Este módulo aprofunda o entendimento sobre o papel do programador e do diretor artístico em teatros e cineteatros, explorando as competências necessárias para conceber uma programação cultural eficaz e acessível. A formação foca-se no desenvolvimento de estratégias e práticas que otimizem a oferta cultural e a sua receção pelo público.
Esta formação está integrada na 3ª edição do Plano de Valorização e Qualificação dos Recursos Humanos afetos aos equipamentos Rede de Teatro e Cineteatros Portugueses [RTCP], uma iniciativa da Direção Geral das Artes (DGARTES), feita nesta edição em parceria com o Gerador. Uma vez que o número de vagas é limitado, a inscrição fica sujeita a confirmação e até ao máximo de duas pessoas por equipamento. Mediante as vagas disponíveis, poderão ser aceites mais. Os inscritos receberão informação até 10 dias antes do início do módulo em que se inscreveram.
Inscrições aqui.
Calendário da formação por local
Beja: 17 e 18 de março
Torres Novas: 31 de março e 1 de abril
Guimarães: 5 e 6 de maio
Calendário das candidaturas por local
Beja
Data de fecho das candidaturas - 28 de fevereiro
Data da comunicação dos selecionados - 07 de março
Torres Novas
Data de fecho das candidaturas - 14 de março
Data da comunicação dos selecionados - 24 de março
Guimarães
Data de fecho das candidaturas - 18 de abril
Data da comunicação dos selecionados - 28 de abril
Carga horária
12H
Formadora
Elisabete Paiva
Diretora Artística da Materiais Diversos desde 2015. Colabora regularmente com o Fórum Dança, a Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, a Acesso Cultura, o Plano Nacional das Artes e o TNDMII, e é frequentemente convidada para conferências, debates, júris e publicações. Iniciou o seu percurso profissional na área da produção, em 1999, tendo infletido para a área da educação artística em 2003, na colaboração com o CENTA — Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas. Coordenou e programou o Serviço Educativo d’A Oficina (Guimarães, 2006 – 2014), onde criou e editou o jornal LURA, concebeu o Programa Mais Dois e dirigiu o Serviço Educativo de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.É Mestre em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Interessa-se por promover espaços comuns de encontro, debate e criação entre pessoas diferentes.
Convidada Internacional
A formação contará ainda com a participação de Rosa Ferré (via zoom). Esta participação terá a duração de 1H e está incluída nas 12H de formação.
Rosa Ferré é diretora da TBA21 Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, fundação internacional de arte e ecologia com sedes em Madrid, Veneza e Jamaica. Foi diretora artística do Matadero Madrid (2018-2023) e diretora de exposições no CCCB (2012-2018). Tem mais de 20 anos de experiência em projetos expositivos e programação cultural. No CCCB, liderou a "Serie Beta", integrando arte, ciência e inovação social em projetos como «Big Bang Data» e «Depois do fim do mundo», sobre a crise climática. No Matadero, fundou o Instituto Mutante de Narrativas Ambientais com a Universidade Politécnica de Madrid. Especialista em utopias sociais e cultura russa do século XX, comissariou exposições como «A Cavalaria Vermelha» (Casa Encendida, 2011) e «E agora para onde vamos?» (Frankfurter Kunstverein, 2022).
Objetivos
1. Compreender as responsabilidades e desafios enfrentados pelos programadores e diretores artísticos.
2. Compreender as especificidades da programação no que diz respeito às diferenças entre apresentação de projetos artísticos experimentais e projetos mais convencionais.
3. Desenvolver habilidades para conceber e planear uma programação cultural que atenda às necessidades e expectativas do público, com ênfase em práticas discursivas em torno do trabalho artístico.
4. Explorar estratégias contemporâneas de programação cultural e entender o contexto europeu e internacional para uma programação cultural mais integrada.
Conteúdos
1. Papel do programador e do diretor artístico. O que significa programar?
2. Perfil e preparação técnica, incluindo experiências e desafios enfrentados na direção artística de espaços diferenciados na sua dimensão e âmbito.
3. Concepção e planeamento de uma programação e/ou direção artística.
4. Programação acessível, considerando a diversidade de públicos e a necessidade de criar pontes entre a dramaturgia e diversos públicos.
5. Reflexão acerca da inclusão de diferentes faixas etárias, desde o teatro juvenil até aos públicos mais idosos, bem como a adaptação de conteúdos para pessoas com diferentes níveis de literacia cultural e necessidades especiais. Exploração de estratégias para envolver comunidades locais e grupos socialmente marginalizados.
6. Programação cultural, direção artística, políticas culturais, produção artística, produção de conhecimento e dinâmicas sociais, com foco em práticas discursivas que interagem com a criação artística.
7. Estratégias contemporâneas na área da programação cultural e direção artística.
8. A programação cultural em Portugal em relação ao espaço europeu e cooperação nacional e internacional.
9. Relação com os públicos: participação, cocriação, coprodução e coprogramação.
Este programa poderá ainda ser sujeito a alterações.
Sobre a Academia Gerador
No Gerador desenvolvemos ações educativas que estimulem a criatividade e o pensamento crítico, através de investigação e ensino não formal. Mais informações, aqui.