Ritta Tristany aprenta-nos o seu novo disco “Voa Tempo”, histórias cantadas não para crianças, mas para “a criança que todos guardamos dentro de nós”.
Desde que se conhece gente que Ritta diz que desenha, pinta, escreve e canta, mas que também sabe que não faz tudo na perfeição – “mas tento e gosto, e é isso que importa”. Pinta com música e canta a desenhar sóis e luas no espaço. A artista conta que gosta de harmonizar tudo, “se um gato mia ou uma campainha de porta soa, há sempre uma segunda voz para tornar essa nota menos sozinha”. Inspirada por estórias e canções que, pela sua voz, embalavam os seus filhos, Ritta começou por editar um livro, do início ao fim (escreveu, ilustrou e cantou), sempre com a colaboração do seu companheiro e dos seus filhos.
Depois do livro e de alguns álbuns editados – também para os mais novos - Ritta Tristany traz-nos, desta vez, uma viagem à criança que todos temos, mas de quem todos os dias nos esquecemos – “O tempo continuou a voar desenfreadamente e eis que me encontro numa fase diferente da minha vida em que decido gravar um novo trabalho, desta vez não para crianças de palmo e meio, mas para a criança que todos guardamos dentro de nós e que quero manter viva (…) O tempo voa, mas mesmo assim eu sei que, apesar das minhas cinquentas e muitas primaveras, ainda vou a tempo: de sonhar, de acreditar, de soltar a voz e cantar...de voar!”.
Surge assim o álbum “Voa Tempo”, composto por dez canções e apresentado, como sempre, como uma história que nos puxa para dentro dela, para um outro lugar: “O Gato Pardo passeava sobre os telhados da Esquina do Chile quando sentiu invadir-lhe a Solidão. Então, trepou pela chaminé e lançou-se num rodopio dançando aquele Tango Improvável sonhando com Um beijo ou um Abraço. Correu até ao jardim, colheu as Flores de Maio e compôs uma Sinfonia para o seu Amor Breve que lhe entoou uma Cantiga de Acordar... Então, cheio de liberdade e amor ele grita bem alto: “Vou a tempo!!!! E o tempo voa... Voa Tempo… “.