Tirando, mais uma vez, partido do cenário do Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga, o festival de ópera Operafest está de regresso a Lisboa. Nesta sua terceira edição, a ideia do “destino em vertigem, um destino ao qual não se pode escapar, é o mote condutor” do evento para este ano. Para além disso, o Operafest promete “alcançar todos os públicos” com a sua programação.
Dirigido pela soprano Catarina Molder e com a produção da Ópera do Castelo, o festival irá reunir os grandes clássicos, mas também a ópera de vanguarda, apostando na “ópera do futuro, nos novos criadores, nos novos intérpretes e no talento nacional”.
Tal como referiu Molder, a programação está “dividida em ciclos”, os quais têm objetivos distintos. Nos dias 19, 20, 22, 24 e 26 de agosto, o Operafest inicia-se com Um Baile de Máscaras, de Giuseppe Verdi. Seguidamente, nos dias 27 e 28 do mesmo mês, realiza-se a Noite Americana, de Gian-Carlo Menotti e Samuel Barber. Para iniciar o mês de setembro, nos dias 1, 2 e 3, o festival dedicar-se-á ao “público do futuro” com Jeremias Fisher,uma ópera de câmara que foi dirigida pela compositora Isabelle Aboulker em 2007. No Operafest será apresentada uma versão portuguesa dessa mesma ópera, dirigida pelo barítono Luís Rodrigues.
Na programação segue-se o concurso de ópera contemporânea Maratona Ópera XXI - Ópera Express para novos encenadores, no dia 6 de setembro. Este é o único concurso de ópera contemporânea português, o qual aposta na divulgação dos novos talentos na encenação de ópera. Para além disso, João Ricardo, o vencedor da edição anterior, regressará para estrear a sua ópera Minotauro, “um episódio operático que propõe uma desconstrução do mito do Minotauro”.
Para encerrar o festival, no dia 10 de setembro, realiza-se a ópera O Homem dos Sonhos de António Chagas Rosa. A partir do conto homónimo de Mário de Sá-Carneiro, o espetáculo foca-se nos limites da condição humana e no “poder premonitório e estruturante do sonho”. Trata-se de uma ópera dividida em sete cenas e será cantada em português. Salienta-se ainda que o “misterioso e elegante homem” da peça será encarnado pela própria Catarina Molder, que irá representar o alter-ego do poeta.
Tal como na edição do ano passado, o Operafest terminará com a Rave Operática, em homenagem ao Baile de Verdi e à catarse da máscara. Irá juntar “a ópera ao mundo da música pop”, com Dj’s, bailarinos, cantores e uma festa de cor.
Para além de todas as óperas previstas, nos dias 27 e 28 de agosto, os professores Alberto Sousa e André Rodrigues, irão dar aulas de canto “para todos os curiosos”. Máquina Lírica – aulas de canto para amadores, ajudará os interessados a adquirir ferramentas para trabalhar a matéria operática.
Todas as informações do Operafest podem ser encontradas online.