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Mescla com Gustavo Antunes

A mescla desta semana chega-nos pelas mãos de Gustavo Antunes.

Fotografia de Tiago Fróis

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Gustavo Antunes nasceu no Brasil, no Rio de Janeiro, e vive atualmente em Portugal. É mestre em Artes Cênicas pela Universidade Nova de Lisboa e desde 2014 que tem vindo a desenvolver atividade artística. Define-se como ator-performer, investigador, formador e produtor.  É um dos fundadores do grupo L.A.P. – Laboratório de Artes Performativas e é ator e assistente de encenação n' A Companhia João Garcia Miguel, companhia de criação artística contemporânea com mais de 20 anos de atividade.

Em novembro, será um dos intérpretes do próximo espetáculo da Companhia João Garcia Miguel, uma co-criação com a Alma d'Arame e a ASTA. Maria Coroada será apresentada no Teatro Nacional de São João, no Porto, entre os dias 23 e 26 de novembro. O elenco conta ainda com Oceana Basílio, Carmo Teixeira, Manuel João Vieira, Miguel Moreira, Rui Oliveira e Sérgio Novo.

Esta é a lista de 10 músicas de autores portugueses, selecionada pelo ator-performer, com uma nota que justifica as suas escolhas:

“Fascinam-me as músicas tradicionais e as variações de ritmo, vozes e sonoridades das músicas das diferentes regiões do mundo.

As vozes, os cantos e as maneiras de cantar parecem refletir os modos de vida, a paisagem, as pedras, as árvores, o clima, o imaginário coletivo e a alma de cada lugar. E, por isso, a presença de tantas músicas tradicionais nesta lista... Algumas ouvi mesmo in loco cantada pelas pessoas que são responsáveis por mantê-las vivas no corpo e no coração. Para mim, o Zeca Afonso e o José Mário Branco são dois nomes incontornáveis quando se fala em música portuguesa. A música "Cantar Alentejano" evoca uma lembrança específica. Estava em ensaios para uma peça com a Baal17 - Companhia de Teatro e eu fui de carro com uns colegas dessa Companhia assistir a um outro ensaio, noutra cidade. Esses amigos colocaram-me essa música para ouvir e contaram-me a história da Catarina Eufémia, que eu já conhecia mas gostei de ouvir da boca deles... ouvi a música enquanto a paisagem alentejana corria pelas retinas e as águas das minhas emoções irrompiam dos olhos.

Os Dead Combo conheci-os porque fizeram a trilha sonora de um filme lindíssimo "A Cidade onde envelheço" ao qual assisti pouco tempo antes de chegar cá em Portugal. "Verdes Anos" é de uma beleza pungente e enche-me de uma sensação de nostalgia que todos nós trazemos incurável. "Medo" da Amália Rodrigues aborda um – ou dois, na verdade – dos temas que mais me emocionam, que é o medo e a solidão... e também o medo da solidão.

Eu sinto-me muito bem sozinho, mas, ao mesmo tempo, acontece-me várias vezes ser obrigado a estar sozinho, e faço uma força enorme para tentar fugir da situação de solidão. É engraçado porque, muitas vezes, eu acabo por não ter solução e encaro a solidão e sinto-me muito bem... é o primeiro embate que às vezes é bastante difícil. Por outro lado, eu sei que não suportaria a solidão forçada por muito tempo, acho que é também por isso que faço teatro, porque é algo impossível de fazer sozinho. A "Travessia do deserto" é lindíssima também toca no ponto do meu ser que se emociona com a tomada de consciência da humanidade.

Como diz James Baldwin, a dor de cada um é banal, excepto se essa dor é usada para nos conectar a outras pessoas.”

Criatura & Coro dos Anjos - "Bem Bonda"

Sopa de Pedra - "É Hora do Sol Pôr"

Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa

Zeca Afonso - "Cantar Alentejano"

José Mário Branco - "FMI"

Dead Combo - "Lisboa Mulata"

Carlos Paredes - "Verdes Anos"

Amália Rodrigues - "Medo"

Zeca Afonso - “Bravos”

José Mário Branco - "Travessia do Deserto"

Todas as segundas sintoniza no site Gerador e descobre as Mesclas aqui.

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