inclui canções em português com uma abordagem musical de busca de identidade produzido por um contrabaixista. Resulta do desejo de juntar o contrabaixo e a voz a um conjunto generoso de participações de outros músicos que têm vindo a cruzar-se com Aníbal Zola. Procura essencialmente fundir música portuguesa com música latino americana e dá, com frequência, espaço para a improvisação. As letras não são mais do que as próprias inquietações do artista que se espelharam em temas já muito explorados pela humanidade, e que, em Aníbal Zola, surgiram através de um processo bastante inocente.
Quanto à sua seleção musical disse-nos que: "Optei por uma lista só com artistas já consagrados, não por não haver artistas emergentes incríveis, bem pelo contrário, foi uma opção."
Fica com a sua seleção de 10 músicas, aqui:
José Mário Branco, "Fado da Tristeza"
"Um fado com uma letra que diz que não há que inventar alegrias se estiveres triste é, para mim, genial."
Fausto Bordalo Dias, "Foi por ela"
"O Fausto é um artista que eu percebi há pouco tempo, na realidade, foi o álbum Por este rio acima que me ensinou. Esta música tem sido uma obsessão recente minha."
Jorge Palma, "Dá-me Lume"
"Na minha cabeça foi esta música que me ensinou a cantar, pelo menos foi das primeiras que me disseram que eu imitava quase igual. É uma música especial para mim, sem dúvida."
JP Simões, "1970 (retrato)"
"Esta é uma música que sempre me inspirou muito, letra, composição, imaginário, tudo perfeito."
Miguel Araújo, "Sete Passos (Carolina)"
"Acho esta música muito bem composta e com uma letra que transmite ternura. Põe-me realmente a pensar para quem é que ele está a falar, será a filha? A mulher? É inventado?"
Ornatos Violeta, "Mata-me outra vez"
"O cão é O disco dos ornatos para mim, ouvi-o umas 1000 vezes, esta é das minhas preferidas."
Zeca Afonso, "Galinhas do mato"
"Escolhi uma música sem palavras propositadamente. O Zeca é muito mais do que as letras e a intervenção política."
Cool Hipnoise, "Sofá"
"Ponho esta música aqui meio que em jeito de comédia, mas na realidade esta ideia de explorar a preguiça em letras é algo que eu já tentei fazer e acho que vem daqui. Mais uma vez tenho um CD com esta música (acho que é um best of de Cool Hipnoise, na realidade) que me fartei de ouvir e esta música fazia-me sempre soltar uma gargalhada, punha-me mesmo bem disposto. A verdade é que nunca mais a esqueci."
Dead Combo, "Lisboa Mulata"
"Uma das grandes bandas portuguesas deste século, tinha de estar nesta minha lista. Gosto particularmente desta música pela abordagem mais africana."
Samuel Úria, "Essa Voz"
"Até ter ouvido esta música não percebia muito bem o Samuel Úria, mas esta música fez-me render totalmente ao seu talento. Adoro a ideia da música e a forma como essa ideia foi materializada."