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Paulo Praça está num “constante processo de procura e de perseguição da canção perfeita”

“Paulo Praça é um cantautor e é simultaneamente multi-instrumentista e produtor. Já leva uns bons…

Texto de Gabriel Ribeiro

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“Paulo Praça é um cantautor e é simultaneamente multi-instrumentista e produtor. Já leva uns bons anos de estúdio e de estrada, muitos discos, muitas digressões, muitas viagens e uma profunda paixão pela arte de fazer música.” Assim se apresenta, na terceira pessoa, ao Gerador. Paulo Praça lançou o primeiro álbum a solo, Disco de Cabeceira, em 2007, e desde aí nunca mais parou. Passou por várias bandas e colaborou com diferentes artistas. Um Lugar Pra Ficar é o seu mais recente disco, apresentado no início deste ano.

Este novo disco já foi apresentado em Lisboa e no Porto, em 2020. Sobre se está no lugar certo, Paulo Praça considera que “este é o lugar para ficar agora”. Diz também que Um Lugar Pra Ficar, “apesar de ter sido um processo longo de dois anos, foi fácil porque desde o início que a fotografia para este disco estava bem definida”.

Além dos álbuns que produziu sozinho, Praça também já colaborou com vários artistas e bandas. Entre as cooperações musicais, destacam-se grupos e artistas como 3 Tristes Tigres, GNR, Pedro Abrunhosa e The Gift. Além disto, foi fundador dos grupos TurboJunkie, Grace e Plaza. Todas estas intervenções na música são, para Paulo Praça, um work in progress.

O álbum possui prefácio de Pedro Abrunhosa e composições de figuras da área da música, mas não só. Valter Hugo Mãe, Pierre Aderne, músico brasileiro, e Nuno Miguel Guedes, jornalista, são algumas das pessoas que marcam presença, de alguma forma, neste novo trabalho. Paulo Praça faz-se ainda acompanhar de Ângelo Freire na guitarra portuguesa, Mário Barreiros, as cantoras Emmy Curl e Diana Martinez e Eurico Amorim.

Entre as novas músicas, destacam-se Sabes Mãe e Vila do Conde Vila do Conde, cidade de onde é natural o artista.Curiosamente são dois poemas do Valter Hugo Mãe, que também vive em Vila do Conde”, diz ao Gerador.

Pedro Abrunhosa, que também interveio neste processo, referiu que o Paulo é um “homem de palco por excelência. Quem nunca viu Paulo Praça a atuar, está a passar ao lado de uma das mais iconográficas figuras da pop/rock nacional”. Sobre o início da carreira, Praça conta que começou por cantar e tocar flauta, cavaquinho, guitarra, baixo, piano, percussão, entre outras coisas. Mais tarde, surgiu a composição e trabalhou ao lado de profissionais como Quico Serrano, Mário Barreiros, Pedro Abrunhosa, Nuno Gonçalves, Eurico Amorim, Simão Praça, Ken Nelson e Brian Eno.

Fevereiro marcou o início dos primeiros concertos com o novo trabalho em palco: “Os concertos foram ótimos, musicalmente bem produzidos e muito bem executados e, em termos de energia, o ambiente foi muito quente.” O trabalho na música não para e, para o futuro, Praça confessa que já está a trabalhar em novas canções: “Estou sempre num constante processo de procura e de perseguição da canção perfeita.”

Em forma de retrospetiva, o músico já gravou mais de 20 álbuns em todos os projetos que integrou e subiu a palco de países como Austrália, Canadá, EUA, Rússia, China, Brasil, Macau, Marrocos, e muitos mais. Também já atuou ao lado de artistas como Stevie Wonder, Elton John, Bruce Springsteen, The Cure, Radiohead, Arcade Fire, entre outros.

Entrevista por Gabriel Ribeiro
Fotografia cedida pelo artista

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