O Museu Nacional da Música, em Lisboa, vai passar a ter um novo diretor. O musicólogo Edward Ayres de Abreu foi designado para esse cargo, na sequência de um concurso público internacional, iniciando funções a 1 de setembro. Já a atual diretora, Graça Mendes Pinto, vai liderar o Museu do Oriente, também a partir do mesmo mês.
De acordo com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o novo diretor é, além de musicólogo, gestor e compositor, tendo já colaborado com várias entidades culturais, como a Fundação Calouste Gulbenkian, o Teatro Nacional de São Carlos e a Casa da Música.
Edward Ayres de Abreu “estudou no Conservatório Nacional com Ana Sousa Lima e Rui Pinheiro (piano), Eli Camargo Júnior e Daniel Schvetz (composição)”, é detalhado. De notar ainda que o compositor é diplomado pela Escola Superior de Música de Lisboa (licenciatura em composição), Universidade NOVA de Lisboa (mestrado e doutoramento em ciências musicais) e pela AESE Business School (Executive MBA). “Foi, ao longo do percurso académico, bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, da Imprensa Nacional — Casa da Moeda e da AESE Business School”, acrescenta a DGPC.
Além disso, Edward Ayres de Abreu foi distinguido em 2017 com o 2.º Prémio do Concurso Otto Mayer-Serra, da Universidade da Califórnia, Riverside, e em 2019 com o Prémio Joaquim de Vasconcelos, da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.
Aos 33 anos, este musicólogo irá, assim, substituir no cargo Graça Mendes Pinto, que dirige o museu em questão desde 2014. A museóloga vai, por sua vez, passar a dirigir o Museu do Oriente, em Lisboa, a partir de setembro, segundo revelou à Lusa fonte da Fundação Oriente.
Graça Mendes Pinto é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, além de ter feito uma pós-graduação em Museologia e Conservação no antigo Instituto Português do Património Cultural. Foi em 2014 que chegou à posição de diretora do Museu Nacional da Música. tendo sido, primeiro, nomeada, em regime de substituição. Já mais tarde (em fevereiro de 2015), haveria de ser designada para esse cargo, após concurso.
O Museu do Oriente foi distinguido em 2009 como melhor museu português pela Associação Portuguesa de Museologia.