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5ª Punkada e a “necessidade vital de fazer música”

Recorrendo a instrumentos convencionais e outros adaptados, Os 5ª Punkada compõem e interpretam temas originais que já levaram a palcos nacionais e internacionais. Atuam no Festival Impulso dia 23 de junho, nas Caldas da Rainha.

Texto de Sofia Craveiro

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Fausto Sousa (voz e soundbeam), Fátima Pinho (teclas), Jorge Maleiro (guitarra e voz), Miguel Duarte (bateria) e Paulo Jacob (guitarra e voz). Estes são os nomes que compõem os 5ª Punkada, grupo fundado em 1993 no seio da APCC - Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra.

Recorrendo a instrumentos convencionais e outros adaptados, compõem e interpretam temas originais que levaram a palcos de norte a sul do país, além de terem já viajado para Inglaterra, Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Espanha, Itália ou Finlândia (num total de mais de 300 concertos).

Dois dos elementos são pessoas com deficiência mental e outras duas com paralisia cerebral. Dentro do grupo são as muitas diferenças e especificidades, mas dizem que, com a música, se sentem "iguais perante todos”.

Ao abrigo de uma candidatura da APCC co-financiada pelo INR, IP a equipa da Omnichord montou um estúdio de gravação na Quinta da Conraria (espaço da APCC onde os utentes estão diariamente), num processo conduzido por Rui Gaspar (First Breath After Coma), mediado pelo músico-terapeuta Paulo Jacob (da APCC e membro dos 5º Punkada) e com as colaborações de Surma e de Victor Torpedo. Daqui brotou o disco de estreia Somos Punks ou não?, editado em dezembro de 2021.

A banda vai atuar no primeiro dia do Festival Impulso no Main Stage. O evento decorre entre os dias 23 e 25 de junho, nas Caldas da Rainha.


- Como surgiu o projeto 5ª Punkada?

 O grupo 5ª Punkada surgiu da necessidade vital de fazer e partilhar música. Um grupo de utentes da APCC [Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra] usufruía de sessões de musicoterapia e após alguns terem manifestado interesse em desenvolver um grupo e uma maior actividade musical, foi possibilitada essa oportunidade que viria a concretizar-se no grupo que conhecemos hoje: os 5ª Punkada (p.f. ler Pancada e não puncada - termo que não existe na língua portuguesa).

- O que representa para a banda este regresso dos festivais, após dois anos de pandemia?

 Acima de tudo,  traz-nos a possibilidade de poder partilhar, de forma mais ampla, a nossa contagiante e electrizante música! Durante a pandemia, sofremos (assim como toda a gente) os efeitos decorrentes dos sucessivos confinamentos... mas não parámos!... e vamos estar no palco do Festival Impulso (e noutros festivais de verão!) para mostrar a nossa música, pôr toda a gente a dançar e iniciar uma revolução!  

-Qual a expectativa do grupo para o Festival Impulso?

 A expectativa é alta e será um prazer partilhar o palco com projectos tão sonantes como Scúru Ficthádu, Conjunto Corona, VVV (Trippin'you) e Lima Estrela. Será, de facto, uma noite bastante ecléctica! 

- Podem desvendar alguns detalhes sobre a atuação programada?

     Para este espectáculo temos uma surpresa (obviamente, não revelável!) e iremos contar com a participação muito activa dos nossos "parceiros no crime", os fantásticos Victor Torpedo, Surma e Rui Gaspar. Será certamente, uma experiência que o público do Festival Impulso não se irá esquecer.


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