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Moimenta da Beira recebe a primeira edição de Planalto — Festival das Artes

Entre os dias 20 e 25 de maio Moimenta da Beira recebe pela primeira vez…

Texto de Carolina Franco

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Entre os dias 20 e 25 de maio Moimenta da Beira recebe pela primeira vez Planalto, um festival das artes que põe lado a lado artistas consagrados e artistas emergentes, que ainda procuram lugares para consolidarem as suas carreiras. O distrito de Viseu vai receber mais de 30 eventos, entre espetáculos de teatro, dança e música, sessões de cinema, exposições, performances, ateliês, conversas, palestras e aulas. 

“É uma programação de excelência, na ordem das programações culturais dos grandes polos urbanos. Enquanto diretor artístico do festival, dá-me uma felicidade enorme produzir, na terra onde nasci, conteúdos culturais com uma massa crítica gigante”, disse à agência Lusa Luís André Sá. 

É o caso de Nídia, o exemplo que utilizou, uma vez que “há poucos meses estava num palco de um dos maiores festivais de música eletrónica do mundo, o Sonar.” “O Nigga Fox, que fez festas no Japão, no Canadá, em Nova Iorque, em Londres, já correu os grandes festivais de música eletrónica não só nacionais, mas também internacionais, também estará no dia 25 em Moimenta da Beira”, acrescentou.

Luís André Sá salientou ainda a presença do coreógrafo e bailarino Francisco Camacho, “que dança nos maiores teatros do mundo e vai dançar no pavilhão da escola secundária de Moimenta da Beira”, no dia 22. O cantautor brasileiro Luca Argel, a coreógrafa e performer Sónia Baptista, a cineasta Leonor Teles, o realizador Rúben Gonçalves, as performers Nina Giovelli e Marta Ramos, as Sopa de Pedra e o DJ Narciso são outros dos artistas presentes em Moimenta da Beira.

https://www.facebook.com/planaltofestival/photos/a.428006267933259/429046891162530/?type=3&theater

Os filmes "Balada de um Batráquio" e "Terra Franca", de Leonor Teles, vão ser apresentados no dia 22 de maio

O festival tem “um programa nuclear, onde estão todas as atividades de maior porte, nomeadamente todos os espetáculos de dança, de teatro, os concertos, as sessões de cinema, as exposições, todas as atividades mais diretas ao público”, e “um programa paralelo, que tem missão de educação pela arte e de formação de públicos”, explicou Luís André Sá.

“A ideia é a de que, neste programa paralelo, possamos trabalhar com as pessoas de Moimenta da Beira. Teremos ‘workshops’ a acontecer desde os infantários até aos lares de terceira idade, fazendo uma coesão social e envolvendo as pessoas que vivem neste território”, frisou. As aulas e ‘workshops’ contam com nomes como Leonor Barata, Mário Afonso, David Marques e Romulus Neagu.

O diretor artístico do festival partilhou com a Lusa que todas as atividades serão de entrada livre, exceto um almoço comunitário, no último dia, que terá um preço simbólico. Este almoço integra-se “na linha social do projeto”, que quis “ir buscar áreas artísticas para trabalhar com comunidades específicas: o cinema com as comunidades ciganas, a música com as comunidades dos PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa] e o almoço com uma comunidade de retornados de Angola sediada na Barragem do Vilar”.

O grupo Sopa de Pedra vai dar um concerto no dia 25, na Praça do Tribunal 

Planalto: levar as artes performativas a Moimenta da Beira como gesto de gratidão

O Planalto surge da vontade do bailarino e coreógrafo Luís André Sá de levar as artes performativas a territórios interiorizados, que sofrem de despovoamento. Apesar de viver em Lisboa atualmente, sempre teve intenção de devolver à terra onde nasceu um pouco daquilo que lhe foi dado durante o seu crescimento.

“Há uma enorme falta de democratização do acesso à cultura e estes territórios do interior podem também trabalhar a coesão social através da arte e da cultura”, considerou. Na sua opinião, a desertificação verificada nestes territórios “não é só de pessoas, é também de conteúdos e de massa crítica”.

Segundo Luís André Sá, desenvolver um projeto desta natureza em Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, significa, por um lado, um risco, “porque o público que não está habituado” a este tipo de programação cultural. “Mas, por outro lado, sublinha a força deste projeto, que é a urgência e a necessidade de ele acontecer”, frisou.

O coreógrafo disse que apesar de haver programação cultural em concelhos relativamente próximos, como Vila Real, Lamego, Viseu e Tondela, “uma grande fatia da população de Moimenta não tem acesso a estes polos culturais”.

O projeto Planalto quer “estar de mãos dadas com todos os projetos culturais que estão instalados na região”, por entender que só assim conseguirá contribuir para o desenvolvimento dos territórios do interior.

Luís André Sá explicou que a primeira edição do festival Planalto tem “um orçamento muito baixo, entre 35 e 40 mil euros”, só sendo possível de realizar graças “ao esforço gigante” de várias entidades públicas e privadas e dos artistas. “Precisamos, no futuro, de conseguir mais parceiros, convencê-los de que estas iniciativas são importantes para a própria sustentabilidade”, afirmou.

O objetivo foi “lançar já a semente em 2019, para que a árvore possa, a pouco e pouco, ir crescendo”, acrescentou.

Sabe mais sobre o Planalto, aqui.

Texto de Lusa e Carolina Franco
Cartaz disponível via Facebook

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