Este módulo aprofunda o entendimento sobre o papel do programador e do diretor artístico em teatros e cineteatros, explorando as competências necessárias para conceber uma programação cultural eficaz e acessível. A formação foca-se no desenvolvimento de estratégias e práticas que otimizem a oferta cultural e a sua receção pelo público.
Inscrições aqui.
Calendário da formação por local
Beja: 17 e 18 de Março
Guimarães: 5 e 6 de maio
Torres Novas: 26 e 27 de maio
Calendário das candidaturas por local
Beja
Data de fecho das candidaturas - 28 de fevereiro
Data da comunicação dos selecionados - 07 de março
Guimarães
Data de fecho das candidaturas - 18 de abril
Data da comunicação dos selecionados - 28 de abril
Torres Novas
Data de fecho das candidaturas - 09 de maio
Data da comunicação dos selecionados - 16 de maio
Carga horária
12H
Formadora
Elisabete Paiva
Diretora Artística da Materiais Diversos desde 2015. Colabora regularmente com o Fórum Dança, a Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, a Acesso Cultura, o Plano Nacional das Artes e o TNDMII, e é frequentemente convidada para conferências, debates, júris e publicações. Iniciou o seu percurso profissional na área da produção, em 1999, tendo infletido para a área da educação artística em 2003, na colaboração com o CENTA — Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas. Coordenou e programou o Serviço Educativo d’A Oficina (Guimarães, 2006 – 2014), onde criou e editou o jornal LURA, concebeu o Programa Mais Dois e dirigiu o Serviço Educativo de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.É Mestre em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Interessa-se por promover espaços comuns de encontro, debate e criação entre pessoas diferentes.
Convidada Internacional
A formação contará ainda com a participação de Rosa Ferré (via zoom). Esta participação terá a duração de 1H e está incluída nas 12H de formação.
Rosa Ferré é diretora da TBA21 Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, fundação internacional de arte e ecologia com sedes em Madrid, Veneza e Jamaica. Foi diretora artística do Matadero Madrid (2018-2023) e diretora de exposições no CCCB (2012-2018). Tem mais de 20 anos de experiência em projetos expositivos e programação cultural. No CCCB, liderou a "Serie Beta", integrando arte, ciência e inovação social em projetos como «Big Bang Data» e «Depois do fim do mundo», sobre a crise climática. No Matadero, fundou o Instituto Mutante de Narrativas Ambientais com a Universidade Politécnica de Madrid. Especialista em utopias sociais e cultura russa do século XX, comissariou exposições como «A Cavalaria Vermelha» (Casa Encendida, 2011) e «E agora para onde vamos?» (Frankfurter Kunstverein, 2022).
Objetivos
1. Compreender as responsabilidades e desafios enfrentados pelos programadores e diretores artísticos.
2. Compreender as especificidades da programação no que diz respeito às diferenças entre apresentação de projetos artísticos experimentais e projetos mais convencionais.
3. Desenvolver habilidades para conceber e planear uma programação cultural que atenda às necessidades e expectativas do público, com ênfase em práticas discursivas em torno do trabalho artístico.
4. Explorar estratégias contemporâneas de programação cultural e entender o contexto europeu e internacional para uma programação cultural mais integrada.
Conteúdos
1. Papel do programador e do diretor artístico. O que significa programar?
2. Perfil e preparação técnica, incluindo experiências e desafios enfrentados na direção artística de espaços diferenciados na sua dimensão e âmbito.
3. Concepção e planeamento de uma programação e/ou direção artística.
4. Programação acessível, considerando a diversidade de públicos e a necessidade de criar pontes entre a dramaturgia e diversos públicos.
5. Reflexão acerca da inclusão de diferentes faixas etárias, desde o teatro juvenil até aos públicos mais idosos, bem como a adaptação de conteúdos para pessoas com diferentes níveis de literacia cultural e necessidades especiais. Exploração de estratégias para envolver comunidades locais e grupos socialmente marginalizados.
6. Programação cultural, direção artística, políticas culturais, produção artística, produção de conhecimento e dinâmicas sociais, com foco em práticas discursivas que interagem com a criação artística.
7. Estratégias contemporâneas na área da programação cultural e direção artística.
8. A programação cultural em Portugal em relação ao espaço europeu e cooperação nacional e internacional.
9. Relação com os públicos: participação, cocriação, coprodução e coprogramação.
Este programa poderá ainda ser sujeito a alterações.
Sobre a Academia Gerador
No Gerador desenvolvemos ações educativas que estimulem a criatividade e o pensamento crítico, através de investigação e ensino não formal. Mais informações, aqui.